66 anos, professor titular "sênior" do IFF (ex-CEFET-Campos, RJ) e engenheiro. Pesquisador atuante nos temas: Capitalismo de Plataformas; Espaço-Economia e Financeirização no Capitalismo Contemporâneo; Circuito Econômico Petróleo-Porto; Geopolítica da Energia. Membro da Rede Latinoamericana de Investigadores em Espaço-Economia: Geografia Econômica e Economia Política (ReLAEE).
Espaço para apresentar e debater questões e opiniões sobre política e economia.
Blog criado em 10 agosto de 2004.
O Sindicato dos Comerciários de Campos fez nesta tarde, um evento de comemoração pela passagem do dia desta importante categoria profissional.
O evento ainda acontece em seu clube poliesportivo, à Rua Manoel Landin, no Parque Alfaville. Mais de 1000 pessoas ainda participam de um almoço comemorativo, brincadeiras para as crianças, sorteio para os sócios, etc.
O sindicato ainda registra que em março deste ano, 2013, a presidenta Dilma Roussef, após 40 anos de luta, regulamentou, a categoria como profissão.
Com o resultado do leilão de Libra a Petrobras aumentou a responsabilidade que já tinha. Com 40% do campo de Libra, a estatal tem desafio de explorar uma área com potencial superior a 12 bilhões de barris junto a outras quatro companhias de petróleo.
Para dar conta desta demanda, a estatal deverá fazer investimentos de 40% do total de US$ 500 bilhões, em infraestrutura para ter portos à sua disposição, estaleiros para construir, sondas, plataformas e embarcações de apoio, helicópteros para transporte de pessoal, etc.
Atividade de apoio à exploração offshore de petróleo
Aqui entra a demanda e o provável acordo com o Porto do Açu. Releia aqui matéria republicada pelo blog na última quinta-feira, 17 de outubro sobre a demanda de portos e embarcações por conta de Libra.
Especialistas do setor dizem a receita líquida anual da empresa pode pular dos atuais 280 bilhões de reais para até 340 bilhões em 2016 com o pré-sal, enquanto seu lucro pode crescer em 24 bilhões de reais nos apenas nos próximos quatro anos. A conferir!
PS.: Atualizado às 17:22: Ao contrário do que se cogitou até à ultima hora, com os resultados do leilão do campo de Libra, a União direta ou indiretamente, deverá ficar com cerca de 76% dos resultados da produção no campo. Nesta conta, incluem-se, além dos 40% do campo, royalties e participações especiais de aproximadamente 15%; imposto de renda, 25%; e ainda o consórcio com outras quatro petroleiras (Shell, Total, CNCC, CNOOC e CNPC) terá de entregar ao governo 42% da receita líquida do petróleo extraído. No total aproximadamente 76%. Quem apostou contra parece que perdeu.
A Petrobras junto com as chinesas CNOOC e a CNPC, possivelmente, também junto da francesa Total e da anglo-holandesa Shell. A conferir!
PS.: Atualizado às 15:42: Confirma-se que o consórcio entre as cinco empresas citadas na proporção em que garantiu à Petrobras 40%; Shell, 20%; Total, 20%, CNOCC, 10% e CNPC, 10%.
A imagem está no perfil do Marcelo Vianna no Facebook e foi enviada por uma pessoa que no momento está na China. Ela reforça o que já é amplamente sabido sobre a participação chinesa o processo, mesmo que não seja possível ler o que está escrito. Clique sobre a imagem para ver melhor.
O blog recebeu por email a reclamação (denúncia) que publica abaixo. Como sempre faz abre espaço para que as empresas citadas possam se manifestar, ao mesmo tempo que solicita ao Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ) que faça inspeções e averiguação sobre a reclamação:
"Olá , senhor Roberto Moraes, A muito venho sempre acompanhando o seu blog pelo interesse que possuo em todas as notícias referentes a nossa região e principalmente o que diz respeito ao Complexo do Açu. Vejo que sempre se antecipa a fatos e situações que estão escondidas e por debaixo dos panos, nos dando uma visão do que de fato esta acontecendo. Por esse motivo venho te pedir ajuda para mim e alguns profissionais que trabalham ali no Porto.
Sou funcionário da Montcalm, (... corte do blog para manter o anonimato do denunciante) fomos contratados para construir algumas estruturas e galpões da TECHINIP, uma grande empresa multinacional.
O problema é que tem acontecido grandes contratações e na mesma proporção, muitas demissões. Todo mês eles contratam muitas pessoas e demitem, sem dar justificativas. E pra piorar, eles esperam se aproximar a nossa data de vencimento de tempo de experiência para nos mandar embora e não terem de arcar com encargos tributários. é impressionante como nós (... corte do blog... para manter anonimato) somos destratados ... (novo corte do blog). Queria que o senhor fizesse uma denuncia, se sentir-se a vontade, para ver se ao menos eles freiam essas demissões, posi isso prejudica e muito a nossa carteira de trabalho. Na próxima semana, teremos mais demissões, (corte do blog para manter o anonimato) e gostaria de que se possível isso fosse verificado. Eles não podem (corte do blog), sujando o nosso curriculum profissional. Conto com sua ajuda . Abraaço!"
Equipamento para construção de caixões que servem de píeres para o Terminal-1 do Porto do Açu, de propriedade da empresa espanhola FCC, chegou neste sábado ao Açu. Os primeiros caixões foram construídos na Espanha e rebocados até o Açu. O planejamento agora é que os próximo sejam feitos já no Açu.
O equipamento "Mar del Plata" é similar ao Kugira, da também espanhola Acciona, que ainda se encontra no Açu e que construiu estruturas para o terminal-2 do Porto do Açu. A FCC com isso deve ampliar o número de funcionários contratados para atuar nas obras do porto do Açu, por contrato com a LLX, agora controlada pelo grupo americano EIG.
