segunda-feira, fevereiro 22, 2010

A opinião de Luiz Nassif sobre José Serra

O artigo é extenso e foi publicado neste domingo, em seu blog hospedado no Portal do IG: Começa assim: "Serra e o fim da era paulista na política" "Por que José Serra vacila tanto em anunciar-se candidato? Para quem acompanha a política paulista com olhos de observador e tem contatos com aliados atuais e ex-aliados de Serra, a razão é simples. Seu cálculo político era o seguinte: se perde as eleições para presidente, acaba sua carreira política; se se lança candidato a governador, mas o PSDB consegue emplacar o candidato a presidente, perde o partido para o aliado. Em qualquer hipótese, iria para o aposentadoria ou para segundo plano. Para ele só interessava uma das seguintes alternativas: ele presidente ou; ele governador e alguém do PT presidente. Ou o PSDB dava certo com ele; ou que explodisse, sem ele. Esta foi a lógica que (des)orientou sua (in)decisão e que levou o partido a esse abraço de afogado. A ideia era enrolar até a convenção, lá analisar o que lhe fosse melhor. De lá para cá, muita água rolou. Agora, as alternativas são as seguintes: 1. O xeque que recebeu de Aécio Neves (anunciando a saída da disputa para candidato a presidente) demoliu a estratégia inicial de Serra. Agora, se desiste da presidência e sai candidato a governador, leva a pecha de medroso e de sujeito que sacrificou o partido em nome de seus interesses pessoais. 2. Se sai candidato a presidente, no dia seguinte o serrismo acaba." E se encerra desta forma: "... O resultado final será o fim da era paulista na política nacional, um modelo que se sustentou décadas graças ao movimento das diretas e à aliança com a velha mídia. Acaba em um momento histórico, em que o desenvolvimento se interioriza e o monopólio da opinião começa a cair. A história explica grande parte desse fim de período. Mas o desmonte teria sido menos traumático se conduzido por uma liderança menos deletéria que a de Serra." Se desejar ler na íntegra junto dos comentários dos leitores clique aqui.

7 comentários:

Anônimo disse...

SERRA...

O que se diz nos círculos do PSDB não “fernandistas” (quase todos são), é o seguinte: Serra não quer a reeeleição e sim a presidência, que persegue insensantemente. Mas não se decide, para mostrar a supremacia e a superioridade sobre o ex-presidente e ex-chefe.

Garantem que sairá no dia 1º de abril, (48 horas antes do prazo final e fatal), coincidência com o golpe de 64. Ficaria na coincidência, Serra não dará uma palavra sobre a ditadura que se instalou há 46 anos.

Também deixará FHC na expectativa, nem citará seu nome. O “ajuste de contas” com o “amigo”, ficará para depois, quando estiver no Poder. (Lógico, se estiver). Aí então atenderá o pedido-esperança de FHC (já divulgado aqui há meses) de nomeá-lo embaixador na ONU.

Atenderá FHC mas atenderá muito mais a ele mesmo. Serra sabe que FHC não poderá influenciá-lo, mas tem tudo para chateá-lo, com conselhos, advertências e pedidos de audiência. Isso Serra não suportará.

Serra tem legenda, tem ambição, tem arrogância, tem o tempo que quiser (até 3 de abril) para decidir. Seus íntimos dizem que já decidiu, está apenas fazendo suspense para marcar o terreno, e deixar bem claro: “Eu sou o senhor do tempo, das decisões, e dos prazos”.

Diante de tudo isso, passará o cargo ao vice Cláudio Lembo, perdão, ao ex-stalinista Alberto Goldman. Este, ansioso pelos 9 meses em que ficará no governo, faz a única opção que lhe restou: esperar. E nessa espera se inclui “fazer tudo que o seu mestre mandar”. Até 1º de janeiro, quando passará o cargo a Geraldo Alckmin. Este, vetado para prefeito, impôs o próprio nome para governador. Já foi governador várias vezes (eleito, substituto, ilegítimo e inconstitucional), há 20 anos no jogo.

Anônimo disse...

A incerteza das alianças:
Serra e Dilma, esperam o vice

Dona Dilma sai quando Lula quiser ou mandar. Tem o partido inteiro contra ela, só que metade não se ilude, a outra metade ilude a todos. Incluindo o próprio presidente que acredita mesmo que conforme sempre soube, o Poder é ele. E pensa (?) que duas coisas não podem ser desmentidas. 1 – Tem mesmo 80 por cento de popularidade. 2 – Toda essa popularidade (ou até mais) vai transferir para Dona Dilma.

