segunda-feira, setembro 26, 2011

4.500 apartamentos em SJB

Numa área de seis alqueires na entrada do município de São João da Barra, às margens da BR-356 e do rio Paraíba do Sul, a família Pinto (herdeiros do desembargador Paulo Pinto), fechou um acordo com a empresa REX do grupo EBX, para a construção de 4.500 apartamentos. Já há terraplanagem na área e o início da construção deverá acontecer ainda em 2011.

A REX tem expectativa de que mais de mil unidades já sejam entregues no final de 2012 e o restante em 2013. O objetivo é atender a grande demanda de pessoas que estarão atuando na construção e implantação do estaleiro da OSX no Açu.

As unidades serão de tipos e tamanhos diferentes variando de 60 a 120 metros quadrados. O projeto não eliminaria a intenção de construir o condomínio da Cidade X, em área da Fazenda Pontinhas junto à área do Distrito Industrial de São João da Barra.

A viabilização deste empreendimento, garante à sede do município de São João da Barra, certa centralidade no processo de expansão urbana já em curso por desdobramento da instalação do Complexo Logístico-industrial do Açu.

De outro lado, ampliam-se os problemas a serem equacionados. 4,5 mil apartamentos significam a potencialmente uma nova população de 18 mil pessoas na sede do município, mais do dobro do que hoje ali residem, num espaço de tempo inferior a dois anos.

O fato reforça a demanda por um planejamento urbano cuidadoso para a redução dos impactos gerados por esta explosão demográfica concentrada.

6 comentários:

denis disse...

Interessante, o Sr. X quer a qualquer custo levar gente para SJB, só esquece de pedir ao poder público para estruturar a cidade, que até hoje não tem um hospital municipal, uma cidade sem coleta de esgoto, sem infra estrutura até para a atual população, sem lazer também... Complicado. Será que vão usar os milhões em compensações para dá a infra estrutura básica só no entorno da sede do município? Aliás 4500 apartamentos em tão pouco tempo não é tão fácil assim, quem serão os moradores? Muito marketing e pouca ação, está mais para isso.Ah, em uma das propagandas fala-se das estradas, que antes tinha lama e barro, essa realidade só mudou na via principal que da no Porto, o restante das estradas está a mesma coisa, é só andar pele município que todos vão ver.

Anônimo disse...

Denis, cobre a melhoria da prefeitura e não do Eike. Ao invés de ficar fazendo coro e choramingando que o Porto é ruim pq não contruiu mais estradas no Açu, deveria se ligar e saber que isso é dever do Poder Público. O cara "só quer" montar o negócio dele e de quebra ainda nos oferece uma porrada de empregos, asfalta km e mais km de rodovia, traz multinacionais para cá, sinal de telefonia móvel para o Açu, que nunca iria ter nada disso por lá e neguinho ainda reclama? Pelamordedeus... vocês gostam mesmo do atraso!

João Felipe

Anônimo disse...

João Felipe, concordo contigo.

denis disse...

Pois é João Felipe, entendo perfeitamente suas colocações e estou cobrando do poder público também se não percebeu, mas ao fazer tamanho empreendimento no município o empresário se torna um pouco responsável sim, inclusive de cobrar do poder público. O que é mais fácil da prefeitura atender, um pedido meu, ou do Mr. X?
Essa paralisia atrapalha muito a ele também, mas ao invés deles se comportarem de forma madura e fazer as cobranças junto com a população, que infelizmente está anestesiada por troca de favores menores (pois em SJB há um grande problema de clientelismo enraizado) eles adotam outra postura, simplesmente ignoram os problemas e fazem marketing junto com o poder público que há uma sinergia inexistente e que estão fazendo tudo em harmonia, isso que me deixa muito indignado em relação aos empreendimentos Xis.
Você e outros se enganam se pensam que sou contra os empreendimentos, pelo contrário, ao criticar quer ajudá-los, pois aposto minhas fixas neles para me dar bem também, pena é que os mesmos (poder público e empresário) não são humildes de sentar para conversar.
Como contrapartidas pra instalação (as chamadas compensações) uma verdadeira fortuna deveria está sendo empregada em SJB, eles dizem que está sendo, mas como vamos saber? A olho nu quase nada mudou...
Então meu caro, vamos nos somar para desenvolver essa região e livrar a população local dessa anestesia provocada pelos royalties que deixa boa parte cega diante de tantas possibilidades que poderíamos estar experimentando.
Podemos contar com o seu apoio nessa empreitada? A hora é de somar, e não de dividir.

Anônimo disse...

Interessantes comentários, só faço uma ponderação, pois realmente o Eike e o seu grupo tem que vestir a camisa da cidade e não apenas do lucro. Tem que sentar sim com a prefeitura para cobrar, empreendimentos como hidroelétricas, por exemplo, são obrigadas a darem muitas contrapartidas, pois afetam diretamente todo o ecossistema e o meio social. Não podemos aceitar em pleno século 21 que se defenda o capitalismo passando por cima de tudo sem medir as consequências.
Olhar mais profundo toda essa mudança prevista é o mínimo, assim como também não são apenas coisas ruins. Agora a cidade está muito despreparada para tamanho investimento isso está.
SJB e Campos tinham que ter um gabinete integrado com contato permanente com a empresa para buscarem soluções conjuntas.

Grato

Daniel Nunes

Pedro Caetano disse...

João Felipe que mentalidade pequena essa sua hein.
Olha é dessa mentalidade que os políticos gostam;
Achar que apenas estradas feitas para atender o empreendimento e uma antena de celular deveria calar a boca da população.
você seria capaz de mensurar o desequilibrio gerado pelo empreendimento?
então vou te ajudar um pouquinho vou começar pelo básico: desequilibrio ambiental - alto risco,desequilibrio social - alto risco esses são os dois principais..já parou para imaginar como o modo de vida da população local será mudada? Olha hoje já existe um muro invisivel separando o porto do açu do próprio açu; você já leu o EIA/RIMA do distrito industrial? Lá vocÊ poderá ver onde exatamente esta este muro.
Olha quanto a questão dos empregos houve um grande aumento sim,contudo estes não são realmente empregos, particularmente os classifico como subempregos. Você conhece alguem que conseguiu um emprego de verdade nessa obra?
Os moradore ainda não desfrutaram de nenhum tipo de compensações reais.