sexta-feira, setembro 22, 2017

De onde surge a balela de que a economia se deslocou da política no Brasil?

Interessante este discurso dos “colonistas” econômicos da mídia comercial, divulgando repetidas vezes, a ideia de que a economia está melhorando e que ela se descolou da política e tem trilha própria.

Ora, ora, ora. Nem Delfim Neto ousaria tanto. Delfim lê bons teóricos e sabe que isto não é possível e nunca falaria uma bobagem desta, mesmo que se queira rechaçar a Economia Política.

O que houve é que o mercado capturou por completo, o poder político no Brasil.

A economia está boa para quem cara pálida? Quem está concentrando recursos e recolhendo os excedentes econômicos, enquanto o desemprego aumenta, as condições de trabalho piora e participação dos salários na economia pioram com os cortes sem fim dos direitos sociais?

A banca sempre sonhou e trabalhou por um Banco Central “independente”. Sim, independente da maioria da população do país. Sempre desejaram que o papel dos governos eleitos fossem entregues à regulação externa, como se fossem técnica.

Para isto criaram eles criaram na década de 90, as agências reguladoras. Estas seriam também “independentes” da maioria da população e estariam como hoje, só sob o controle dos donos dos dinheiros e do mercado.

A economia está sem controle da política porque ela está a serviço da minoria endinheirada que vê a população como um todo como estorvo que só serve para servir com mão de obra barata e se possível como na era da escravidão

No Brasil, após o golpe, o mercado abandonou os intermediários da política. Eles mal vistos por todos ficaram cuidando das confusões da mediação e outras coisas menores, porque tudo o que interessa (orçamento, energia/petróleo, etc.) já está sob seu controle direto.

Não tenham dúvidas, o Brasil atual, está se transformando com este dia-a-dia, num dos maiores “cases” do ultraliberalismo que trabalha promovendo uma nação para poucos, dentro de uma concepção de uma civilização excludente que empurra os pobres e a pobreza para as periferias.

As tensões aumentarão e os mesmos falarão da violência, das drogas, da necessidade de polícia, mas a economia tá bem e descolada da política.

Mas a economia tá bem e descolada da política.

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