Abaixo imagem deste domingo do equipamento da FCC localizado no canal do TX-2 no Açu:
O Wesley Machado na sua luta em defesa da memória do Campos Atlético Associação diz que o Afonsinho que jogou no clube num jogo em 1974, junto com Brito, contra o Palmeiras completo com o goleiro Leão, Luís Pereira, Ademir da Guia, Leivinha, além do técnico Oswaldo Brandão. O jogo foi no dia 6 de agosto, dia do padroeiro da cidade no estádio do Goytacaz.
Afonsinho deverá visitar o clube no próximo domingo, às 10 horas, no estádio do Campos Atlético Associação, na Avenida Alberto Torres, no Parque Leopoldina, próximo à Faculdade de Filosofia de Campos.
Como homenagem fizeram uma camisa com o nome do ex-craque,hoje colunista de esportes da revista Carta Capital. Segundo Wesley a camisa será vendida a preço de custo por R$ 35 com o belo design abaixo. Wesley manda avisar que quem tiver interesse é só pedir pelo email: roxinho2012@gmail.com:
Quem informa é o jornalista Lauro Jardim em seu blog. "A OGX, que recentemente demitiu 150 funcionários, prepara-se para novo enxugamento. Mais 80, dos 180 atuais, deixarão a petroleira nas próximas semanas."
O blog recebeu por email o questionamento sobre o movimento dos petroleiros:
"Primeiramente gostaria que meu nome fosse mantido em sigilo, a empressa que estaria bloqueando a descida dos funcionarios da P-15 se chama Exterran Serviço de Oleo e Gás LTDA. Onde tem bases no Espirito Santo na cidade de Linhares e Bases na Bahia espalhadas por varias cidades no estado (contrato UO-BA), e uma base em Caraguatatuba -SP. Estas bases estam sendo bloqueadas pelo sindicato, pois nao podendo haver a troca de turno a empresa Exterran esta mantendo os empregados ja a 4 dias em trabalho interuptos na operação, pelo risco de multa diaria pela Petrobras e Transpetro, se acontecer a paralizaçao de suas maquinas e atividades. A empresa nao quer reconhecer a lado humano e sim se baseia no valor da multa, os colaboradores ja se encontram exaltos, por favor Roberto ajude a fazer esta denuncia. A empresa ano passado não fechou nenhum acordo coletivo, deixando todos os funcionarios sem nenhum acordo, esta empresa não ve os coloaboradores como maior bem dela, so verifica os lucros.
Obs: Não so a P-15 bem como todas estas outras bases se encontram os funcionarios a 4 dias trabalhando interuptamente, dormindo em papeloes dentro dos containners de operação."
É sabido que o debate é acalorado e com razões. Bom que os argumentos para qualquer lado se municiem de informações, que mesmo conhecidas, ficam melhor explicitadas em infográficos bem feitos. Abaixo um deles publicado na edição da última sexta no Valor.
É oportuno também, recordar que os recortes e a forma de apresentação das informações também não são neutras. De qualquer forma, eu qualifico que as informações do infográfico abaixo traz as principais informações que cercam o tema que envolve o leilão da ANP previsto para amanhã no Rio de Janeiro.
Por ele também é possível identificar a importância de tudo isto para o Brasil, mas de forma muito especial para o Estado do Rio de Janeiro e sua porção centro-norte, para o bem e para o mal, para eventuais bônus e ônus.
Para ver a imagem em tamanho maior clique sobre ela e veja a evolução da produção de petróleo no Brasil de 1985 até a previsão de 2022, a evolução das reservas. Nossa posição no mundo entre as principais descobertas das reservas, as reservas já provadas e a produção por país. Os gráficos reforçam a importância do momento atual, em que pese os esforços para descontextualizá-las e/ou desvalorizá-las:
Se ainda há máscaras elas estão todas caindo. Depois de Marina ter defendido o rigor fiscal aceitando e defendendo a tal "restauração do tripé econômico", que mostra bem com quem ela anda se articulando, agora é a vez do Serra, na questão do leilão do campos de Libra.
O Serra diz que "o ideal era ter feito o leilão que trouxesse grandes grupos internacionais competitivos"¹. Leia-se os americanos da Chevron a quem ele disse no passado para esperar pela volta deles ao poder.
Serra disse que viramos um "neocolonialismo do Brasil em relação à China. Francamente, estatal por estatal, eu preferia que ficasse com a Petrobras"¹. Quem diria quebrou o monopólio e tentou privatizar a estatal brasileira e agora tenta dizer outra coisa. Com os americanos como defende então não seria colonialismo?
Serra, indiretamente, além de defender o alinhamento aos americanos (Chevron e Esso) e ingleses (BP e BG) deixa clara a sua posição e reclamando da independência do Brasil em relação aos grupos privados internacionais, a quem parece defender: "O poder do governo brasileiro é grande em relação a grupos internacionais privados. Eles pularam fora. O poder do governo brasileiro em relação ao governo chinês é muito menor"¹. Assim, Serra esquece que quase 50% do que for produzido no pré-sal será da União, independente da possibilidade da participação da Petrobras.
Além de clara, a posição Serra mostra que ele não quer compreender as mudanças em vigor no mundo contemporâneo, com a desestruturação do ideais do neoliberalismo e com a ampliação do papel dos Estados nas economias, mesmo no mundo capitalista.
Tudo isto torna o processo do pré-sal do campo de Libra ainda mais confuso.
