Parte da população, especialmente classe média, escolhe o alvo errado quando não vê que a intransigência é dos banqueiros, diante da greve dos vigilantes que já dura mais de quarenta dias. Os vigilantes são empregados das empresas, mas, o contrato destas são com os bancos.
Os banqueiros tem anualmente bilhões de lucros, ampliados com a automação bancária, que faz com que os clientes façam parte do trabalho dos bancários.
Pelo que soube os vigilantes reivindicam 10% de reajuste e R$ 20 no tíquete refeição, enquanto o sindicato das empresas ficou nos 8% e R$ 13 no tíquete refeição. Há ainda outros detalhes, mas, o básico é isto. Olhe que estamos falando de um salário básico de pouco mais de R$ 1 mil.
Difícil imaginar em construir algo melhor diante de mendigarias como esta. Uma intransigência diante de tão pequena diferença, diante dos lucros extraordinários dos banqueiros.
PS.: Atualização às 12:54 de 10/06/2014: Nesta manhã foi anunciado o encerramento da greve. A mendigaria não foi aceita e os vigilantes decidiram voltar como negociação dos dias parados e prometem voltar à carga em setembro junto dos bancários. O que pediam: Reajuste de 10% do ganho real, ticket de alimentação de R$ 20,00, plano de saúde e redução na carga horária de trabalho para 44 horas. O que conquistaram: 8% de reajuste salarial, ticket de alimentação no valor de R$ 13,00 e não descontar o valor do salário, ticket e vale de transporte dos dias que ficaram parados.
2 comentários:
Vc falou tudo.Greve dos vigilantes: mendigaria das empresas e dos banqueiros.
Realmente,um absurdo Os vigilantes do Rio têm uns dos piores pisos do Brasil, de R$ 987,00.Como fica uma criatura,vivendo com um salário desse,com o elevado custo de vida,o aumento dos alimentos e outros itens essenciais.Temos mesmo que apoiar todas as greves que estão em curso professores, rodoviários, servidores públicos federais e vigilantes.Todos merecem condições de trabalho dignas.Concordo plenamente com o que vc disse :Difícil imaginar em construir algo melhor diante de mendigarias como esta. Uma intransigência diante de tão pequena diferença, diante dos lucros extraordinários dos banqueiros.
E Roberto, os "patrões" que ditam as regras das greves, e nós não podemos fazer nada???? Roberto ate quando??? Sou cliente do banco, e não dos vigilantes, com todo respeito, mas somos penalizados por uma greve que não temos ingerência nenhuma. Estamos nas mãos de banqueiros e outros tanto patrões. E o transporte??? na planície Goitacá???? ninguém suporta mais VANS e ONIBUS EM CAMPOS, Mas nada e feito. Estou cansada disso tudo. Enojada...
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