quinta-feira, janeiro 24, 2019

A "orientemedização" da América Latina também tem o petróleo como causa

Com o conflito na Venezuela está em curso o início da versão latina do processo que há décadas atinge o Oriente Médio.

A "orientemedização" da América do Sul vem no exato momento em que o horizonte próximo das reservas de petróleo do xisto americano se escasseiam e novas reservas pelo mundo se tornam muito caras para serem exploradas.

Os conflitos do Iraque, Síria, Irã, Iêmen e Arábia Saudita tendem a se expandir para as nações latinas que não se submeterem à dependência.

Os pretextos oferecidos pelos desencontros da gestão na Venezuela e pela fase de colapso de preços do ciclo petro-econômico não passam disso.

Pretexto segundo o dicionário significa: "razão alegada para encobrir a verdadeira razão; desculpa, subterfúgio, alegação, argumento, mentira, escusa, evasiva, dissimulação, justificativa, explicação".

A ONU com o chamamento que faz pedindo diálogo para evitar um "desastre" na Venezuela percebe claramente o surgimento de nova área de conflito em nova área do mundo, agora na América Latina. O conflito venezuelano tem que ser resolvido pelos próprios.

A confusão política no Brasil também não pode ser vista fora desse contexto.

Assim, a geopolítica do petróleo desceu e se expandiu do Oriente Médio para o trópico.

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