Parece que há quem queira que o leilão não aconteça para incluir as gigantes privadas do setor. Além disso, há ainda os interesses do capital financeiro em ter parceiros para financiar tal investimento, em enfrentamento, às articulação de empresas ligadas aos estados-nações.
O quadro não é simples, mas, algumas questões estão mais que claras para quem quer enxergar.
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¹ Fala de José Serra em matéria do Valor, em 18 de outubro de 2013, dos jornalistas Raymundo Costa e Raquel Ulhôa. P.A8.
RIO - A greve de petroleiros contra o leilão de Libra e contra trabalhadores terceirizados entra em seu terceiro dia com uma adesão em torno de 90% a 100% nas unidades da Petrobras, de acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Ao todo, 42 plataformas estavam paralisadas na Bacia de Campos, além de campos de produção terrestre na Bahia e 22 plataformas marítimas e campos terrestres no Rio Grande do Norte e refinarias, segundo os sindicalistas.
Na madrugada de sábado, petroleiros que embarcariam na P-55, plataforma que entraria em produção neste final de semana na Bacia de Campos, aderiram à greve. Trabalhadores de Garoupa, que estavam na escala de embarque de sexta-feira à noite, aderiram à greve.
Segundo a Federação Nacional de Petroleiros (FNP), os trabalhadores do litoral paulista também decidiram entrar em greve na noite desta sexta-feira. A federação pede reajuste salarial de 16,53%.
No Centro do Rio, dezenas de manifestantes permaneciam acampados na área próxima ao edifício-sede da estatal. A FUP voltou a acusar a Petrobras de tentar manter a produção com equipes de contingência, colocando em risco os trabalhadores e a segurança das unidades.
O sindicato afirma que a empresa impede a saída de trabalhadores que estavam embarcados antes da deflagração da greve e informa que houve vazamento nas plataformas PCE-1 (Enchova) e P-15.
Procurada, a Petrobras nega que tenha praticado ato de coação dos empregados na Bacia de Campos. Sobre os vazamentos, a Petrobras informa que, após análise técnica nas linhas do sistema de produção da plataforma de Enchova (PCE-1), não constatou vazamento de óleo. Em relação à plataforma P-15, foi identificado gotejamento de óleo, sem vazamento para o mar.
MPT chama FUP e Petrobrás para negociação sobre a greve
19/10/2013 - 14:00
O Ministério Público do Trabalho convocou a FUP e a Petrobrás para uma negociação sobre a greve, nesta terça, 22, em Brasília.
"Como acontece antes de todas as paralisações, a FUP e seus sindicatos protocolaram no MPT o comunicado prévio de greve, visando os acordos de realização do movimento, como prevê a Lei 7.783/89. E como sempre faz, de forma autoritária, a Petrobrás se recusou a qualquer conversa", explica o advogado Normando Rodrigues, assessor jurídico do Sindipetro-NF.
Petrobrás agenda reunião com a FUP para esta segunda
19/10/2013 - 15:00
A Petrobrás agendou com a FUP reunião nesta segunda, 21, às 10h, no Edise, para “dar continuidade às negociações e apresentar nova proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2013”.
O Sindipetro-NF orienta a categoria a se manter firme na greve, e não aceitar provocações e especulações que costumam ser espalhadas pelas gerências nestes momentos.
A renda do brasileiro incrementou consumo de alimentos de maior valor segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura esta semana. Entre 2008 e 2012 a renda dos brasileiros avançou na média em 8,6%. Segundo os responsáveis pela pesquisa essa tendência deve continuar e ainda ampliar ainda mais o consumo dos produtos de maior valor agregado. Entre 2012 e 2013 estima-se, por exemplo, uma aumento médio de consumo de 98% para carne bovina e de 75% para carne suína.
Confira abaixo o gráfico que mostra os percentuais de crescimento das vendas para alguns produtos:
A professora Ana Costa da UFF encaminhou ao blog o registro já feito pelo blog do professor Pedlovski. Nele consta que a senhora Noêmia Magalhães (Da. Noêmia como a chamamos) fez hoje um registro de ocorrência na 145ª Delegacia Policial de atentado a bala que foi vítima, na noite de ontem, na entrada de sua propriedade, o Sítio do Birica, na localidade do Açu. Veja detalhes na cópia do registro abaixo. (Clique sobre a imagem para ver em tamanho maior)
É inaceitável este tipo de pressão pela resistência que ela faz em favor dos direitos dos proprietários de toda aquela região. É preciso que as autoridades e a polícia apurem e punam os responsáveis que foram longe demais na pressão e na violência já inaceitável. Além disso, é necessário que se tome providência para resguardar sua vida e de seus familiares.
Greve dos petroleiros atinge mais de 90% da unidades operacionais, segundo sindicatos - 18/10/2013 - 16:04 - Viviane Claudino / Da Rede Brasil Atual
São Paulo – O segundo dia de greve (18) no sistema Petrobras tem a adesão de 90% a 100% da categoria nas unidades operacionais, com a participação de contratados diretos e terceirizados, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Os trabalhadores exigem a suspensão do leilão do campo de Libra, confirmado ontem pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para ocorrer na segunda-feira (21), além de cobrar avanços nas negociações da campanha salarial.
Com aproximadamente 83 mil trabalhadores contratados diretos pela Petrobras e cerca de 350 mil terceirizados, a categoria também quer a retirada do Projeto de Lei 4.330, do deputado e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO), sobre terceirização.
Em São Paulo, os trabalhadores ocuparam o prédio da Petrobras, na avenida Paulista, no período da manhã até as 9h30, com o apoio de militantes de organizações sociais, como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Juventude Revolução. A greve ocorre nas refinarias, e terminais, além da malha estadual de distribuição de gás.
