terça-feira, fevereiro 13, 2007

Acidente não é fatalidade

As declarações das autoridades ouvidas pela imprensa, quase que sem exceção, trataram o acidente da ponte estadual, que produziu 4 mortes e 9 feridos, como uma fatalidade, ou destino. Estas explicações, que podem até ter amparo nas interpretações com base religiosa, não podem ser aceitas à luz da Segurança do Trabalho. Conceitualmente acidentes não acontecem ao acaso, eles são provocados por uma ou mais causas. Com essa observação, não se pretende buscar culpados, até porque isso não gerará ações, que possam prevenir e evitar acidentes futuros.

A busca de culpados ou a responsabilização civil com pagamento de indenizações e a responsabilização criminal cabe à polícia com inquéritos, indiciamento e, por último à justiça que determinará as responsabilidades e as penas que cabem ser cumpridas pelas partes envolvidas. Para a engenharia de segurança do trabalho, interessa conhecer a árvores de falhas que, de alguma forma contribuiu para a ocorrência do acidente. Considerar fatalidade a ocorrência, não ajuda nos planejamentos futuros dos processos de trabalho, especialmente na construção civil, setor já tradicionalmente com forte incidência de incidentes e acidentes que geram lesões corporais e/ou prejuízos materiais.
Foto de Isaac Esquef.

2 comentários:

Anônimo disse...

Prof. Roberto Moraes, saudações...

É como "os mais antigos" dizem: "A pressa é a inimiga da perfeição." E o pior de tudo, é que para os mortos e suas famílias, jamais haverá uma explicação capaz de consolar a falta dos entes queridos que se foram. Simplesmente, lamentável, mas acima de tudo: APURÁVEL.
Abraços do SKF.

Roberto Moraes disse...

Olá Skf,

A Segurança do Trabalho é basicamente uma questão de planejamento e gestão, algo que parece precário, nestas bandas, não somente, na área pública.

Sds,