sexta-feira, junho 16, 2006

Bela entrevista - interessante análise

"A mídia será julgada por essa cobertura. Ela teve muitos problemas. O primeiro foi tratar a questão como semelhante ao escândalo Collor-PC Farias. Não era. Foi uma cobertura extremamente difícil. A direção do PT cometeu erros e crimes nesse processo. Os crimes são claros: caixa 2 e compra de apoio no Congresso para a composição de maioria. Se não cometeu crime de corrupção, é porque não teve tempo, pois estava tudo armado. É como um avião na pista, com turbinas ligadas, taxiando na pista, pronto para decolar. Na última hora, não conseguiu. Os crimes cometidos não são novos na vida republicana. Qual o problema? É que o PT prometia uma renovação, um outro padrão de conduta política e acabou decepcionando seu próprio eleitorado. Não falo de todo o PT, mas de uma parte significativa". Esta é parte da entrevista concedida pelo jornalista Franklin Martins a agência Carta Maior dentro do portal da UOL. Merece sua leitura. Mais um trecho: "Essas foram as primeiras CPIs cobertas em tempo real, sem mediação de jornalistas. Aí se viam coisas como o Duda Mendonça dizer, ao vivo para todo o país, que recebera dinheiro no exterior porque o PT assim exigira. Depois, só depois, se descobriu o óbvio: ele recebia assim havia muito, desde o tempo em que trabalhava para Paulo Maluf. E a oposição espetacularizava as acusações. Até setembro, outubro o clima era de absoluta perplexidade. Depois ficou evidente que a oposição não estava interessada em descobrir a verdade dos fatos, mas em propagar coisas como “estamos diante do maior escândalo de corrupção da história!” Não se conseguiu provar isso e nem a tese da corrupção sistêmica". Leia a entrevista integral aqui.

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