“O movimento está crescendo, hoje tivemos a adesão das refinarias de Cubatão e São Sebastião (litoral paulista), o que comprova a insatisfação dos trabalhadores e anseio por fortalecer a luta. Vamos manter a paralisação no final de semana”, afirma o coordenador do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo, Vereníssimo Barsante.
Segundo a FUP, a greve conta agora com a adesão também dos petroleiros de Pernambuco, que ingressaram no movimento às 23h de ontem. Na refinaria do Paraná, a greve provocou redução de 15% da produção.
O movimento se estende para as plataformas, campos terrestres, refinarias, Transpetro, distribuidores de gás, biodiesel e termoelétricas, distribuídos nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Amazonas, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Representantes da FUP afirmam que, para manter as operações, a Petrobras deslocou para diversos locais do país equipes de contingência, formadas por gerentes, supervisores e outros profissionais sem experiência nas tarefas de rotina das refinarias, plataformas e terminais.
Na Bacia de Campos, representantes do sindicato denunciam que a equipe de contingência, encaminhada pela empresa, mantém a plataforma P-15 em operação com vazamento. Segundo eles, o sindicato vai denunciar o vazamento de óleo de um tanque que armazena o petróleo antes de sua exportação.
Em nota emitida ontem, a empresa afirma que “a companhia tem como prática nesse tipo de mobilização tomar todas as medidas necessárias para garantir suas operações, de modo a não haver qualquer prejuízo às atividades da empresa e ao abastecimento do mercado, sendo mantidas as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações da companhia.
Os grevistas também exigem avanços nas negociações da campanha salarial da categoria, que tem data-base em 1º de setembro. A pauta entregue em 6 de agosto inclui aumento real de 5%, além de melhorias em saúde, segurança, criação de um fundo garantidor para terceirizados, mudanças no pagamento de horas extras e auxílio-farmácia, entre outros itens.
Até o momento a Petrobras somente concordou em antecipar a correção da inflação, paga em setembro, e ofereceu 7,68% de reajuste sobre a remuneração mínima, o que representaria pouco mais de um 1% de aumento real (acima da inflação).
FUP e sindicatos exigem na Justiça suspensão do leilão de Libra
18/10/2013 - 16:00 - Da Imprensa da FUP
A FUP e seus sindicatos ingressaram com ações populares na Justiça Federal, cobrando a suspensão do leilão de Libra, a maior e mais valiosa área de petróleo do pré-sal, que o governo pretende licitar na próxima segunda-feira, 21. O campo foi descoberto pela Petrobrás e tem reservas avaliadas entre 12 e 15 bilhões de barris, um patrimônio estimado em mais de dois trilhões de dólares, valor maior do que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Por lei, o governo federal pode permitir que esse reservatório fique inteiramente com a Petrobrás, mas, em vez disso, quer entregar o tesouro às multinacionais. Para impedir esse crime de lesa pátria, a FUP e a CUT ingressaram no último dia 16, com uma Ação Civil Pública contra a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a União, com Requerimento de Antecipação de Tutela, exigindo a suspensão do leilão de Libra. Sindicatos filiados à FUP, como o Sindipetro-PE/PB, o Sindipetro-RS e o Sindipetro-PR/SC, também cobram na justiça o cancelamento do leilão.
A Ação Popular da FUP/CUT, número 0023891-27.2013.4.02.5101, tramita na 30ª Vara Federal do Rio de Janeiro e questiona o edital de licitação da ANP e o modelo de contratação previsto para exploração do campo de Libra, já que contrariam visivelmente os interesses nacionais. Segundo o edital da ANP, a União receberá no mínimo 41,65% do excedente de petróleo gerado por Libra. Mas, o Estado brasileiro, em função da manobra do edital, poderá ficar com meros 14,58%, seguindo o que estabelece a Lei 12.351/10, que trata do regime de partilha de produção.
O blog foi informado que ontem a AFG empresa contratada para prestar serviços para a OSX que já mandou muita gente embora, demitiu ontem mais 11 funcionários. Apenas os funcionários da AFG que são da Cipa foram, por enquanto, mantidos.
As informações sinalizam que o controle acionário da OSX (que atua no afretamento e pretendia ter um estaleiro para construir plataformas) estaria sendo repassado nas próximas semanas.
Com o desmonte da holding EBX resta saber quem poderia ser a empresa da área de construção naval que poderia assumir o projeto da Unidade de Construção Naval - UCN (estaleiro).
Qualquer acordo depende de negociações com o grupo americano EIG (que assumiu o controle da LLX). A LLX (agora EIG) é dona da área que a OSX alugou (arrendou) para construir o estaleiro, junto ao canal do terminal portuário-2 (ex-TX-2).
Demanda por estaleiros e portos é o que não falta no país como confirmou nota aqui no blog ontem com detalhamento sobre matéria de capa do Valor Online.
PS.: Atualizado às 13:13: Em contato com a Assessoria de Imprensa da OSX, a empresa confirmou os ajustes que seriam "ainda decorrentes do faseamento da obra da UCN Açu". A assessoria diz ainda que "com o fim das obras civis da Fase 1 e a obtenção da Licença de Operação – LO, o estaleiro entra em uma nova etapa, a de operação, que demanda ou outro perfil de profissional".
Sobre a mudança do controle acionário a empresa informa que não confirma, mas, disse que, "a OSX vem estudando dentre outras iniciativas, potenciais combinações empresariais e oportunidades de negócio similares para o estaleiro e para as unidades de Leasing e Serviços, sempre no interesse da Companhia e com intuito de gerar maior valor para os acionistas".
PS.: Atualizado às 21:14: Para corrigir o nome da empresa de AFG para o correto que é AGF por identificação do leitor Edmilson Santos de Lima.
