quarta-feira, maio 01, 2013

Trabalhadores comemoram com luta e manifestação o seu dia

O Primeiro de Maio mais que um feriado é um dia simbólico de lutas e manifestações. Neste ano, boa parte da Europa está sendo palco de protestos contra as medidas de austeridade com impactos direitos sobre os trabalhadores.

Na Grécia, sindicalistas, aposentados e desempregados fizeram protestos no centro da capital Atenas contra as medidas de austeridade do governo, que deixam o país em uma profunda recessão e geram recordes de desemprego. As manifestações são contra a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na Espanha, dezenas de milhares pediram ações para se evitar o desemprego crescente, que já superou os 27% e passa de 50% entre os jovens. Em Madri apenas, mais de 50 mil pessoas foram pedir um pacto nacional contra o desemprego, em meio à profunda crise econômica espanhola. Também foram criticadas as políticas de austeridade do governo do premiê Mariano Rajoy, que na opinião dos sindicalistas asfixiam o país.

Há protestos também em cidades da França, com milhares de trabalhadores criticando as medidas de austeridade tomadas na Europa. Em Istambul, manifestantes entraram em confronto com a polícia, enquanto tentavam desafiar a tentativa do governo de evitar protestos e uma marcha anual realizada em uma praça pública da cidade. O 1º de maio deixou de ser feriado nacional na Turquia após um golpe militar em 1980, mas o feriado voltou ao calendário em 2010, graças à pressão dos sindicatos.

O feriado é também celebrado em partes da Ásia, com dezenas de milhares de trabalhadores marchando hoje na Indonésia por melhores salários.

Enfim, luta e manifestações para manter conquistas consideradas históricas na Europa, onde os trabalhadores vivem retrocessos. Na América Latina, África e Ásia a luta é para avançar em conquistas por aqueles que ajudam a construir riquezas que não lhes pertence.

Em homenagem a trabalhadores e trabalhadoras o blog traz a música Construção de Chico Buarque:





PS.: Atualizado às 14:02: O blog traz para a página principal junto à postagem o comentário de um(a) leitor(a) sobre o assunto:

"Mas aqui não há manifestações...

Fui buscar minha filha no colégio. Nunca chego cedo. Ontem cheguei.
Não importa qual é o colégio porque a cena se repete em quase todos, guardada as proporções do corte de classes, posição geográfica e um ou outro detalhe.
Todos os alunos eram mais ou menos iguais. Mesmas roupas, mesmo apego ao celular, mesmo corte de cabelo, meninos com as mesmas chuteiras, meninas com as mesmas bolsas...
Não conversei com ninguém, mas tenho certeza que as opiniões, os preconceitos, os programas de televisão que assistem e os lugares que frequentam, são os mesmos.
Fiquei me perguntando sentado na escada: onde está o aluno revoltado? onde está o cara (ou a menina) que está indignado com alguma coisa, seja na escola, seja na cidade, no país ou no mundo? Será que naquele universo todo não tem ninguém insatisfeito com alguma coisa a seu alcance de mudar? Onde está o aluno que subirá num caixote e exortará seus colegas a se manifestarem contra ou a favor de alguma coisa? O iPhone basta? Emburreceram assistindo a TV ou são rebeldes de boutique?
A idade para querer mudar o mundo é esta e fico imaginando porque não há liderança, rebeldia verdadeira entre os jovens. Se drogar e delinquir é o máximo que podem fazer? Tsc tsc, pobres...
O que fizemos com eles é o reflexo do Brasil sem manifestações, confuso e domesticado pela mídia corporativa.

Neste primeiro de maio, que poderia ser de abril, feliz dia do trabalho feliz!"

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas aqui não há manifestações...

Fui buscar minha filha no colégio. Nunca chego cedo. Ontem cheguei.
Não importa qual é o colégio porque a cena se repete em quase todos, guardada as proporções do corte de classes, posição geográfica e um ou outro detalhe.
Todos os alunos eram mais ou menos iguais. Mesmas roupas, mesmo apego ao celular, mesmo corte de cabelo, meninos com as mesmas chuteiras, meninas com as mesmas bolsas...
Não conversei com ninguém, mas tenho certeza que as opiniões, os preconceitos, os programas de televisão que assistem e os lugares que frequentam, são os mesmos.
Fiquei me perguntando sentado na escada: onde está o aluno revoltado? onde está o cara (ou a menina) que está indignado com alguma coisa, seja na escola, seja na cidade, no país ou no mundo? Será que naquele universo todo não tem ninguém insatisfeito com alguma coisa a seu alcance de mudar? Onde está o aluno que subirá num caixote e exortará seus colegas a se manifestarem contra ou a favor de alguma coisa? O iPhone basta? Emburreceram assistindo a TV ou são rebeldes de boutique?
A idade para querer mudar o mundo é esta e fico imaginando porque não há liderança, rebeldia verdadeira entre os jovens. Se drogar e delinquir é o máximo que podem fazer? Tsc tsc, pobres...
O que fizemos com eles é o reflexo do Brasil sem manifestações, confuso e domesticado pela mídia corporativa.

Neste primeiro de maio, que poderia ser de abril, feliz dia do trabalho feliz!