domingo, março 12, 2023

A quebra do banco americano (SVC) é uma ironia antes de ser um paradoxo: feitiço e feiticeiro!

A quebra deste banco americano (Silicon Valley Bank) é uma ironia antes de ser um paradoxo. Como grande financiador de startups de tecnologia, não conseguiu usar a Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias digitais para identificar os riscos de suas intermediações financeiras.

O uso de IA pelos grandes fundos e bancos têm exatamente foco em complexa infraestrutura (TIC e dados) para, entre outras funções, exatamente, identificar e calcular riscos de seus movimentos de capitalização, especialmente a pirâmide de capital fictício. Usam simulações, modelagens, modelagens sobre modelagens, etc., mas, os algoritmos falharam! (sic)

O comentário de que os algoritmos falharam é uma ironia, porque os algoritmos seguem a direção de quem os programa. Mal ou bem.

De outro lado, o grau de abstração dessas modelagens tendem afastar, cada vez mais, a programação desses algoritmos e plataformas digitais, da gestão dos fundos financeiros e bancos no mundo real. Tudo isso se dá por conta do grande número de "inovações financeiras-tecnológicas" (papéis, títulos, derivativos, etc.).

Esses processos e estratégias usados pelos grandes financistas (donos dos dinheiros) aumenta a distância entre as bases da pirâmide do capital, sobre o que restou de economia real e o andar superior das altas finanças, exatamente onde se acumula o capital, hoje, em sua maioria, fictício.

Na prática, mais uma contradição do capitalismo que lembra a fábula entre o feitiço e o feiticeiro, nesses tempos em que está em curso, o "Tripé do capitalismo contemporâneo": reestruturação produtiva (fase da digitalização de tudo); a financeirização (já hegemonizada) e o neoliberalismo (avançando suas garras) com ampliação do controle do mercado sobre a política e a economia.

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