Os chineses da Sinopec estão em negociações avançadas para operar o campo de Tubarão Azul. A OGX por problemas aparentemente geológicos parou de produzir neste campo. A empresa chinesa que já opera na Bacia de Campos em consórcio com a espanhola Repsol só poderá atuar sozinha com autorização da ANP, após decisão da OGX. A conferir!
O blog recebeu a informação e conferiu que um site de leilões corporativos "SuperBid" expõe um leilão que está sendo feito, onde a ARG Construtora oferece possibilidade de lances para pelo menos 44 lotes de caminhões, pelo preço individual de R$ 280 mil.
Os caminhões são aqueles chamados de bi-trens com duas caçambas. Eles teriam sido adquiridos por cerca de R$ 450 mil. Pelo valor base de R$ 280 mil com 44 unidades seriam cerca de R$ 16 milhões.
A ARG foi a construtora mineira que atuou desde o início da construção do Porto do Açu tendo saído um pouco antes da crise. Parte do seus trabalho foi substituída pelas empresas espanholas Acciona e depois também a FCC. Abaixo uma cópia do site. Se desejar acessar o mesmo clique aqui:
"Anglo American conforma início da operação do Minas-Rio para 2014" "O mineroduto Minas-Rio estará em operação no segundo semestre de 2014. A afirmação foi feita pela Anglo American, empresa responsável pelo projeto. A companhia confirmou também que o primeiro embarque dos minérios de ferro no Porto de Açu será no próximo ano, mesmo com a recente aquisição do terminal portuário pelo fundo americano EIG.
Com 74% de avanço físico, o mineroduto atingiu a marca de 415 km de tubos instalados, de um total de 525 km. Quando concluído, o projeto passará por 32 municípios entre Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O Minas-Rio vai transportar o minério de ferro da mina da Anglo American até a planta de beneficiamento da companhia, ambas em Alvorada de Minas (MG). Depois disso, o minério seguirá para o terminal de exportação, no Açu, em São João da Barra (RJ).
O mineroduto deverá transportar 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. O investimento na construção do projeto está estimado em US$ 8,8 bilhões. O empreendimento teve a data de conclusão adiada em 2009 e 2012, após mudanças no plano de investimentos da Anglo."
A matéria abaixo do Valor Online reproduz um pouco do que este blog vem comentando aqui sobre a enorme demanda por estaleiros (indústria naval) e por terminais portuários para dar conta do que está desenhado para as atividades do setor. Pode haver um exagero, mas, boa parte disto tende a ser real. Isto acaba viabilizando até projetos problemáticos e caros.
Os problemas e impactos em nosso litoral serão gigantescos. Além disso, não se pode esquecer a eterna ameaça da petro-dependência e o risco da "maldição mineral" onde a economia do petróleo aniquila outras atividades econômicas, porque eleva preços de tudo, imóveis e serviços especialmente. Já vivemos isto no estado do Rio de Janeiro, da capital para o lado norte. isto tende a aumentar. Falo mais da dependência do petróleo no estado do Rio de Janeiro do que em todo o país.
Enfim, confiram a matéria e continuemos o debate. Este assunto toma boa parte das minhas reflexões e estudos atualmente:
Libra exigirá mais
investimentos em barcos e portos
Por Francisco Góes e Marta
Nogueira | Do Rio
A infraestrutura portuária disponível no país não
será suficiente para atender aos fornecedores das petroleiras com o crescimento
da produção no pré-sal. Só o campo de Libra, o primeiro ir a leilão,
segunda-feira, pelo regime de partilha da produção, deverá requerer entre 12 e
15 plataformas de produção. Cada plataforma é servida por cerca de quatro
barcos de apoio marítimo, que transportam insumos e mantimentos.
Libra, portanto, deverá demandar, no mínimo, mais
48 embarcações, que vão se juntar à frota de apoio marítimo hoje em operação no
Brasil, formada por 453 barcos. O mercado estima, com base em números da
Petrobras, que até o fim da década essa frota possa situar-se em cerca de 750
embarcações, um crescimento de 65%.
Mais barcos exigem mais portos. Há um número
considerável de projetos para construir terminais portuários privativos
especializados em serviços para a indústria de petróleo e gás. Esses projetos
se estendem de Vitória, no Espírito Santo, até Angra dos Reis, no sul
fluminense, e incluem empresas como Bram Offshore, LLX, BR Offshore, DTA e
Technip. Os projetos estão focados em atender ao pré-sal.
"Hoje, já há falta de portos [para o apoio
marítimo]. A maior demanda por navios offshore vai exigir mais terminais
portuários, uma coisa puxa a outra", disse Cezar Baião, presidente da
Wilson Sons. A empresa tem projeto para terminal no Rio, no qual prevê investir
R$ 100 milhões para expandir berço de atracação de navios de apoio marítimo.
Esse terminal pertencia à Briclog, empresa que foi comprada pela Brasco,
subsidiária da Wilson, Sons. A BR Offshore também prevê investir R$ 202 milhões
no Terminal de Serviços Logísticos, em Barra do Furado (RJ).
Outros executivos da indústria concordam que a
capacidade portuária atual não será suficiente para atender ao crescimento do
pré-sal, incluindo Libra. Marcus Berto, presidente da LLX Logística, disse que
o porto do Açu, controlado pela empresa, está preparado para operar como base de
apoio marítimo. "Podemos ajudar a desengargalar outros portos", disse
Berto. A LLX, antes controlada por Eike Batista, passou às mãos do grupo
americano EIG.
