quinta-feira, outubro 28, 2010

MPF dá recomendações para a contrução da UTE no Complexo do Açu

Do site do Ministério Público Federal encaminhado a este espaço, pelo blog do Porto do Açu, da Andréa Bissonho: "O Ministério Público Federal (MPF) enviou recomendações à empresa UTE Porto do Açu Energia S.A e ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para que a construção de uma usina termelétrica em São João da Barra (RJ) ocorra somente quando um estudo de impacto ambiental (EIA) mais preciso for apresentado pela empresa. A recomendação foi encaminhada após pareceres técnicos da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF. Depois de entregar um EIA inconsistente, a Porto do Açu S.A foi recomendada a complementá-lo em 90 dias. Já o instituto deve suspender qualquer licença prévia concedida à empresa até que ela apresente o estudo final. Tanto a Porto do Açu S.A quanto o Inea têm dez dias para informar se acatam a recomendação, podendo ser processados em caso contrário. A recomendação foi feita pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira após a Porto do Açu S.A apresentar um estudo de impacto ambiental que ignorava diversos itens básicos. Como a 4ª Câmara de Coordenação e Revisão comprovou, a empresa, que visava obter uma licença prévia para realizar a construção, não forneceu informações sobre as áreas de preservação permanente no novo terreno da usina, a dimensão da área a ser suprimida e a minimização dos impactos sobre a fauna no local, dentre outras imprecisões. O estudo de impacto ambiental é um projeto que a empresa responsável pela obra em área de preservação ambiental deve apresentar informando os efeitos da ação no meio ambiente, expondo as providências que tomará para diminui-los e compensá-los. Fonte: http://www.prrj.mpf.gov.br/noticias/noticia_corpo.php?idNoticia=850."

Um comentário:

Carlos Faria Café disse...

Um aspecto que tem que ser contemplado com muito cuidado é a fonte de abastecimento d`água para refrigeração de turbinas. Conhecendo a região e a disponibilidade aqüífera vejo com muita preocupação e deve ser debatido com muita profundidade este assunto, pois há a preocupação deste abastecimento ser via canais existente que abastecem comunidades rurais próximas com participação em atividades econômicas ativas, tais como agricultura e pecuária. A pouco tempo participei da Audiência Pública sobre limpeza de Canais da Baixada e foi citado pelo representantes do setor agrícola presente, a suspeita de se criar um um canal tipo "by pass", como alternativa de abastecimento de água para a região do porto. Veja bem, a vazão suficiente para atender um complexo industrial daquele porte, tem que se pensar no artifício de “barragem” com posterior aumento de perímetro molhado de áreas baixas para garantir suficiência de demanda. Já que o assunto foi tocado, venho alertar que este não deve ser desprezado, pois acarretará inúmeros impactos, principalmente de desapropriação de terras, como também carência de água na região a jusante, trazendo prejuízos ao manejo das comportas que regulam a penetração da língua salina existentes próximo ao Canal das Flecha.É extremamente procedente as exigências. Tem que haver preocupação sim.O investimento na região é valido, mas não se pode deixar de conciliar o progresso de forma equilibrada com as interferências ambientais naquele local.