segunda-feira, agosto 17, 2009

MPF ajuíza ação para parar as obras do Porto do Açu

Abaixo o teor da matéria que explica a Ação Civil Pública ajuizada pelo MPF através dos procuradores da República Eduardo Santos e Carmen Sant'anna. A ação corre na 1ª Vara da Justiça Federal em Campos. O texto abaixo é do Portal Terra: “O Ministério Público Federal em Campos (RJ) anunciou hoje que ajuizou uma ação civil pública na Justiça Federal pedindo liminar para que sejam paralisadas as obras do Super Porto do Açu, avaliado em R$ 6 bilhões, um mega-empreendimento, misto de porto e complexo industrial, em São João da Barra, no litoral norte fluminense. Segundo o MPF, o empreendimento bilionário está sendo construído irregularmente, pois não houve licitação para a obra, a cessão da área para o porto foi indevida e a licença ambiental dada ao empreendimento ocorreu sem a aprovação do estudo de impacto ambiental. A obra é da LLX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista. O projeto do porto prevê a movimentação de 25 milhões de toneladas de carga por ano. Na ação, o MPF pede também que seja declarada a inconstitucionalidade da lei que regulamenta os portos brasileiros (Lei 8.630/93), que permite a privatização sem fiscalização do poder público, o que é vedado pela Constituição, pois apenas a União pode explorar os portos marítimos, diretamente ou por delegação. A ação, com pedido de liminar, foi movida pelos procuradores da República em Campos dos Goytacazes (RJ), Eduardo Santos e Carmen Sant'anna e tramita na 1ª Vara Federal de Campos. A ação é movida também contra o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo o MPF, o INEA forneceu licenças ambientais sem a aprovação do Estudo Prévio de Impactos Ambientais (EPIA) e a Antaq autorizou a exploração do porto, por tempo indeterminado, alegando que ele seria de "pequeno porte". O complexo, que também abrange o pátio logístico do porto, ocupará uma área acima de 7.500 hectares. Em liminar, o MPF pede que sejam anuladas as licenças ambientais e a autorização fornecidas pelo Inea e a Antaq, bem como a imediata paralisação de qualquer atividade por parte dos empreendedores. Para o MPF, outra irregularidade é a falta de licitação para a construção do complexo, avaliado em R$ 6 bilhões. A licitação seria obrigatória se o empreendimento tivesse sido corretamente enquadrado como porto público. O porto está previsto para ser o maior da América Latina. O MPF investiga ainda se houve também desapropriação de terras de uma fazenda por meio de decreto do Estado. Em 2007, o governo do Rio de Janeiro declarou as obras e as atividades de infra-estrutura para a instalação do porto como de utilidade pública. "Como o Porto do Açu escoará as cargas que bem entender o seu proprietário, pode-se dizer que o Brasil terá uma nova e grande porta de entrada e que a chave foi entregue pela União a um de seus cidadãos em detrimento e à revelia de todos os demais", afirma o procurador da República Eduardo Santos em nota divulgada pelo MPF. O professor da Universidade Federal Fluminense, Aristides Soffiati, que analisou o EPIA, aponta diversos danos ambientais do complexo, como uma grande mortandade de peixes, camarões e tartarugas marinhas devido à dragagem em andamento. Além dos prejuízos à pesca na região, poderá haver destruição dos ecossistemas de várias lagoas, entre elas, a Lagoa Salgada, que poderá ser considerada monumento palenteológico da humanidade pela Unesco. O complexo também invade Área de Proteção Permanente (APP). O Porto do Açú começou a ser construído em dezembro de 2007 e está previsto para começar a funcionar em 2012. O Super Porto do Açu prevê também uma retroárea para armazenamento dos produtos que serão movimentados e, ao seu lado, um complexo industrial. Segundo o site da prefeitura de São João da Barra, que endossa o projeto, as metas anuais para as exportações são de 63,3 milhões de toneladas de minério de ferro, além de 10 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos, 15 milhões de toneladas de carvão, 5 milhões de toneladas de granéis sólidos e 7,5 milhões de toneladas de carga geral. O porto deve receber investimentos de vários grupos chineses e a prefeitura local já iniciou, inclusive, cursos de mandarim (a língua mais falada da China) nas escolas municipais. SEGUNDO CASO - Este não é o primeiro mega empreendimento de Eike Batista que recebe a atenção do MPF. Em 2008, o Ministério Público Federal em Santos conseguiu impedir, com uma liminar obtida na Justiça Federal, a realização de uma audiência pública, que seria realizada em março daquele ano, sobre a construção do complexo portuário Porto Brasil, da empresa LLX, no município de Peruíbe (litoral sul de São Paulo). Para o MPF, o licenciamento ambiental só poderia ocorrer após a definição sobre a demarcação da terra indígena Piaçaguera, já reconhecida pela Funai e que ficava em parte da área que seria ocupado pelo complexo no litoral sul de São Paulo. Após a liminar, o MPF ingressou com uma ação, na JUstiça Federal de Santos, com pedido de liminar para que fosse suspenso o licenciamento ambiental do projeto, que era conduzido pela secretaria estadual do meio ambiente, até que fosse concluído o processo de demarcação da área indígena. A liminar foi negada, mas o MPF recorreu. Em novembro de 2008, em entrevista ao jornal Valor Econômico, Eike Batista informou ter desistido do Porto Brasil por conta da questão com os índios e que apostaria suas fichas no Porto do Açu, em São João da Barra, que poderia receber também a carga que previa destinar ao porto em Peruíbe”.