Em nota, a Petrobras afirmou que a ampliação e
modernização da infraestrutura portuária no Brasil é de "extrema
importância" para o desenvolvimento de toda a cadeia logística de apoio ao
óleo e gás. A estatal concorda que é preciso que surjam novos terminais
portuários, feitos com recursos de empresas privadas, para ampliar a capacidade
das bases de apoio offshore no país.
A Petrobras afirmou ainda que, por meio do Programa
de Otimização de Infraestrutura Logística (Infralog), tem buscado criar
condições para que empresas privadas ofereçam serviços de bases de apoio
portuário.
A francesa Technip planeja ampliar o cais de
acostagem e a retroárea do porto de Angra dos Reis, embora o pedido de expansão
ainda não tenha chegado na Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ). Em Maricá,
na região metropolitana do Rio, está em desenvolvimento o projeto Terminais de
Ponta Negra (TPN), da DTA. O empreendimento inclui estrutura para movimentar
óleo cru produzido nas bacias de Campos e de Santos e também um terminal
especializado em apoio marítimo.
O porto público do Rio também tem planos de
arrendar áreas para apoio marítimo. Hoje, a Petrobras, que será operadora única
de Libra, concentra parte da sua operação de apoio marítimo em Macaé (RJ). A
Petrobras também utiliza o porto do Rio como base de apoio para as operações
offshore. Está nos planos da CDRJ arrendar área para o apoio marítimo no porto
do Rio com 1,4 mil metros de cais. "Nossa decisão [de fazer o
arrendamento] foi em função do pré-sal", disse Jorge Luiz Mello,
presidente da CDRJ.
Hoje, há 453 embarcações de apoio marítimo em
operação no Brasil, sendo 216 brasileiras e 237 estrangeiras. Celso Costa,
presidente da Siem Consub, acredita que grande parte dos barcos a serem
contratados pela Petrobras no futuro pode vir do exterior.
Costa afirmou que hoje, ainda como resultado da
crise econômica na Europa, o Mar do Norte enfrenta redução de atividade e,
portanto, a Petrobras consegue taxas de afretamento (aluguel) de barcos de
apoio mais atrativas no exterior. Ele disse que em recente licitação a
Petrobras homologou a contratação de apenas três barcos de apoio marítimo que
serão construídos no Brasil e alugados à estatal em contratos de longo prazo,
quando a expectativa do mercado era de uma contratação maior.
Segundo a Petrobras, as propostas apresentadas, na
quinta rodada de licitações, se encontram em análise. A Petrobras afirmou que o
plano de contratação de embarcações de apoio para construção no Brasil continua
em andamento. Até a terceira rodada de licitações, foram contratadas 146
embarcações. Há ainda 56 barcos em processo de contratação na quarta rodada e mais
23 por contratar na quinta e sexta rodadas. Na sétima rodada, está prevista a
contratação de 67 embarcações.
A estatal disse que o plano prevê, em média, uma
rodada por ano, o que tem sido cumprido. "Para este ano, além da quinta
rodada já realizada, vamos efetuar a sexta rodada. A Petrobras tem contratado
sempre que a proposta do licitante atende à especificação técnica, o prazo de
mobilização e apresenta preço competitivo."
Segundo a Petrobras, o número de embarcações a
serem contratadas para construção no país se refere apenas às demandas de longo
prazo onde há tempo para construção - dois a quatro anos. Existe outra demanda
que, em princípio, atende às necessidades imediatas. "Essa, também por
força da legislação vigente, é prioritariamente contratada no mercado
brasileiro, mas na ausência de ofertas de embarcações de bandeira brasileira,
são contratadas embarcações estrangeiras já existentes.
Ronaldo Lima, presidente da Associação Brasileira
das Empresas de Apoio Marítimo (Abeam), disse que é importante que se aproveite
a oportunidade para contratar a construção no Brasil do maior número possível
de barcos."
PS.: Atualizado às 18:04: Para ver mais detalhes sobre o assunto veja postagem do blog aqui em 14 de agosto de 2013. Abaixo algumas imagens recentes do arquivo do blog sobre a saturação e movimentação dos terminais portuários e indústrias naval para atendimento de demandas do setor offshore de petróleo, conforme a matéria acima:
Estaleiro de Niterói montando módulos de plataforma
Estaleiro de Niterói construindo embarcações de apoio offshore
Embarcações de apoio, especialmente rebocadores aguardando espaço no porto do Rio para embarque/desembarque de cargas para sonda e plataformas que atuam na Bacia de Santos e na extremidade sul da Bacia de Campos
Rebocador descarregando e carregando equipamentos e materiais para uso em plataforma em porto de Niterói
Retroárea do Porto do Rio onde se armazena cargas usadas em exploração de petróleo offshore
"Índia busca maior participação no setor de petróleo brasileiro" "A Índia está buscando ampliar sua atuação no mercado de óleo e gás nacional, com a compra de participações em blocos e a expectativa de fazer parte da exploração do pré-sal. O chanceler indiano, Salman Khurshid (foto), se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, esta semana no Itamaraty e discutiu a aproximação comercial entre os dois países.
O chanceler afirmou que o governo indiano está torcendo para que as empresas do país tenham participação no pré-sal e explicou que o interesse no setor de petróleo brasileiro envolve tanto o capital privado quanto o estatal de seu país.
Khurshid defendeu ainda a parceria entre estatais e disse que a Índia está comprometida a trabalhar em parceria com o Brasil.
Uma das 11 empresas habilitadas para o 1° leilão do pré-sal, marcado para segunda-feira (21), é a estatal indiana ONGC Videsh, que há poucos dias ampliou sua participação no Parque das Conchas, localizado na Bacia de Campos. A empresa pagou US$ 529 milhões pela fatia de 12% que pertencia à Petrobrás."
