sexta-feira, agosto 03, 2018

Lucro da Petrobras de R$ 10 bi no trimestre reforça a interpretação do ciclo do petróleo

O resultado da Petrobras no último trimestre de R$ 10 bi reforça, divulgado hoje (veja aqui) comprova o que sempre falamos: trata-se do ciclo petro-econômico.

Na fase de colapso do ciclo do petróleo, toda a cadeia produtiva se comprime. Os investimentos, os contratos, a redução da exploração, as demissões chegam porque o lucro com a venda da produção não paga os novos investimentos, as dívidas, etc.

As dívidas em relação ao valor da companhia cai drasticamente.

Neste último trimestre com o petróleo na média US$ 75 o barril e o dólar alto, os resultados sobram.
Simples assim. 

Além disso, o pré-sal não para de trazer notícias boas com a produção de petróleo e gás e novas descobertas. 

Também hoje, a Petrobras anunciou que descobriu a maior coluna de óleo já encontrada no pré-sal da Bacia de Santos, na área de Sururu.

Assim, cai por terra, o discurso que era preciso vender tudo para sanear a empresa. Ora. Vender na baixa como fizeram, é crime de lesa-pátria. Enquanto isto a população continua sofrendo com o preço dos combustíveis.

A empresa sofreu como outras petroleiras a fase de colapso do ciclo petro-econômico. Se desejarem ler um pouco mais sobre o assunto leia esta postagem do blog em 24 de jul. 2017 com o título
"A geopolítica da energia: os reflexos do ciclo do petróleo e sua relação com o Brasil". 

Bastou um aumento do preço (que é inferior ao período único da história, acima de US$ 100, o baril entre 2010 e 2014) para os resultados voltarem. Como sempre dissemos que ocorreria.

Tudo claro como a água e forte e poderoso como o petróleo.

A Petrobras é detentora da maior província petrolífera descoberta na última década. Tem seis dos dez maiores campos descobertos neste período.

Só a geopolítica explica o golpe sobre o nosso petróleo, fato que este resultado e a venda fatiada de vários ativos da estatal neste período só vem a comprovar. 

Recuperar tudo que foi entregue indenizando quem comprou e voltando a integrar verticalmente a empresa com atividades do poço ao posto - e mesmo ao poste com participação na geração elétrica - é função de um governo que seja efetivamente representante de toda a população e não apenas dos agentes do mercado como faz Temer e quer fazer Alckmin.

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