segunda-feira, junho 19, 2006

i-pod? Não, Não pode!

A Apple aquela famosa fabricante de equipamentos de informática está agora como esteve há algum tempo atrás a também famosa Nike, atrás das denúncias de uso de mão-de-obra escrava nos países chamados periféricos. Visando reduzir seus custos de produção e alcançar a chamada produtividade, estas grandes marcas cada vez mais deixam o setor de produção nas mãos de terceiros e se incubem, quase que exclusivamente, de trabalhar o crescimento das suas marcas garantindo no aspecto de produção apenas um determinado padrão mínimo de qualidade. Assim vão se instalando no Egito, Paquistão, etc. O caso em questão da Apple foi verificado na China nas fábricas da empresa terceirizada Foxconn em Longhua na província de Guangdong, no sul do gigante país asiático. Esta empresa monta “manualmente” os famosos iPods – aquele aparelhinho que armazena e reproduz mais de cinco mil músicas e/ou vídeos digitais - que são usados pela maioria dos jogadores de futebol de prestígio em todo o mundo. Um jornal inglês “Mail on Sunday” infiltrou dois repórteres nesta fábrica chinesa que apresentou condições de trabalho degradantes entre os cerca de 200 mil funcionários que cumprem jornadas de 15 horas de trabalho diárias e recebem US$ 50 ou aproximadamente R$ 112 por mês. Os trabalhadores reclamam que são obrigados a dormir na fábrica em pequenos alojamentos de cem pessoas e são proibidos de receber visitas. Estas grandes marcas ficam apavoradas quando uma denúncia destas ganha o mundo. Elas hoje não ganham dinheiro mais com a produção em si, mas sim, com as suas marcas e sendo assim elas podem ficar “marcadas” por esta mancha de exploração vil. Esta é a única força que nós consumidores podemos aplicar para resistir a este tipo de ação. Olha que isto também vale para fabricantes médios de nosso país, como a Ônix Jeans, que hoje já faz algo semelhante no Piauí e em outros estados nordestinos.

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