São fortes os sinais sobre fechamento de negócios para a venda dos ativos da empresa OSX que é dona do projeto do estaleiro (Unidade de Construção Naval) no Açu e que também atua no afretamento de plataformas à empresa de petróleo OGX.
De um lado, a prorrogação do empréstimo feito pelo BNDES, assim como ocorreu com a LLX, antes do controle acionário ser passado ao fundo de investimentos americano EIG, de outro, as informações que chegaram ao blog, através de empregados que atuam no Açu. A conferir!
PS.: O grupo EIG já decidiu mudar o nome da empresa de logística LLX, assim como fez o grupo alemão E.ON. quando assumiu o controle acionário da empresa de energia MPX que se transformou em Eneva.
O projeto do complexo do Açu está cada dia reduzindo um pouco mais seus empreendimentos. Agora resta os dois terminais portuários e a possibilidade da retomada de atividades de construção naval.
Ontem, o Instituto Estadual do Ambiente, Inea, através do seu Conselho Diretor decidiu recusar o pedido de renovação da licença para instalação de uma usina térmica a carvão no Complexo do Açu.
O projeto da então MPX - hoje Eneva, controlada pela alemã E.ON - obteve em 2008 autorização para construção da térmica, que teria capacidade de gerar 2.100 megawatts para abastecer as indústrias do complexo. O projeto do complexo previa duas UTEs. Uma a carvão e a outra a gás com potencia de 3.300 MW.
Projeto da UTE no Açu
O projeto da geração de energia elétrica com carvão dependeria do porto para exportar minério e o navio trazer de volta o carvão. Como o projeto do mineroduto e do porto estão com o cronograma muito atrasados, o projeto de geração de energia elétrica pela MPX também foi adiado.
A UTE a gás no Açu depende da exploração de petróleo e gás no litoral pela OGX, ou de fornecimento de gás pela Petrobras. Nem uma coisa e nem outra foi garantido, por isto, a energia elétrica para alimentar as atividades que venham funcionar junto ao Porto do Açu depende da linha de transmissão para levar energia de Furnas até o local. Esta linha e a subestação ainda está sendo instalada e com cronograma também adiado, em função da crise das empresas do grupo EBX.
O Inea informou que a decisão foi tomada "após uma mudança conjuntural importante", citando a alteração do perfil dos empreendimentos previstos para o complexo.
Além disso, a presidenta do Inea Marilene Ramos Marilene afirmou que, desde a primeira autorização, em 2008, houve mudanças na legislação ambiental que impediriam a realização do projeto. "Temos uma política estadual para mudanças climáticas que não permite esse aumento na emissão de gás".
Em agosto deste ano, a MPX, já tendo sido passada para o grupo E.On. chegou a ser cogitada para aprovação no leilão de oferta de energia realizado pela Empresa de Pesquisa Energética, mas, outros projetos e fontes de energia receberam lances e preços mais competitivos e acabaram escolhidos.
Agricultores de São João da Barra, no Norte Fluminense, ganharam na Justiça uma ação contra a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), que suspende a avaliação feita anteriormente de suas propriedades para desapropriação pelo governo do Estado visando a construção do Complexo Portuário do Açu, do empresário Eike Batista. Na ação, os agricultores alegam que os valores oferecidos estão muito abaixo dos preços praticados no mercado e eles ficariam prejudicados na negociação.
No acórdão publicado nesta terça-feira (15/10) no Diário Oficial do Estado, a desembargadora Maria Regina Nova determina a cassação do recurso que garante a posse dos imóveis pelo Estado, até que seja estabelecido um valor de indenização compatível com os bens.
Acórdão foi publicado com decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
A decisão judicial pode abrir uma porta para centenas de pequenos agricultores que tiveram as suas propriedades desapropriadas pela Codin. O Jornal do Brasil publicou com exclusividade, há dois meses, uma série de denúncias de moradores de Barra do Açu, que relataram atos de violência e de extrema truculência por parte das equipes da Codin, durante a desocupação das propriedades, visando a construção do porto. Os processos contra o governador do Rio, Sérgio Cabral, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que autorizou os investimentos para as desapropriações e o empresário Eike Batista se avolumaram no TJ. As acusações são de irregularidades no processo de desapropriação, truculência policial e ameaças.
A pesquisa Vox Populi/CartaCapital divulgada há pouco entrevistou 2,2 mil eleitores, em 179 municípios, entre 11 e 13 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Na simulação de 2º turno além da que está no gráfico abaixo foram feitas mais duas: Dilma obteria 46%, contra 31% de Marina. Dilma 47% x 27% Aécio: Dilma 48% x 23% Campos. Dilma 47% x 27% Serra.
O ministro Luiz Fux, do STF decidiu agora há pouco suspender o corte do ponto dos professores que fizeram greve na rede municipal do Rio de Janeiro. A decisão sob a forma de liminar também propôs a realização de uma audiência de conciliação para a próxima semana dia dia 22, às 18 horas no STF, em Brasília.
A decisão será uma forma de tentar resolver o impasse já que os professores em assembleia realizada hoje decidiram permanecer em greve, enquanto a secretária de Educação e o prefeito Eduardo Paes se recusam conversar, mesmo com a decisão judicial que invalidou a votação do plano na Câmara de Vereadores.
O blog já comentou aqui que o consórcio Integra Offshore formado por 51% da empresa Mendes Junior e 49% da OSX planejaram montar, em área junto ao estaleiro da segunda, no Porto do Açu, duas plataformas P-67 e P-70 por encomenda direta da Sete Brasil e indireta da Petrobras.
