quinta-feira, junho 29, 2006

Reclamar de R$ 0,46 por dia é muita avareza!

Querem que o Brasil seja de primeiro mundo, mas quando vem uma medida que pode ajudar um pouco mais a distribuir a renda, a elite branca, como diz o governador do PFL, acompanhada neste caso da classe média, reclama. Agora é a vez de criticar o direito ao FGTS para os (as) trabalhadores (as) domésticos (as). Calma gente isto não empobrece ninguém e no médio e longo prazos ajuda a todos. Vamos reclamar de outras coisas. Deixe fluir com naturalidade as reformas e as modernizações nas relações de trabalho. Se não fosse assim até hoje ainda teríamos a escravidão ou a jornada de 12, 14 e até 16 horas de trabalho diário sem repouso semanal remunerado. Nas contas feitas por especialistas o empregador que paga um salário mínimo desembolsará a mais a quantia de R$ 28 por mês ou menos de R$ 1 por dia. No ano, o valor será equivalente a R$ 364,00 que quando abatido do desconto de Imposto de Renda que o contribuinte terá direito de fazer à Receita Federal de R$ 196,00, restará a ser pago a quantia de R$ 168,00 por ano ou R$ 0,46, isto mesmo R$ 0,46 por dia. Chega de sovinice! Para nosso país melhorar nós devemos, além de pressionar nossas autoridades, dar a contribuição que está a nosso alcance!

2 comentários:

Anônimo disse...

Vejo esta nota e me recordo da nota publicada na sexta-feira, 16 de junho de 2006 com o título "liberaram o outdoor".
Campos evolui, só não vê isso quem tem muita má vontade, mas ainda há um ranço em alguns setores da sociedade que é realmente de amargar!
Não cansamos de chamar os políticos de safados e corruptos, mas nos negamos a reconhecer neles o reflexo de nós mesmos! Nós, campistas e brasileiros, enchemos a boca para reclamar da falta de vergonha, da cara de pau dos políticos e da impunidade no Brasil. Fazemos isso de dentro de nossos carros emplacados no Espírito Santo e estacionados no meio das ruas, despreocupados porque no momento isso aqui é a casa da mãe Joana, cada um faz e pede o que vier na cabeça!!!! Talvez a nossa generalização no fundo é o que nos permite a noite irmos dormirmos tranquilos, na doce ilusão que afinal somos todos iguais!
Roberto, Campos me parece um barco a remos que já ganhou um motor e começa a rumar em frente, mas ainda há uma ancora que não foi içada e se arrasta no fundo, que ainda atrasa a viagem. Mas não tenho dúvidas que uma hora esse nó desata!
Um abraço, Marcos Salomão

Roberto Moraes disse...

Olá Marcos,

Andou sumido dos comentários, heim? Não entendi muito bem a relação desta nota com a outra.

Quanto a nossa cidade concordo em parte com os seus comentários. Sem nenhum favor vejo evolução, porém muito pequena em relação ao que poderia estar acontecendo.

Em relação ao ranço concordo e também quanto às reclamações feitas exclusivamente aos representantes políticos eleitos de quem se reclama, se bajula e enche de pedidos pessoais e interesses quase na mesma proporção.

Quanto ao motor para a locomoção me parece que a comparação pode ser pertinente quanto ao dinheiro que pode financiar e desatar os nós, mas não vejo em muitas outras áreas capacidade de dar suporte à arrancada pós-desatamento dos nós.

Minha maior preocupação é que este dinheiro abundante, além de não ser permanente (coisa que todos já sabem) ele não será gratuito. Quero dizer que a convivência com a fartura costuma trazer problemas nos períodos posteriores de carência. E poucos ainda perceberam que a única coisa certa no futuro, que pode ser daqui a vinte anos é que “obrigatoriamente” de qualquer forma (mesmo que o dinheiro atual seja otimamente investido) teremos que viver com uma receita pouco maior que a metade da atual.

Vale o debate,
Abraço,
Roberto Moraes