terça-feira, dezembro 19, 2006

Dois fatos – uma conclusão

Neste final de semana duas informações confirmam a tendência da abastança de uns e a interpretação de que somos maiores e melhores por parte de outros. A primeira: todos nós sabemos, que é natural que as empresas realizem as suas festas de final de ano. Até aí nada demais. O incrível é ver, o tanto de gente que algumas dos órgãos públicos têm conseguido reunir (deve ser parte dos 29 mil funcionários). Por conta disto, elas têm demandado, grandes espaços. Na semana passada, uma festa da Secretaria Municipal de Administração se realizou no Tênis Clube de Campos. Outra, a dos servidores do Hospital Geral de Guarus (HGG) precisou do espaço da Fundação Rural de Campos, onde além das festas foram sorteados diversos brindes, segundo me contaram entre os brindes estavam mais de 10 televisões. Outra, que seria só dos DAS altos ou de outra secretaria parece que correu no Rancho da Ilha também com brindes generosos. Bom viver num município rico, heim? A segunda? Ainda querem mais? Esta é mais uma constatação. Um filho de um profissional competente que atuou por doze anos em gerência em Campos, desligou-se da empresa local e rapidamente foi contratado, por um grupo ligado ao beneficiamento de soja no Paraná. Depois de três meses em Curitiba, ele veio à Campos, neste último final de semana, cuidar da mudança da família e das suas coisas. Ao conversarmos, num restaurante, sobre a situação do PIB de Campos que ele assistiu no Jornal Nacional por lá, o filho acompanhando a conversa, vira para o pai e comenta: “pai veja só, o C... quando me despedia dele e disse que ia para Curitiba, ele falou, pôxa larga isso, Campos é muito melhor do que Curitiba e é muito mais rica, o Jornal Nacional deu..." . O menino que concluiu a sétima série, mas é bastante esperto, então comentou sobre o amigo: "coitado do C... ele não sabe o que fala”.

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