Segundo o blog apurou mais de 100 pessoas já atuam na organização do canteiro e preparação da montagem da P-67 no Açu. Os problemas seriam grandes na implantação deste projeto. A maioria dos trabalhadores está hospedada no alojamento que foi construído e utilizado antes pela espanhola Acciona na localidade do Açu.
Fala-se em pequenos grupos que os problemas gerados por conta da participação da OSX no projeto poderia levar a montagem das plataformas para o Estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Apesar disso, a maioria dos contratados são montadores de andaimes e soldadores, duas das atividades mais demandadas para este tipo de atividade de construção naval.
Os trabalhadores têm reclamado o pagamento de periculosidade e a necessidade da intermediação de um sindicato para cuidar de seus interesses junto à empresa. Há trabalhadores do Rio (maioria), Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Nesta segunda-feira foi informado que a empresa Chemtech, de engenharia e tecnologia entregará ainda este mês, ao Consórcio Integra Offshore (Mendes Júnior/OSX) os projetos de detalhamento dos oito módulos dos FPSOs P-67 e P-70.
Área prevista para uso do Consórcio Integra junto à área
da OSX e terminal TX-2 no Porto do Açu
Pelo projeto cada unidade poderá processar até 150 mil barris de petróleo diários e comprimir 6 milhões m³ de gás. A encomenda foi feita pela Petrobrás por US$ 900 milhões. Cerca de 200 profissionais trabalharam neste projeto de engenharia.
Os módulos dos FPSOs P-67 e P-70 serão construídos no Porto do Açu e compreendem: Sistema de Flare e Unidade de Recuperação de Gás; Removedores de CO2 e HC Dew Point; Injetor de Água e Removedor de Sulfato; Automação e Eletricidade; Armazenamento Químico e Área de Lay-Down e Topsides Piperack.
PS.: Atualizado às 12:13: Para informações sobre a atual situação da OSX do PetroNotícias: "A OSX conseguiu adiar junto ao BNDES o pagamento de um empréstimo-ponte de R$ 518 milhões. A dívida, firmada em 2011, venceria hoje, mas sua liquidação foi postergada para daqui a 30 dias. É a segunda vez que o BNDES adia o pagamento. Segundo executivos da OSX, a empresa não possui caixa para honrar o empréstimo, contraído para as obras de implantação da Unidade de Construção Naval (UCN) no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ).
Esta semana é particularmente importante para a OSX, já que nesses dias ocorre o vencimento de R$ 1 bilhão em dívidas. Uma vez firmado o acordo com o BNDES, a OSX tenta convencer a Caixa Econômica a fazer o mesmo que o BNDES: adiar as dívidas (de R$ 400 milhões), as quais vencerão no dia 19."
Duas notícias informam sobre o andamento da pré-candidatura do senador:
Hoje, na Folha de São Paulo, Coluna Painel:
"Assim que PT desembarcar, PMDB do Rio buscará novas alianças, inclusive com o PSDB"
"Cada um na sua Sérgio Cabral reuniu a cúpula do PMDB fluminense anteontem para discutir a defesa feita pelo PT do nome de Lindbergh Farias para o governo do Rio em 2014. Peemedebistas se irritaram com a fala de Rui Falcão de que a candidatura própria é prioridade, e garantem que não haverá palanque duplo para Dilma Rousseff no Estado.
Ficou definido também que, assim que o PT desembarcar do governo Cabral, a sigla buscará outras alianças --inclusive com o PSDB de Aécio Neves.
Com aval? O grupo do governador do Rio observou ainda que a manifestação de Falcão em apoio ao senador petista ocorreu um dia após ele se reunir com Dilma e Lula em Brasília para discutir cenários eleitorais.
A outra é de O Dia e fala da reunão que Cabral reclamou na nota da coluna Painel hoje:
"PT afaga Lindbergh, ‘pré-candidatíssimo’" "Mas senador vai ter de esperar mais pelo rompimento com Cabral" ROZANE MONTEIRO
"Rio - Não, Lindbergh Farias não conseguiu ver aprovada ontem sua proposta de o PT sair imediatamente do governo de Sérgio Cabral. Em compensação, o senador ouviu, finalmente, do presidente nacional do partido, Rui Falcão, a afirmação de que ele é mesmo o pré-candidato petista à sucessão de Cabral. Havia, no fundo da alma de Lindbergh e de seu grupo, a angústia causada pela possibilidade de a executiva nacional obrigá-lo a ser candidato a vice na chapa de Luiz Fernando Pezão.
Rui Falcão veio ao Rio ontem justamente para fazer uma ampla reunião, no Hotel Novo Mundo, e acalmar os ânimos no PT do Rio, onde muito do tumulto interno das últimas semanas foi causado pela incerteza do grupo de Lindbergh sobre a pré-candidatura.
Quanto à saída dos secretários petistas do governo Cabral — Carlos Minc e Zaqueu Teixeira —, o PT decidiu ontem... marcar outra reunião. Em 25 de novembro, dia seguinte ao fim das eleições internas do PT em todo o país, a executiva regional vai ter um encontro para anunciar formalmente que não integrará mais o governo do PMDB a partir de 30 de novembro.
‘Esticada’ não incomoda senador
A quem perguntou se considerou uma derrota o partido não aprovar a saída imediata do governo, Lindbergh abriu o coração: “Foi tanta vitória, que a gente concordou.” Também havia o temor de que a nacional forçasse a permanência do PT no governo Cabral até o ano que vem.
Na quinta-feira, a executiva municipal do partido decidiu por 11 votos a quatro que o vice-prefeito Adilson Pires fica no governo de Eduardo Paes (PMDB) até o fim do mandato. Mas soltou nota de “repúdio à atuação da PM” e condenando os “atos de vandalismo” em protestos."