21 comentários:

Anônimo disse...

A poluição do Rio Paraíba, que é vida pra toda nossa população, continua largada, matando flora, fauna e homens, mas isso não dá IBOPE. Agora projetos de grande porte como o Porto do Açu e o aeroporto da Petrobras em Farol, que gerariam empregos, salvariam vidas que morrem de fome por falta de emprego, falta de dignidade, isso não Pode!!

Sérgio Provisano disse...

Acho que o anônimo das 14h25m, não entendeu o espírito do questionamento dos procuradores da República, Eduardo Santos e Carmen Sant'Anna.

A ideia do Porto do Açu que foi vendida era a de um porto de dimensões pequenas, ao contrário do megaempreendimento que está sendo instalado na região.

Lá atrás, eu mesmo questionei na blogosfera, a velocidade com a qual os órgãos ambientais concederam as licenças para o início das obras desse empreendimento.

Ninguém em sã consciência, será contra investimentos que gerem empregos mas, esses investimentos devem seguir as normas legais, sob pena de serem embargados.

O fato é que as coisas correram de forma célere no que tange ao empreedimento de Eike Batista e, o MPF, não seria tolo a ponto de propor uma ação civil pública se não possuisse embasamento legal para propô-la.

Agora, vamos esperar o desdobramento da questão.

Anônimo disse...

Eu entendi sim Sérgio! Acho que você que não entendeu o meu! O que adianta tanta burocracia, pra que tanto documento, pra que tanto papel? Todos esses processos de EIA e RIMA só geram burocracia e papel...talves propinas também! Basta ver os recentes casos de poluição do Rio Paraíba... a CSN continua poluindo... a Caraguazes continuma poluindo (ou você acha que essas empresas não tem EIA e RIMA?)
...mas os empregos são gerados lá! Nós só recebemos os poluentes! Na hora de se gerar emprego aqui é essa PALHAÇADA! palco para os SOFIATTIS exibirem suas intelectualidades.... e o povo que se F....... exploda !

Anônimo disse...

Anonimo das 2:25 leia direito o teor da acao proposta, feriram a constituicao frontalmente: atividade portuaria eh federal e se for pela iniciativa privada tem q ter licitacao...acho q p/ certas pessoas as coisas tem q ser desenhadas...Caro anonimo, em resumo: tah tudo errado, logico q com conivencia dos governos de SJB/RJ...a populacao do 5o. distrito de SJB tah sendo despejada pois desapropriaram terras por lah...isso estah gerando problemas sociais graves no local, procure se informar melhor sobre a regiao e veras q o sonho e ganancia de uns virou pesadelo da populacao local...

Carlos Alberto disse...

