quinta-feira, dezembro 15, 2016

O neoliberalismo é pai da guinada à direita do presente, mas outro mundo é possível!

A guinada à direita no mundo que namora o fascismo, é filha – não bastarda - do neoliberalismo, antes de ser uma incompetência das forças de esquerda. O que vemos no presente é resultado dos princípios e das práticas do neoliberalismo tatcheriano e reganriano.  

A hegemonia capitalista e neoliberal tem seguido o seu movimento de captura do Estado, tornando-o mínimo no controle, e máximo nas desregulações que ampliam as aberturas para o sistema financeiro.

Tudo operado dentro de lógica e dos termos da frágil democracia representativa, apenas do voto comprado, pelos donos dos dinheiros.

As esquerdas seguem divididas entre as que querem reformar tudo, ou nada feito. A outra parte, que frequentemente se alia aos liberais-sociais (se é que isto existe) vive na expectativa em evitar o mal maior, que seria a "endireitização" feroz e esganiçada sobre o pouco que resta do estado de bem-estar.

As pressões continuam para ampliar o estado mínimo, a supressão crescente dos direitos sociais, os mercados desregulados e com a fluidez dos fluxos materiais e de capitais em busca de ganhos cada vez maiores.

O capitalismo com a apropriação dos excedentes da economia para obtenção de lucros e acumulações, cada vez para menos, vem chegando a patamares inimagináveis. 

Assim, o sistema pode estar, pelos caminhos transversos, levando ao seu aniquilamento, pelo menos, na forma que hoje se conhece. Com a máxima das várias contradições desse sistema, o esgarçamento da exploração capitalista, paradoxalmente, poderá nos devolver a utopia.

Mesmo que a aparente anomia dos tempos presentes, a materialidade e as nebulosidades do sistema em que se vivemos tenda a nos levar ao pessimismo, eu compreendo que, paradoxalmente, as pontas contrárias podem vir a se encontrar. Em meio a muitas lutas e gigantescos esforços dos povos que poderá modificar a realidade cotidiana de nossas vidas, em direção a um outro mundo possível.

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