terça-feira, agosto 13, 2019

Petroleira estatal da Arábia Saudita segue tendo o maior lucro entre empresas de todos os setores no mundo

A petrolífera estatal Saudi Aramco da Arábia Saudita anunciou nesta semana o seu lucro líquido no 1º semestre de 2019: US$ 46,9 bilhões.

Esse resultado é 12% inferior ao apurado no mesmo período de 2018, por conta dos menores preços do barril de petróleo em 2019. Em 2018, a Saudi apurou o colossal lucro líquido de US$ 111,1 bilhões diante de uma receita total de US$ 355,9 bilhões.

Através da Saudi Arabian Oil Company (seu nome oficial e completo), a Arábia Saudita é há muito tempo a maior exportadora de petróleo do mundo. Além disto, a petroleira saudita mantém o posto da empresa mais lucrativa do mundo, na frente da Google, Apple e outras corporações da nova economia digital.

Com esse lucro líquido, a Saudi Aramco continua na frente dos lucros somados de outras importantes petrolíferas a nível mundial como a Shell, Esso, Chevron, Total, Equinor e BP, mostrando que o fato de ser estatal e uma empresa de petróleo integrada (do poço ao posto) mantém a sua performance, ao contrário do que tentam defender aqui no Brasil, os dirigentes que estão entregando a preço de banana, a Petrobrás e o nosso pré-sal.

No meio deste anúncio, a Saudi Aramco também informou que vai assumir 20% da divisão de refino e produtos petroquímicos da indiana Reliance Industries que possui a refinaria de maior capacidade de processamento do mundo em Gujarat, centro-oeste da Índia.

A Saudi Aramco atua assim como uma player garantindo mercado para o seu petróleo a ser refinado na Índia, que é o país que mais cresce na importação de petróleo e está entre os três maiores demandas do mundo.

A Reliance é uma empresa de capital aberto e convive com a estatal de petróleo Indian Oil Corporation que é controlada pelo governo. 

A Saudi Aramco está pagando US$ 15 bilhões à indiana Reliance Industries pelo negócio com o objetivo de aumentar a capacidade de refino e de produção de petroquímicos na Ásia, onde mais cresce o consumo e também com o objetivo de diversificar suas operações ampliando a cadeia produtiva da produção, ao beneficiamento, distribuição e consumo de combustíveis e derivados, num caminho inverso ao que o desgoverno faz com a Petrobras.

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