domingo, fevereiro 13, 2011

A cidade como espaço de convivência e diálogo

O arquiteto Sérgio Magalhães é um pensador permanente sobre a origem e desenvolvimento das cidades. Mesmo discordando de algumas das suas reflexões, não posso deixar de registrar, a meu juízo, a pertinência de muitas das suas opiniões e proposições, especialmente, quando aposta na participação ampla da população, neste debate. Assim, destaquei em seu último artigo “O debate sobre a cidade” dois parágrafos que considero importantes, inclusive para a realidade das cidades da nossa região que vivem a eminência de mudanças significativas por conta dos empreendimentos previstos em seu território: “Todos sabemos que na cidade complexa, para além da representação política formal, é necessária uma base coletiva que envolva a sociedade na promoção do espaço, agentes públicos, privados e academia. Na cidade contemporânea, onde é indispensável certo ativismo estatal, é essa base que reduz a discricionariedade nas principais decisões – e compõe metas de futuro. No processo político de construção da cidade, sob diretrizes acordadas democraticamente, um modo efetivo de compartilhamento é por meio do debate de idéias específicas, referenciadas em lugares, capazes de gerar imagens. Idéias de desenvolvimento, de expansão ou de contração, de mobilidade, de preservação – mas imagens. Lembremos que imagens do urbano são produtos da cultura, têm matriz coletiva, mesmo quando compostas autoralmente.”

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