Pelo que entendi as licenças foram devidamente emitidas pelos orgãos ambientais, sendo questionado se os estudos do impacto ambiental foram feitos de forma correta por quem emitiu as licenças.
Olha, com toda certeza o impacto na melhora de vida, resgatando a dignidade de milhares de pessoas da região será infinitamente superior aos possiveís estragos ambientais.
Concordo que devemos estar antenados para a morte do Rio
Paraíba, da Lagoa Feia, onde o dano ambiental não gera emprego, não tem contra-partida,só servindo para diminuir custos de indústrias poluentes e enriquecer fazendeiros gananciosos).
Crescimento com responsabilidade ambiental, sustentável, mas sem exageros e radicalização!!

Carlos.

Anônimo disse...

O Brasil é um país subdesenvolvido!!!

Os brasileiros precisam de empregos!!!!

Investimentos geram empregos!!!!

Assim fica muto fácil, os Procuradores, juízes, ambientalistas, com seus empregos garantidos, independentemente de investimentos, ficam atrapalhando a vida dos outros brasileiros, a grande maioria que precisa de emprego.

A legislação ambintal está sendo aplicada de forma equivocada!! Não se pode inviabilizar investimentos!!

Domingo passado, o jornal O Globo tratou do desenvolvimento dos países asiáticos nos últimos anos. As rendas per capitas, PIBs, passaram em muito a do Brasil. A Coreia do Sul disparou em desenvolvimento. Nesses países a prioridade é o emprego, produção, um país para TODOS!!!! País subdesenvolvido não pode se dar ao luxo de abrir mão de empregos. No final, todos pagamos por isso, até mesma a minoria da elite (inclusive os membros do MP - salários por volta dos R$ 20.ooo!!!), pois a violência nas ruas é cada vez maior, sem limites, qualquer um pode ser vítima de processo de violência, a qualquer momento, pode-se perder a vida num assalto.

Todos pagamos pela indiferença, com a falta de preocupação com a geração de empregos. Essa deveria ser a prioridade. EMPREGOS!!!! INVESTIMENTOS!!!!!

Tá ficando tudo miuioto errado!!! Que imbecilidade!!!!

Anônimo disse...

Tá errado mesmo. Quem gosta de burocracia é socialista.

Tem mais é que gerar emprego e trazer desenvolvimento pra região. Claro que vai poluir, qual indústria que não polui?

O Rio Paraíba já é uma merda, a cidade de Campos não é nenhum pólo industrial e é uma sujeira só. Cingapura é um pólo industrial mundial e é uma das cidades mais limpas do mundo.

Esse povo só fala besteira.

Anônimo disse...

Se, historicamente, fosse adotado esse entendimento atual da elgislação ambiental, o Brasil teria parado no tempo.

Não existiria a CSN, o Porto de Santos, o Porto de Tubarão, etc, etc, etc.

Se continuar o entendimento equivocado, o Brasil ficará parado no tempo, estagnado.

As atividades do Porto do Açu envolverão no mínimo o interesse de 250.000 pessoas. É o que se anuncia para a região. São muitos empregos para serem barrados por caprichos ambientalitas

E essa argumentação de que o porto tem que ser atividade pública não cola. É para isso que existem, em todos o portos do país, as mais diversa fiscalizações: Receita Federa, Polícia Federal, Fiscalização Sanitária, etc, etc, etc. Fiscal do poder público é que não falta.

Anônimo disse...

O Mais estranho nisso tudo e que eles estão questionando uma lei que foi aprovada em 1993,porque deixaram passar 16 anos,porque eles não embargaram a obra antes de iniciar?

Débora disse...

