domingo, dezembro 29, 2013

"A economia é a religião do capitalismo"

Eu entendi uma pequena parte da enorme entrevista do Luiz Gonzaga Belluzzo que saiu publicada aqui na edição da Folha de São Paulo deste domingo. Eu aprendi a respeitá-lo porque com ele aprendi alguma (pouca) coisa de macroeconomia e do capitalismo.

Só por isto fui até o final da entrevista. Pelo que ficou dela, eu entendi que o Brasil, como outros estados-nações sofre com a ditadura do sistema financeiro que lhe impõe determinadas decisões.

Há como mudar? Parece que sim. E ninguém pode imaginar que poderia ser antes da eleição. Porém, depois, não há como ficar do jeito que está, ou vai para um lado ou outro.

Vale passar os olhos pela entrevista. Tirei a frase acima dela em que Belluzzo atribuiu a Agamben. Separei outra passagem que já havia lido em outros textos de Belluzzo e serve para evitar que retornemos ao velho debate: "

"O investimento público, na história do Brasil, definiu o horizonte do investimento privado. Basta ver o papel das estatais no período de investimento rápido e o crescimento de todos os países. Vamos deixar de lado a Inglaterra que é um pouco mais complicado. Mas, assim mesmo, não teria capitalismo inglês sem o Estado inglês. O mercantilismo inglês foi o Estado. Nos EUA do final do século 19 ou na Alemanha há um peso devastador do Estado. Na Alemanha é muito mais claro. [Otto Von] Bismarck chamava o cara e dizia: você vai fazer uma estrada de ferro? Então compre o trilho aqui na Alemanha, porque isso é de interesse do povo alemão. Francamente, me recuso a discutir esse negócio de Estado ou não Estado. O Estado faz parte da engrenagem do capitalismo."

Enfim, quer saber mais (ou mais ou menos)? Leia então a entrevista aqui.

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