sábado, março 21, 2020

A paradoxal pandemia do coronavírus diante do irracional, disparatado e insensato (des) governo Bolsonaro

A pandemia é paradoxal porque tem duas vertentes principais, uma de proteção sanitária para impedir os fluxos dos vírus através das pessoas e de acompanhar e tratar os atingidos. A primeira precisa da imobilidade social e a segunda de uma enorme e eficiente mobilização.

Como principal barreira sanitária propõe (corretamente) o isolamento social de eliminar a movimentação de pessoas, para além dos que são essenciais para dar condições para manter as pessoas nas suas habitações.

A segunda como forma de atender, socorrer e salvar os que vão sendo atingidos, é necessária uma organização eficiente, potente, veloz, ampla e com capilaridade geográfica para viabilizar meios humanos e técnicos para a estruturação dos atendimentos, instalação de equipamentos públicos, emergência de produção de equipamentos e insumos, etc. E neste caso, quem tem mais condições de transformar intenções e ações, agindo de forma mais rápida e eficiente, obviamente são aqueles que estão mais próximos das pessoas: as prefeituras e governos estaduais.

Porém, interessante é que o (des) governo Bolsonaro age inversamente exatamente nos dois pontos.

Primeiro, afirma que não precisa histeria para isolar as pessoas, fechar shoppings, trânsito, igrejas, etc. E de outro lado, é de uma paralisia, lentidão e/ou incapacidade de fazer o que precisa ser feito.

Ele vê os gestores dos outros entres da federação como concorrentes ou mesmo como adversários, ou como inimigos, a serem destroçados pela via política e/ou pela biológica do vírus.

Assim, a tragédia é ainda maior e pior.

O (dês) governo segue questionando, atrapalhando e impedindo quem quer e pode fazer, mesmo com o pouco apoio federal, em especial para os mais vulneráveis.

O resultado disso é que o caos vai deixando de ser hipótese e a cada minuto crescem os riscos que os embates biológico e político possam implodir/explodir simultaneamente.

Mas, devemos seguir pressionando os gestores insensíveis, nos protegendo da insensatez política e da contaminação biológica que ameça a todos, mas de forma ainda maior, os excluídos socialmente.

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