Caro anônimo,

Entendo sua preocupação com os empregos, o que é uma preocupação de todos, inclusive do MP e do Judiciário.
Sugiro que vc também faça uma análise da questão de um ponto de vista mais amplo... A corrupção que assombra nossa região também gera falta de emprego, educação, saúde... dignidade!!! A falta de licitação e de respeito à Constituição podem trazer prejuízos para todos, a curto prazo!
Se não há licitação, se não há concursos, se não há leis ambientais nos protegendo, o que ocorre é que um grupo privado leva para o próprio bolso os nossos recursos públicos, A NOSSA DIGNIDADE TAMBÉM.
Ninguém quer parar o porto e nem acabar com os empregos... o que o MP está denunciando é justamente que as coisas estão sendo feitas de maneira pessoal e ilegal, trazendo prejuízos para os cofres públicos, para a natureza, para os cidadãos...
Você não acha que, em tantos anos de recebimento de royalties de petróleo, se a Administração Pública estivesse agindo de maneira competente e conforme manda a constituição, todos já não teriam empregos e dignidade???
Diga-se de passagem, Campos recebe muito mais receita do que a maravilhosa Curitiba, lá no sul(aquela que é modelo de cidade para o país inteiro)... e Campos não chega nem aos pés daquela...
Estamos precisando muito do Ministério Público e do Judiciário por aqui!!! Muito!!! Que Deus abençõe aqueles que tem a coragem de denunciar as irregularidades que tanto nos castigam!!!
Quanto à poluição, é claro que também tem sido alvo da justiça... as empresas também vão responder por ela. Não queremos a morte do nosso planeta... não queremos a morte dos nossos filhos e netos por falta de condições de habitação na terra...

GOSTARIA DE PEDIR AQUI A MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO BLOG (SE EXISTIR ALGUM PROMOTOR BLOGUEIRO), INFORMALMENTE, NO SENTIDO DE NOS ESCLARECER O QUE VEM ACONTECENDO, NUMA LINGUAGEM MAIS "POPULAR" QUE A DOS AUTOS DO PROCESSO... O BOM DOS BLOGS É ISSO!

Provisano disse...

Por alguns comentários aqui colocados, devemos inverter a ótica: a geração de empregos, deve ser prioritária, mesmo que para isso, devamos mandar a questão da preservção ambiental para as cucuias.

Essa questão passa a ser secundária, até porque, quem sofreá mais diretamente na pele as consequências, serão as futuras gerações, nossos netos e quiçá bisnetos e por aí a fora.

Não sou contra nenhum empreendimento que venha trazer progresso e gerar renda e trabalho, precisamos disso e muito mais, mas, o que se está em foco é a legalidade dos laudos que liberaram o início das obras, laudos esses que foram emitidos com muita celeridade, diga-se de passagem, para um megaempreendimento como o é o do porto em questão.

A Lei pode até estar fora de sintonia com a realidade mas é a que está em vigor e tem que ser respeitada. Seria muito simples se o projeto do porto respeitasse a legislação em vigor, coisa que me parece não serr o caso.

Em nome do progresso, desmatou-se e desmata a Floresta Amazônica de forma nefasta, a ponto de, em São Paulo, estar havendo um número expressivo de aumento de casos de Malária, por exemplo, que antes era restrito quase que apenas àquela região.

Nossa Mata Atlântica é outro exemplo clássico dessas atitudes inconseqüentes do ser humano. Eike Batista, não obstante seu discurso de empreendedor, com propostas mirabolantes de construir uma cidade na região, a Cidade X, para uma população prevista de 50.000 habitantes e coisa e tal, não hesitará, na primeira oportunidade que surgir, em se desfazer do empreendimento, ao menor sinal de obter lucro com essa transação. Ele é um capitalista que leva às últimas consequências a ótica do lucro pelo lucro, não nos iludamos com o seu carisma.

Ao anônimo das 14h25m, devo dizer que entendi seu ponto de vista sim, concordo que a burocracia não deva imobilizar projetos e programas que tenham alcance social. Acho até saudável que o MPF venha a intervir nessas questões com mais eficácia, afinal ele está aí para defender os interesses da população seja lá contra quem for.

O MPF deve voltar seus olhos para a questão da poluição do nosso Rio Paraíba do Sul, para as cagadas (desculpem-me a expressão xula) que as CSNs e Cataguazes da vida fazem e, não sofrem nenhuma punição eficaz.

Acho que essa ação civil pública contra o porto em construção, poderá ser uma porta de entrada para questionamentos de outros casos tão graves quanto esse. Tudo que diz respeito ao meio ambiente, diz respeito a todos nós, portanto devemos estar vigilantes.

Só não podemos é em nome do "progresso", abrir mão de se cobrar das empresas empreendedoras e do governo, que respeitem as leis e as cumpram. Isso é o mínimo que podemos esperar. O debate suscitado pelo tópico, vai ficar, ou melhor, já ficou deveras interessante e de altíssimo nível.

