segunda-feira, setembro 26, 2011

Infraestrutura no Açu

Mesmo que a construção do Complexo já tenha mais de 4 anos desde o seu marco inicial, a Vila do Açu, ainda hoje continua com carências básicas. O porto tem projeto de ser um dos maiores investimentos hoje do mundo, segundo seus idealizadores, mas, a comunidade ainda sofre, como uma comunidade qualquer, sem a perspectiva que se desenha, em termos de desenvolvimento econômico, como o que se projeta para o Açu.

Por isto, é inadmissível que se demore tanto a resolver estas duas carências. O blog nem se refere a saneamento básico que imagina seja logo iniciado, mas, se refere a duas outras necessidades básicas para as comunidades de qualquer lugar: energia elétrica e comunicação por celular.

A comunicação por celular só na beira-mar e com muita sorte é possível. Só agora o grupo empresarial viabilizou uma torre e uma estação base que, segundo informações será disponibilizada para a operadora Vivo. É inaceitável que se demore muito a viabilizar esta pendência, de preferência com acesso também de mais uma ou duas operadoras.

O caso da energia elétrica parece ser de carências e falta de manutenção e limpeza das redes de distribuição. Neste último sábado o blogueiro pôde ver de perto o problema. Mesmo, que o vento não tivesse ainda muito forte, as interrupções no fornecimento de energia elétrica foram constantes e, uma delas chegou levar duas horas para ser retomada.

Segundo relato de alguns moradores, o problema é freqüente e leva a inúmeros defeitos nos equipamentos elétricos, especialmente as geladeiras. O problema é da concessionária Ampla e mais uma vez repetimos, que para um projeto da magnitude do que se está desenhando para o Açu, problemas como estes são inaceitáveis que se perdurem.

O problema dos acessos pelas estradas, como da Figueira e outros, parece que será resolvido com o asfaltamento prometido pela prefeitura, num convênio com DER-RJ, mas também é urgente, tendo em vista o aumento significativo de pessoas trabalhando no entorno da Vila do Açu, com o início das atividades de construção do estaleiro da OSX.

Pelo que aqui neste espaço vem sendo relatado pelo blog, sobre o processo de implantação do Complexo do Açu, seria interessante que uma base da prefeitura fosse lá estruturada, com poder de decisão para encaminhar as questões mais simples de serem resolvidas, com pessoal e máquinas e com agilidade e interesse, para encaminhar e articular os problemas mais complexos, para solução por parte da PMSJB, na sede do município. Poderia ser uma espécie de Administração Regional ou Sub-prefeitura.

Trata-se apenas de sugestão do blog. Sabe-se que muitas ações estão previstas, mas, não é desejável, que elas sejam sempre adiadas e/ou postergadas. Por todas as mudanças e interferências que a Vila do Açu vem e continuará a passar é justo este tratamento diferenciado e de atenção mais direta aos moradores da Barra do Açu que empresta o nome e seu território para o imenso empreendimento.

4 comentários:

denis disse...

Bem pontuadas suas colocações caro professor, é inadmissível estarmos recebendo um empreendimento desse porte e as comunidades ao entorno não evoluírem, poucas coisas mudaram, e isso deixa a comunidade muito desanimada. A 4 anos atrás recebemos um bom número de pessoas, mas por problemas citados pelo senhor e que permanecem até hoje a euforia durou bem pouco, durou exatamente o término da estrada de acesso ao porto...
Hoje vivemos na expectativa de termos novamente esse aumento populacional com os trabalhadores que virão para construção do Estaleiro, mas não temos certezas de quanto tempo vai durar, uma vez que estamos com a mesma infraestrutura de 4 anos atrás.
Falta na comunidade também um loteria e caixas eletrônicos, pois o local mais perto para pagarmos as contas hoje é Baixa Grande. Sei que é uma questão econômica, mas acredito que com vontade política e empresarial desse grupo seria fácil de resolver, basta força de vontade.
Enfim temos muitas deficiências sim, mas a maior é a falta de informação e de organização da sociedade, a ineficiência do poder público e a distância que a empresa tem da comunidade.

A sugestão em audiência pública seria a criação de uma comissão de representantes das comunidades sem vínculo político e reuniões periódicas tanto com o poder público, quanto com as empresas, para cobramos a implantação de ações coordenadas e maior transparência na aplicação das compensações que são citadas amplamente pela empresa e ficam invisíveis aos olhos de quem vive nessas comunidades. A empresa e o poder público ainda não viram essa necessidade básica de um diálogo contínuo e a sociedade ainda sem saber o que irá ocorrer não cobra amplamente ao menos essa aproximação, pode ser uma questão cultural, mas esperávamos mais desse grupo que tem como dono o homem mais rico do país, é uma questão de responsabilidade social e sustentabilidade dessas localidades.

denis disse...

Para não dizer que tudo é ruim e que só criticamos, temos que dizer que a quantidade de empregos aumentou significativamente, embora seja de um baixo grau de escolaridade e que normalmente exige experiência, falta afinidade com os cursos aplicados e um programa de aprendizagem prática, com estágios e aprendizes, ingressando assim aqueles que fizeram os cursos (SEBRAE, FAETEC, IFF...) e não têm experiência profissional exigida.
A quantidade de cursos também aumentou, mas ainda está muito aquém do esperado, e temos que pensar hoje na juventude que se forma, incentivando na localidade uma capacitação técnica contínua. Temos no 5º distrito várias escolas até o 9º ano, mas apenas uma de ensino médio, precisamos profissionalizar essa juventude toda para que não ocupem apenas cargos com menores remunerações baixas. Há muito a se fazer e pouco tempo pela frente...

Roberto Moraes disse...

Muito interessante suas contribuições Denis.

Sua importância cresce pela sua presença constante na comunidade com o olhar de quem aí vive e acompanha o desenvolvimento de todas estas ações.

Há muito por fazer e é interessante que se identifiquem as prioridades.

Abs.

vera lucia disse...

Professor eu conheço o Açu há vinte anos. Moro aqui a quatro. E em vinte anos a localidade mudou muito pouco. Mesmo com este mega empreendimento o governo não acorda. A comunidade não desenvolve, e os projetos que vem é do tipo (faz de conta), temos o exemplo da rodoviária, que estavam fazendo que não dar para entrar um ônibus, a obra é minúcia e toda murada e no momento estar parada. Provavelmente irá ser demolida e refazer o projeto. Cloro usar o nosso dinheiro é mole. É muito claro, o descaso do governo para com Barra do Açu. Não entendo Porque não se fez as coisas básicas, não temos nem estradas asfaltadas a realidade é outra não podemos aceitar que mesmo com a construção do Porto o governo alegue que temos estradas boas, que antigamente era pior, estamos a quase cinco anos de construção do porto e o governo ainda pensa dessa maneira é duro em professor? Quase não vemos o poder publico na região a não ser para fazer politicagem