sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Mais que banalização da morte

Não sei ainda precisar um diagnóstico, mas o caso da criança de seis anos arrastada no carro da família roubado por adolescentes e jovens infratores, mostra mais que a banalização da morte. A declaração de decepção do pai, homem humilde, que entregou o filho à polícia, falando da educação e da preocupação, de passar valores a todos os filhos provoca tanta comoção, quanto à dor da família vítima da violência, quase gratuita. Ainda pensando um pouco a esmo vejo que esta banalização pode estar, também, um pouco impregnada pelas impressões passadas às crianças e adolescentes, por estes vídeos games, onde a violência é também banal que somada ao império das imagens em meio à nossa sociedade podem estar misturando, coisas e valores nas mentes, desta garotada. Em meio a crises como estas, vê-se que não há, ou têm pouca visibilidade, as referências que em épocas anteriores, serviam de esteio para a sociedade, aumentando ainda mais, o sentimento de insegurança. Em meio a mais este soco na boca do estômago, deseja-se, que não haja ninguém comemorando, mesmo que discretamente, a ocorrência, como que a dizer: está vendo como não é fácil administrar a segurança pública? Esta eventual mesquinhez pode ser tão grave quanto a crueldade do ato dos jovens cariocas e talvez se insira no rol das causas deste e de outros casos de violência.

2 comentários:

Anônimo disse...

Professor Roberto Moraes, saudações...

Diante da certeza de punições brandas e das regalias oferecidas pelos "Direitos Humanos", as hordas executam perfeitamente o seu papel, ceifando a liberdade, a inocência, a dignidade, a esperança e a vida dos homens de bem.

Dentre os inúmeros fatores geradores da caótica violência urbana, o principal deles, fomentador deste círculo vicioso e cerne da questão: A IMPUNIDADE e as brandas punições.

A OAB, Sociedade Civil, Magistrados, enfim, os que possuem meios de promover uma mudança, deveriam encarar o fato com mais FIRMEZA, uma vez que todos nós, desde os cidadãos mais comuns até os "togados" podemos ser vítimas desta "horda", cada vez mais daninha e municiada, capaz de ceifar o sorriso e os sonhos de toda uma geração.

Uma coisa que deveria ser encarada de frente, é a constatação de que o regime carcerário definitivamente NÃO RECUPERA A NINGUÉM. E assim sendo, os infratores deveriam tornar-se úteis à sociedade, através do regime de "prestação de trabalho", forçado ou não, onde assim, pelo menos, estariam produzindo algo, muito mais útil que ficar "alienado" por entre os quatro cantos da cela pensando em suas torpezas e mazelas e ainda por cima, acobertados pela corrupção e seus agentes.

Agora: criminoso é criminoso, independente da idade que tenha. Isto é o que deveria ser encarado e adotado sob os moldes do que ocorre no país do "Tio SAM", pois lá, nem tudo é perfeito, mas o regime carcerário é realmente sério.

O Brasil e a sociedade colhem hoje os frutos da falta de planejamento de outrora. Isto deve ser levado em consideração e revisto, "carinhosamente" pelos competentes políticos, pois se hoje tal situação já está impraticável, o que será do amanhã?
O Q U E S E R Á D O A M A N H Ã ? ?

Abraços do SKF.

Roberto Moraes disse...

Olá Skf,

Tenho dúvidas nesta área. As certezas que tenho sobre o assunto foi abordado por você, que é a necessidade de se ter mais seriedade, planejamento e uma gestão mais profisssional.

Sds,