Forte abraço à todos.

Anônimo disse...

Em prego para quem? Pros moradores de SJB, Açú, Campos, vai gerar sim para poucos, mas para muita gente de fora. Esse porto já esta gerando e vai gerar muita destruição ambiental, e muitos impactos sociais, esse megaempreendimento já esta afetando os pescadores, que mais tarde serão os que irão morrer de fome, se não for tomadas as devidas providencias agora, com certeza não vai ser Eike Batista que vai salvar vidas, nem vai dar dignidade a ninguém, mas quem no futuro vai dar sustento às famílias dos pescadores de nossa região, quem vai encher os bolsos à custa da nossa região?
Tem que fazer direito, cumprir o que esta no papel, e não engrandecer um projeto para beneficio dos grandes que apóiam esta safadeza...

Botelho Pinto disse...

Onde está então o MP que não faz nada ou seja faz sim só jogo de mídia muita encenação e pouca ação. Em Campos o dinheiro público vive indo para o ralo ou melhor para o bolso de alguns privilegiados, ora uns ora outros e o povo só de f....

Anônimo disse...

Debora, eu acho muito bonito o que você escreveu! A lógica deveria ser esta, mas se Campos não é um exemplo em matéria de aplicação de recursos dos Royaltis, se "... A corrupção que assombra nossa região também gera falta de emprego, educação, saúde... dignidade!!! A falta de licitação e de respeito à Constituição podem trazer prejuízos para todos, a curto prazo!..." por que o MP não atua com maior visibilidade? Por que os corruptos não estão presos?
Por que pairam duvidas de que existem parentes de membros do judiciários nas folhas de pagamento dos DAS municipal e anetriormentes nas tercerizadas?Portanto Meritíssimos do MP, preservem o precioso tempo que os tem, para que os corruptos sejam devidamente punidos e deixem de lado as filigrnas da lei que tanto atrapalham o desenvolvimento de uma das regiões mais carentes do país. Eu fiz o primeiro e segundo post como anônimo, mas vi também muitos outros post de anônimos que concordam comigo no ponto de vista principal deve ser o Homem e a dignidade humana e para isso o mínimo necessário é um emprego. À partir desta prioridade o correto seria todas as demais forças trabalharem em conjunto, solucionando os obstáculos para que estes empreendimentos cheguem o mais breve possível e não o contrario.

Anônimo disse...

E tem outra coisa a acrescentar, já existem estudos que indicam que o planeta nunca irá morrer! Morrerão os homens que poluem mas o planeta permanecerá Vivo! Não serão picuinhas locais que salvarão o planeta, enquanto os mais abastados continuarem queimando combustíveis e torrando nossa camada de ozônio. No dia que os defensores da natureza deixarem de andar de carro, desligarem seus aparelhos de ar condicinado, se desligarem dos prazer modernos que tanto poluem e vou começar no discurso deles.

Anônimo disse...

É uma completa inversão de valores.

Parar um empreendimento desse porte, fala-se que será um dos maiores do Brasil, para se manter intacta uma restinga!!!!

Uma terra que, sem o emprendimento previsto, nunca terá mais dada, em troca da manutenção de sua vegetação intacta. Brincadeira!!!

Enquanto isso o ferrados continuarão passando fome, dependentes de bolsas família.
A prevalecer essa mentalidade, este Brasil nunca deixará de ser subdesenvolvido. Sim, tentam amenizar, dizendo que é um país emergente.

Emergente coisa nenhuma, é subdesenvolvido mesmo, com alguma "castas", ganhando muito mais para o seu sustento, para comprarem carros novos, mansões, coberturas, etc, se dando muito.

O MP tem que lutar pelo bem de todos, para o benefício do maior número de pessoas possível e para isso, o mais essencial é educação e emprego.

Fazer como tem feito a Coréia do Sul, por exemplo. Inclusive com a preservação, possível, do meio ambiente.

Anônimo disse...

Mais, muito mais importante do que o impacto ambiental, é se fazer um estudo de impacto na geração de emprtegos. Seja para quem for, da região ou de fora, para brasileiros, estrangeiros, o que for. Empregos puxam empregos, geram outras atividades, outros empreendimentos. O impacto no social, com mais empregos é o que realmente importa.

