quinta-feira, dezembro 01, 2016

Mais uma megafusão entre as corporações mundiais: o que isto tem a ver com o Brasil?

Prosseguindo na série sobre o que acontece no mundo globalizado com repercussão sobre o Brasil, agora vamos analisar o setor naval ou marítimo.

A crise econômica e a estagnação está ampliando a oligopolização e ao amento do controle dos fundos financeiros sobre os conglomerados ou megagrupos.

Hoje, foi anunciado outra fusão/incorporação ou aquisição. Desta vez foi o caso da Maersk Line, maior empresa de transporte marítimo do mundo, comprar a sua concorrente alemã, Hamburg Süd.

Esta decisão tem forte reflexo no Brasil, onde a Hamburg é o armador (dono dos navios) líder em atuação no transporte marítimo para os portos brasileiros.

Está sobrando capacidade de transporte marítimo pelo mundo. Navios estão sendo sucateados e vendidos como sucatas pelo mundo. Desta forma, com o excesso de oferta para fretes, os preços caíram de forma similar ao que se vê com o petróleo e outras commodities.

As grandes corporações que estão comprando as menores estão em busca de ampliar os ganhos de escala, reduz-se a concorrência para aumentar novamente os preços dos fretes.

Com a oligopolização do setor de transporte e o excesso de produtos, as empresas produtoras (de qualquer coisa) são obrigadas a reduzir os seus custos.

Não é difícil perceber que o gargalo está se ampliando, assim como os riscos sistêmicos puxados pelo sistema financeiro que cada vez controla mais e mais corporações nos três setores: produção, circulação e consumo.

Cada vez que isto ocorre, as nações centrais lucram mais aumentam suas redes de controle, enquanto os estados-nações perdem mais e ficam mais dependentes e submissos. Embora este processo aproxime das elites econômicas, mas ampliando a apartação social em ambos. Assim, as consequências se dão por classes, para além daquilo que sofrem as nações neocolonizadas.

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