quinta-feira, fevereiro 16, 2017

Setor de petróleo nacional ficará sem conteúdo local, sem empregos, sem dinâmica econômica e sem tributos!

Hoje o governo Temerário está decidindo o fim da política de conteúdo local que gerou milhares de empregos na indústria para atender ao setor de petróleo e gás.

Só recentemente a Fiesp e a Firjan - cujos presidentes há muitos não são mais industriais - "perceberam" que estavam sendo engolidos.

O estrago será enorme e faz parte da sanha golpista.

A disputa coloca de um lado as corporações que exploram e produzem (petroleiras) e de outro a indústria de bens e serviços do setor.

As petroleiras (todas, especialmente as estrangeiras) querem trocar as exigências atuais que vem desde 2005, estruturadas e fiscalizadas pela ANP que exige percentuais nacionais em 90 itens das instalações, por uma vaga exigência de 40% de índice global e único.

A indústria de bens e serviços diz que com esta mudança, o conteúdo local (nacional) será zero. Repito zero porque tudo será importado. 

Por quê? Porque os serviços no setor de petróleo já respondem sozinho por 50% da demanda, cabendo aos bens os demais 50%, na instalação de plataformas, sondas e embarcações especiais.

Agora que o pato (Fiesp e Firjan) foi pressionado pelos donos das indústrias, eles descobriram que isso irá reduzir o PIB do setor em 13 vezes, os empregos e salários cairão mais de 11 vezes e os impostos arrecadados pelo governo em 17 vezes.

Sim, e assim querem um esforço fiscal apenas cortando direitos, mais uma vez abrindo mão das receitas.

O resultado disto é a repetição em nível muito mais grave do que se via no governo FHC, com a construção de plataformas movimentando a economia, gerando empregos e tributos no exterior. 

A situação hoje é muito pior, porque a nossa indústria naval já chegou a ter mais de 80 mil empregos e o setor de petróleo e gás chegou a alcançar 13% do PIB brasileiro, quando na década de 90, não chegava a um terço disto.

A pressão das petroleiras estrangeiras sobre o "acessível e comprometido" governo Temerário é enorme e começa com uma organização que tem o Brasil apenas no nome: o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).

Para se ter uma ideia do que está vindo por aí, apenas nos últimos dias, o ministro da Minas e Energia e seu secretário de Petróleo e Gás receberam em audiências os presidentes e representantes das petrolíferas: Shell, Esso, BP, Total, Statoil, etc. De quebra, também o embaixador dos EUA.

É o Brasil descendo a ladeira e assumindo mais e mais sua dependência e subordinação.

Neste rumo, a Petrobras será, após esquarteja, paulatinamente, apenas uma empresa que produz algum petróleo, da mesma forma, que se dá com a petroleira da Nigéria, Angola e outros países que abriram mão de agregar valor neste setor que possui uma imensa cadeia produtiva. 

E olha que foi a Petrobras que descobriu o pré-sal que está agora sendo entregue. É a Petrobras que tem e desenvolveu boa parte do know-how de exploração offshore, especialmente, em águas profundas.

Um comentário:

douglas da mata disse...

Eu fico pensando:

Onde estão os comentaristas-paneleiros, um bando de filhos da puta mentecaptos, que diziam que tudo era uma questão de tirar o PT do governo?

Pois bem, o PT está fora e o que temos?

A venda descarada do patrimônio nacional, extinção de direitos sociais e da previdência pública, reforma do ensino médio que nos tornará um país de imbecis alfabetizados, enfim...

juiz andando com réu, ministro da justiça plagiador virando juiz, censura a imprensa, etc, etc, etc...

Cadê esse bando de filhos da puta, onde estão as panelas?????

Cadê esse pessoal que sumiu do blog e do "feicebuquistão"????

Aqui na terra dos filhotes da cachorra de guarus a mesmíssima coisa:

Valia tudo para derrotar o napoleão da lapa, e agora????

Cadê a gritaria da imprensa de coleira???

Ahhh, viraram diário oficial...

É uma merda, meu caro, é uma merda...