segunda-feira, junho 23, 2025

Invasão do Irã terá que ser abordada na cúpula do Brics daqui a 2 semanas no Rio

A disputa geopolítica pelo chamado Oriente Médio (Oeste da Ásia) é antiga, antes, basicamente, por conta do recurso energético petróleo, mas hoje, como porta de entrada para um maior e disfarçado enfrentamento com o Brics (e China) que já tinha aumentado a presença dessa região na sua composição. Israel sempre foi o cão de guarda dos EUA naquela região e o Irã seu maior contraponto.

Por tudo isso, queiramos ou não, o atual conflito, obrigatoriamente, se estenderá à reunião dos Brics que acontecerá daqui a duas semanas, exatamente no Brasil, nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.

Embora o Brics não seja um bloco político e sim um potente bloco econômico-comercial, não tem como não tratar do caso do Irã (e da guerra contra Israel com apoio dos EUA), considerando que, em 2024, essa nação já tinha passado à condição de novo membro com a expansão do grupo original de países, junto com a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia que agora constituem o Brics+, se somando ao Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul.

Num mundo em ebulição geopolítica e geoeconômica com riscos tão eminentes de conflito nuclear, fracasso da ONU e da ordem mundial, com os países-nação tendo que se virarem por si, há que se ver como um bloco de países com tal dimensão como o Brics+ (que já avaliava nova expansão) se portará nesse mundo em profunda transformação.

É inaceitável a preponderância do uso da força como forma de construir a paz sob a velha lógica imperial. O Brics surgiu da vontade de romper a unipolaridade e avançar numa perspectiva da multilateralidade. A ver!

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