domingo, outubro 11, 2015

A cana e o petróleo se cruzam na crise, em meio a inovações - o que a história pode nos indicar?

Interessante relembrar que quando tivemos o "choque do petróleo " entre 1973 e 1974, a Petrobras ainda não tinha descoberto petróleo na Bacia de Campos e o país importava 85% do que consumia.

Porém, o choque gerado pelo embargo árabe como reação à ajuda americana a Israel, na disputa com a Arábia Saudita quadruplicou o preço do barril de petróleo. Mas sabe em que patamar? De  US$ 2,90 para US$ 11,65.

Interessante relembrar estes números diante da crise de hoje que considera irrisório o preço do barril na faixa dos US$ 50.

Pois bem, a partir daí o petróleo ganhou importância macroeconômica e geopolítica que nunca mais perdeu. Os novos patamares de preço tonaram viáveis a exploração offshore e a busca de novas fontes de energia.

O petróleo descoberto na Bacia de Campos em 1974 passou a ser produzido em 1977, e hoje, a economia do petróleo internacionalizou de vez a nossa região. Um espirro para cima e para baixo no preço altera a vida de todos os cidadãos.

O programa do Pró-Álcool foi criado em 1975, já depois da descoberta do petróleo na Bacia de Campos, mas ainda antes do início da produção offshore. E em 1979 foi criado o carro a álcool hidratado, logo após o segundo "choque do petróleo".

Crise e inovação como sempre de mãos dadas. Perfuração e produção offshore foi um desafio há 40 anos, hoje difícil até de imaginar. Isto deve nos indicar alguma coisa neste presente conturbado de luta pelo poder no plano nacional e local.

Enquanto isto na região as linhas de produção do álcool e do petróleo se cruzaram e nunca mais se aproximaram.

O passado deveria servir de reflexão tanto para o presente quanto para o futuro. Relembrar estes dados tem como pano de fundo fazer esta humilde provocação.

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