O resto é papo furado de elitizinha metida a besta que já está mujito bem ganhando seus milhares de reais, morrer de repente, antes da hora, num assalto. E depois querem culpar só os governantes pela crescente onda de violência...

Meio ambiente preservado para os netos?? Sem empregos, nem netos nascerão. E se nascerem, sem condições de serem cidadãos, serão mais bandidos na rua.

Botelho disse...

O interessante nisso tudo que não são os orgãos oficiais de meio ambiente que estão questionando a construção do porto, pelo que sei várias auditorias públicas estão sendo realizadas com a presença de autoridades e comunidades afim de minimizar qualquer impacto tanto ambiental quanto social. Acho que estes encontros são os melhores lugares para que estas pessoas fossem e colocassem suas questões e debatessem os seus pontos de vista e não fazer jogo de cena para aparecer, ou alguém acredita que alguma coisa nesta altura do campeonato vai parar a contrução do porto? Este não seria o Brasil. É muito fácil questionar as coisas quando tem o seu salário no fim do mês certo na conta.

Anônimo disse...

....teve um post meu que não apareceu...respondendo a Debora...
Não etendi o porque professor?
Não continha nenhuma ofensa e nem palavrão...
E todos nós somos a favor do respeito e contra a censura.

Larissa disse...

As pessoas aqui no blog estão dizendo que uma indústria grande gera emprego e diminui a violência.
Meu pai sempre trabalhou em indústria. Quando nasci ele estava no início da carreira, em São Paulo, no ABC. Depois fomos pro Rio, depois Vitória e hoje moramos em Rio das Ostras.
Em todos os lugares onde passamos existiam várias empresas que geram milhares de empregos. Todos esses lugares tinham um índice de violência altíssimo.
Então acho que um lugar que atrai muita gente atrai também violência, tráfico de drogas, prostituição e todas as coisas ruins que existem em grandes cidades.
Aqui em Rio das Ostras (e em Macaé também) as pessoas dizem que a petrobrás trouxe emprego e desenvolvimento, mas trouxe muita violência e problemas sociais também. Mas pelo menos em Rio das Ostras a prefeitura parece estar usando os royalties melhor do que em Campos (é o que parece aos olhos do povo).
Aqui os empregos foram para uma maioria de fora da cidade. Tem gente do mundo todo, inclusive no comércio local. Onde há oportunidades de se ganhar dinheiro, atrai-se gente de tudo que é canto!
Assim, acho que as empresas devem ser instaladas em locais estratégicos, onde não haja prejuízos pra natureza, pois quem quer mesmo trabalhar vai atrás das oportunidades e não espera nada de governo local pra resolver a própria vida.

Anônimo disse...

Larissa, parece que você também não entendeu o debate aqui. Você acabou de dar um exemplo do que eu estou defendendo. Macaé tem Porto, tem Aeroporto, tem tartarugas, tem praias tem a Petrobras, tem Emprego!! Não vou entrar no mérito da violência...nos EUA tem violência, na Suiça tem violência...
A minha critica inicial foi as picuinhas relacionadas as burocracias para se receber o progresso. Sempre são dois pesos e duas medidas. Existe degradação maior do que a feita na praia de Imbetiba? Cadê o MP? Lá não teve né? Só juntaram papéis...e tudo bem...e a Termoeletrica lá no brejo da Severina? não teve impacto ambiental?? Mas lá pode né?? Lá não teve MP pra embargar nada! Será que o planeta vai ser todo degradado e só vai sobrar Campos e os famigerados campistas sem empregos cuidadando das tartarugas?? Isso pra não repetir sobre o Rio Paraíba que já citei anteriormente. Aqui está parecendo aquela parábula da mãe que viu o filho marchando no exército e falou: Está todo mundo marchando errado, só o meu filho está marchando certo!
Será que é só em Campos que o MP está fazendo o certo? ... aí ficamos sem Porto! Ficamos sem Aeroporto!!
Batam palmas pro MP...depois seus filhos e netos sairão daqui pra trabalhar 500 km longe daqui, num lugar sem tartarugas, sem passarinhos e sem família!!

Anônimo N. 1.