segunda-feira, junho 22, 2015

Prumo comunica "fato relevante" sobre expansão da base de apoio portuário da Edison Chouest no Açu

A Prumo Logística Global S.A. controladora do Porto do Açu comunicou hoje ao Ibovespa o novo acordo com a empresa americana Edison Chouest Ofshore (Eco), onde esta anuncia a ampliação de sua base portuária de apoio à exploração offshore de petróleo.

 A Eco foi contratada após licitação pela Petrobras para atender à movimentação de cargas que dão apoio ao trabalho das sondas e plataformas que atuam na Bacia de Campos.

Na semana passada, o prefeito de Macaé, Aluízio dos Santos ofereceu uma área que diz ser vizinho ao Porto (TUP) de Imbetiba para que a Petrobras pudesse ampliar o número de píeres e a retroárea e assim atender a estas novas demandas.

Veja acima a foto da área da obra que a empresa Edison Chouest executa no Açu, através da empresa catarinense Stein.

É muito provável que os anúncios sejam mais um capítulo do que chamei de "guerra dos lugares", um conceito do famoso geógrafo brasileiro, Milton Santos. Esta disputa já vem desde a ação judicial e que a Prefeitura de Macaé questionava a estatal sobre os critérios da licitação que na sua interpretação beneficiava o Porto do Açu para a instalação desta base.

Confira abaixo o "Fato Relevante da Prumo":

"Fato Relevante"
"A Prumo Logística S.A. (“Companhia” ou “Prumo”) (Bovespa: PRML3) comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que a Edison Chouest (“ECO”) exerceu, antecipadamente, as duas últimas opções remanescentes, previstas no contrato assinado em 09 de abril de 2014, e que venceriam em Outubro de 2015, para expansão da sua área.

Além disso, a empresa também decidiu ampliar em 40 metros de cais sua área. Com isso, a área total da Edison Chouest passa de 411.800 m2 para 597.400 m², com 1.030 metros de frente de cais.

Esta é a terceira expansão de cais exercida pela Edison Chouest. As primeiras adições de área foram realizadas em abril de 2015.

Rio de Janeiro, 22 de junho de 2015.
Eugenio Figueiredo
Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidores
PRUMO LOGÍSTICA S.A."

PS.: Atualizado às 10:34: O Estadão em sua edição de hoje já antecipava o anúncio acrscentando outras informações: "a Edison Chouest dá uma pista ao revelar que o investimento de R$ 450 milhões para a construção da base de apoio offshore terá de dobrar com essa ampliação.

"Antecipamos o investimento para poder acelerar nossas obras. Após o contrato com a Petrobras, tivemos uma forte procura das empresas internacionais e estamos muito avançados nas negociações", disse Ricardo Chagas, diretor para a América Latina do Grupo Chouest e presidente da Brasil Port.

Com a ampliação acertada este mês, a empresa terá agora capacidade para atender 15 navios ao mesmo tempo, incluindo os seis berços destinados exclusivamente às embarcações da Petrobras. Uma estrutura bem maior do que os seis berços do Porto de Macaé, no Rio de Janeiro, onde a maior parte das atividades offshore da Petrobras oriundas da Bacia de Campos é realizada.

A previsão é de que pelo menos os primeiros três berços no Açu estejam concluídos até novembro. O projeto inclui ainda a instalação de um estaleiro de reparo naval para atender suas embarcações e de terceiros. No Brasil, a americana tem 70 embarcações de apoio marítimo offshore operando para a Petrobras, Shell, Queiroz Galvão, Total, Repsol e Statoil. Já o estaleiro é previsto para entrar em operação a partir do primeiro semestre de 2017.

Com uma área de 1.030 metros de frente de cais, a previsão é de que a unidade da Chouest movimente 10,8 mil navios por ano. O presidente da Prumo ressaltou ainda que o grupo americano ficará com uma retroárea de cerca de 600 mil metros quadrados, o que também é um diferencial importante na atração das atividades offshore para o Açu. No Porto de Macaé, por exemplo, a retroárea é de apenas 50 mil quadrados. É nesse espaço que se faz o armazenamento das cargas e, muitas vezes, se localiza o desembaraço aduaneiro. Além disso, ponderou Parente, a estrutura e as tecnologias utilizadas no Açu são mais modernas, o que gera maior eficiência e rapidez nas atividades dos clientes.
"

3 comentários:

Anônimo disse...

Pois é Roberto, enquanto o prefeito de Macaé, busca meios através de argumentos, e até jurídico, para que a economia de seu município cresça sustentavelmente com o aumento ou de mais um porto, observamos aqui,em Campos, que o casal rosinha garotinho, nada faz junto a Petrobras, para viabilizar uma parceria entre Petrobras e Porto do Açu.

Enfim, por isso, Campos, está enfrentando essa crise econômica, porque com essa gestão dos garotinhos, criou-se uma total dependência dos royaltes do petróleo, abrindo mão de alternativas, como essa do porto do Açu, de alavancar a economia da região.

Realmente rosinha e garotinho, governam somente para a galera, são governantes de auditório, de palanque, de studio de rádio e TV.E por isso, a região está nessa pobreza.

Roberto Moraes disse...

As comparações são formas de tentar enxergar a realidade, mas em algumas situações elas são pobres e limitadoras em termos de avaliação de todas as possibilidades.

Assim, servem mais ao embate pelo poder do que para traçar um plano de atuação mais consistente em termos de resultados e mais participativo em termos de envolvimento da comunidade com os governos.

Pensar soluções isoladas para os municípios é um equívoco tanto num quanto noutro governo.

Aryene Lopes Gomes disse...

Boa noite, Professor Roberto Morais!
Mas uma vez percebemos o quanto somos dependentes de conhecimento, tais como:
-Planejamento Estratégico;
-Geopolítica do Petróleo;
-Tendências de mercado;
-Engenharia Econômica, Etc...
A muito tempo se sabe qual o gargalo das empresas Brasileiras, no caso da Petrobras isso não é nenhuma novidade, ela ficou sufocada em Macaé, Eu tentei morar aqui durante sete anos (tentei mesmo). o Estado do Rio é muito burocratizado, muita fogueira de vaidades, sem contar o alto custo empresa e custo de vida (corrupção!! já tá até chato falar nisso).
Precisamos contratar uns políticos do Japão, Alemanha, Finlândia (RSRS).
Acredito que iremos mudar sim, mas com a influência das empresas, elas tem a capacidade de provocar mudanças nas estruturas econômicas e por conseguinte nos profissionais!

Sds!
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