segunda-feira, maio 29, 2017

Após intervalo de pesquisas sobre porto-região, estamos de volta!

Por conta da participação em dois eventos acadêmicos em São Paulo e mais dois trabalhos de pesquisa de campo, realizados, respectivamente, o primeiro em Santos/Cubatão (porto e polo industrial) e o segundo na direção do litoral norte paulista, sul fluminense até à capital do ERJ, após dez dias, estamos de volta.

Desde que o blog foi criado há quase 13 anos, eu costumo repartir neste espaço informações, dados e análises no campo da economia e da política, e nos últimos cinco anos, de forma mais especial, sobre a relação espaço-economia, onde descrevo também as impressões e observações de minhas investigações acadêmico-científicas, enquanto acompanhamos a conjuntura nacional e políticas regionais.

Sempre considerei que não faz sentido, o aprisionamento das pesquisas e seus resultados no interior apenas da academia. Muito menos, a disputa - muitas vezes cruel - sobre as autorias, especialmente neste momento em que as ferramentas tecnológicas tornaram cada vez mais claras, o fato que a construção do conhecimento se dá num processo histórico de muitas ideias e várias mãos.

Sobre estas atividades de investigação empírica (campo) nos últimos dias, há muitas informações a serem destacadas e analisadas. Os dois únicos portos paulistas (Santos e o Terminal de São Sebastião) têm muito significados sobre as transformações do primeiro, nos últimos anos sobre as especializações dos terminais e de suas relações com a(s) cidade(s) e do segundo como a maior base portuária de fluxos de petróleo no país.

São Paulo com 622 quilômetros de litoral é pouco menor que os 635 km do litoral do ERJ que tem vários portos. Compreender os movimentos das frações do capital sobre o espaço e suas relações com o poder político ajuda a explicar a disputa pelo poder.

Adiante trarei dados sobre a porção paulista, daquilo que desde 2015, eu venho conceituando como Circuito Espacial do Petróleo e dos Royalties. Há muita informação a ser divulgada e dados a serem analisados, no trabalho de campo.
Pesquisa no Porto de Santos em 24/05/2017 com os professores
Floriano Godinho e Luiz de Pinedo. Ao fundo dois terminais
(da Ilha de Barnabé) do total de 54 que fazem parte
daquele complexo logístico-industrial do Porto de Santos. 

A investigação de campo incluiu ainda a espaço de produção do sul fluminense (polo metal-mecânico e automotivo) e foi compartilhado durante todo tempo com o professor Floriano Godinho (PPFH-UERJ) e Santos/Cubatão também com o professor Luiz de Pinedo (NEED, IFF).

Porém, no meio deste período de investigação, não ficamos alheio ao movimento da política e da conjuntura nacional. O quadro segue ainda muito confuso, mas o golpe e os interesses dos donos dos dinheiros ficam a cada dia mais clarividentes. Desta forma, o tema tende a seguir sendo central e prioritários em nossas observações e análises. Assim, estamos de volta.

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