terça-feira, outubro 11, 2016

A volatilidade do preço do petróleo e a ameaça de conflitos

O barril do petróleo do tipo brent chegou ontem a US$ 53 no mercado futuro para entrega daqui a 60 dias. Hoje já desceu para a faixa de US$ 52. Apesar disto, os números da AIE (Agência Internacional de Energia) indicam que a Opep teria fechado o mês de setembro com um recorde de produção de 33.64 milhões de barris/dia.

O fato se deveu ao aumento de produção no Irã, Iraque, Líbia e Nigéria, que se prepararam para manter os níveis de produção que a Opep está defendendo. Assim, fazem em mais altos patamares.

A Opep fechou um acordo para limitar sua produção para o intervalo de 32,5 milhões e 33 milhões de barris/dia após encontro paralelo a conferência de energia na Argélia no último mês.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem anunciado que seu país vai apoiar o esforço da Opep de cortar (ou limitar) a produção para melhorar os preços.

Porém, as ameaças de conflito parecem ser mais fortes que o acordo da Opep para que o preço tivesse esta ligeira subida acima dos US$ 50, o barril. Tirando os conflitos nenhum outro fato indicaria que o petróleo possa se aproximar dos US$ 60.

Como já comentei aqui neste espaço, hoje, os EUA é mais regulador dos preços do que a Opep, pela facilidade que teria para retomar a produção com xisto, desde que o preço do barril passe de US$50. A Opep hoje é responsável por apenas cerca de 1/3 da produção mundial, embora junto com a Rússia já aproxime da metade da produção mundial. A conferir!

PS.: Atualizado às 14:18: Para acrescentar o último parágrafo.

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