Dos chamados presidenciáveis, Dona Marina e Ciro Gomes, não precisam se desincompatibilizar. Esse é o privilegio dos parlamentares, ela é senadora, ele deputado. Ciro, surpreendentemente obteve sucesso com o anunciado projeto de “ajudar Dona Dilma”. Temos que reconhecer: Ciro arriscou ficar sem mandato (repetindo 2002), mas teve a intuição de que poderia levá-la ao segundo turno (ganhando a gratidão conseqüência da vitória), mas iria ele mesmo ir para esse segundo turno.

A mudança de domicilio para São Paulo, deixou os marqueteiros impressionados, se eles fossem capazes de se impressionarem a não ser pela própria competência. Como Dona Dilma não sai do lugar, Ciro pode perfeitamente se reabilitar dos erros e equívocos de 2002.

Dona Marina ficará na disputa até a Copa do Mundo, final de junho. Com a vitória ou a derrota da seleção do Brasil, irá reconsiderar sua carreira, voltará para o Senado. 8 anos de participação garantida, incluindo uma eleição presidencial verdadeira, quem sabe APOIADA por um partido que exista realmente?

Claudio Kezen disse...

Excelente análise do Nassif, como sempre. Com a profundidade de quem conhece profundamente a política brasileira e mais de perto a paulista.

Chega de figuras como o Serra.

Entretanto, lendo o artigo completo, e aí não vai nenhuma provocação, não pude deixar de lembrar da figura do José Dirceu.

Se trocarmos o nome de Serra no governo de São Paulo pelo de Dirceu como ministro da casa civil, o artigo mantém uma lógica perfeita: corrupção, personalismo, ego, o uso do medo e da vingança como forma de convencimento político, o mal trato nas relações pessoais, etc, etc...

Chega de figuras como o Dirceu.

Jornalista_Destemperado disse...

Nunca antes na historia desse país, Ciro Gomes teve tanta chance de vingar sua desorientada ambição para tornar-se presidente.

A "candidata do chefe" (ou, se preferir, pronuncie o sobrenome q rima com isso) sofre para convencer o publico feminino e se num for mt convincente na hora que o jogo começar, vai perder campo porque poderá mostrar-se inexperiente e despreparada.

O MotoSerra está para FHC assim como Pudim para Garotinho: "cria" (usem bastante aspas) que nao vingou, quando todos achavam que poderiam eleger ate um poste para onde quisessem. Acabou se contentando com Serra governador e Pudim como deputado.

Continuo achando que se o Aécio pensasse menos com a cabeça de baixo ganharia essa com pule de 10. Mas num pode ver rabo-de-saia... de escandalos sobre coisas escondidas na cueca ja bastam os rotineiros de Brasilia.

Anônimo disse...

Tudo certo, os comentários corretíssimos, não fosse por um certo detalhe: D Dilma não tem a "cara" do Brasil. Sempre foi antipática, arrogante, distante... Agora enrolou o cabelo e jogou uma cor pra ver se fica mais a cara do Brasil, mas não cola nem decola. Não dá. Lula teve muito tempo para ver isso de perto. Não se passa popularidade a ninguém. Existe um trabalho a ser feito. E ela não fez. Quem poderia ser o outro de LULA? Abra os olhos Lula, essa daí não cola. Tá correndo um grande risco depois de oito anos no poder.

JD disse...

Anonimo, fica esperto, filho: Dilma sofreu um cancer, fez quimioterapia e perdeu todos os cabelos.

Levou meses usando peruca e, agora, mostrou a realidade numa tentativa publicitaria de mostrar seu lado "guerreiro" e "vencedor" (se vai dar certo, nao sei. so sei q foi pra isso q tiraram a peruca).

O passado de certos politicos é tao sujo, que Lula preferiu tirar alguem da "secretaria" pra nao correr risco. Isso q ele fez. No mais, é o que é.

Jornalista_do_Tempo disse...

professor, ja viu o climatempo?

http://www.climatempo.com.br/previsao-do-tempo/cidade/4953/camposdosgoytacazes-rj

olha o calor ate quinta e o que prevê de sexta em diante...

É igual àquele ditado: "Dia de mt, vespera de pouco".