quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Segundo especialista, royalties deverá crescer menos em 2007

Ainda assim, o orçamento campista passará de 4 mil ivetes, o equivalente ao contingente de uma escola de samba na Sapucaí.


Adriano Pires em seu blog, fez uma previsão, de que em 2007, os royalties e a participação especial deverão ser, quase os mesmos, de 2006, ou, terá um pequeno crescimento, em torno de 6%. Ainda assim, Campos deverá ter um orçamento de 4 mil ivete sangalos. Calma que eu explico. Esta é a nova moeda citada, pelo jornalista Renato Lemos, em matéria no último número da boa revista, Piauí.

Na reportagem sobre o impacto que o Complexo Petroquímico deverá ter na pequena Itaboraí, o jornalista, ao citar o aumento no orçamento que o município vizinho de Niterói deverá ter, disse que “ivete sangalo é, no vocabulário dos especialistas do setor, o nome dado à moeda que circula entre os municípios beneficiados pelo dinheiro do petróleo. Um ivete sangalo está valendo, em média, 300 mil reais, preço de um show da cantora baiana, incluindo o deslocamento em jatinho. A adoção da nova moeda é resultado da enorme quantidade de shows promovidos pelas prefeituras do norte fluminense que, sem saber mais onde aplicar o dinheiro dos royalties, investem em micaretas e carnavais fora de época. A moeda poderia se chamar chiclete com banana. Ou também calypso. Ou esmo o apelo popular de babado novo. Ficou Ivete


Voltando ao especialista veja o que ele falou sobre a previsão das receitas para 2007:

"Segundo estimativas do CBIE, a receita com royalties e participação especial em 2007 deverá não crescer ou no máximo aumentar 6,5% em relação a 2006. Com isso será arrecado o mesmo valor de 2006, ou seja, R$ 17 bilhões e 18 bilhões no cenário mais otimista. Essas estimativas foram baseadas em um aumento de 6% da produção de petróleo em 2007, taxa de câmbio de R$ 2,20/US$, e dois cenários de preços do petróleo Dated Brent de US$ 60/barril e US$ 66,00."

"Em 2004 foram arrecadados R$ 10,8 bilhões, 16% a mais que em 2003. Em 2005, R$ 13,2 bilhões esse valor resultou num crescimento 22% superior ao do ano anterior. Em 2006 o resultado foi ainda mais expressivo em relação ao ano 2005, devido aumento no do preço do petróleo (19%) e da crescente produção nacional (5,4%). A receita de royalties em 2006 atingiu R$ 8,0 bilhões, com um crescimento de 29% em relação a 2005. Até o terceiro trimestre de 2006, a receita de participação especial alcançou R$ 7 bilhões. Segundo estimativas do CBIE, no quarto trimestre de 2006, este valor pode chegar a R$ 9 bilhões, representando um aumento de 29% sobre a receita verificada em 2005. Do total de R$ 17 bilhões projetados para arrecadação de royalties e participação especial em 2006, 61%, ou R$ 10,4 bilhões, destinaram-se aos estados e municípios brasileiros, enquanto o restante, R$ 6,5 bilhões (38,4%), ficou com a União. E desses R$ 10,4 bilhões, 80,3%, ou R$ 8,3 bilhões, foram arrecadados pelo estado do Rio de Janeiro e seus municípios."

"O governador Sergio Cabral parece que no seu primeiro ano de governo não terá a mesma sorte que a governadora Rosinha no que se refere a arrecadação de royalties e participação especial. A manutenção ou o pequeno crescimento em 2007 não é uma boa notícia, em particular, para o novo secretário de fazenda do Rio de Janeiro."

2 comentários:

Anônimo disse...

Espero que algum legislador, imbuído de perspicácia venha a futuramente, criar uma Lei Federal, capaz de avaliar se os Royalties estão mesmo sendo empregados pelos municípios que o recebem, garantindo que haja melhoria da "qualidade de vida" e infra-estrutura de sua população. Tal lei deveria ser chamada de "Feedback dos Royalties". É disto que a nossa cidade precisa U R G E N T E M E N T E, pois arrecada-se muito e não sabemos para onde vai este "rio" de dinheiro. Deveria ser assim: "o município que arrecada e não faz, perde gradativamente um percentual da arrecadação futura. E se for reincidente por mais de 02 anos, perde-se TUDO, por igual período, sendo reestabelecido o repasse dos Royalties ao futuro prefeito da cidade." Garanto que assim, as obras e investimentos de melhoria que a nossa cidade tanto almeja e que a nossa população tanto espera logo apareceriam a "olhos vistos". Sinceramente: "que assim seja no futuro". :)

Roberto Moraes disse...

Olá comentarista anônimo,

Está aí um bom debate se lhe deixarem vivo!

Abs,