sexta-feira, dezembro 29, 2017

A limitação da exploração do xisto nos EUA reforça a importância do nosso pré-sal e explicam os interesses golpistas

Para quem insiste em não compreender que a descoberta das reservas do Pré-sal brasileiro é disparada, a maior fronteira mundial de exploração de petróleo, descoberto na última década, veja a matéria da Bloomberg (veja aqui) que analisa o último relatório da forte consultoria na área de energia, a norueguesa Rystad Energy:

"Neste ano, o total de novas reservas descobertas foi o menor em registro, repondo somente 11 por cento do que foi produzido, de acordo com relatório da consultoria Rystad Energy, publicado em 21 de dezembro."

O xisto americano com seu alto breakeven (ponto de equilíbrio) não poderá nunca ser igualado ao nosso pré-sal.

Assim, o entreguista-mor Parente, do governo golpista, abriu as portas para a Esso, Shell, Total, Statoil.

A posição do Adam Waterous, presidente de outra consultoria citada na matéria, Waterous Energy Fund, não se sustenta ao explicar que seria preciso o barril de petróleo estar a US$ 80, o barril para ser viável a exploração em águas profundas no Brasil. Os dados atuais mostram o contrário. Com valores menores que a metade disto, o óleo e gás do Pré-sal já dão lucros. E grandes.

A reportagem da Bloomberg diz ainda que "apesar da força passada e futura da produção de petróleo de xisto nos EUA, essas reservas sozinhas terão dificuldade em acompanhar a crescente demanda global se não houver aceleração da aprovação de projetos convencionais, de acordo com relatório da Agência Internacional de Energia".

"Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) afirmaram que o governo americano talvez esteja superestimando o crescimento futuro da produção de petróleo de xisto com base em hipóteses equivocadas sobre a tecnologia petrolífera."

Assim, se pode dizer que está cada dia mais caro achar petróleo no mundo. A cada ano se tem menos reservas que estão sendo exauridas nesta fase de colapso de preços e produção em excesso, com redução dos investimentos em busca por novas reservas, em função da fase de colapso de preços, como parte do atual ciclo petro-econômico.

Diante, desta realidade cada vez mais evidente com a entrega dos nossos ativos no setor de óleo e gás, das isenções fiscais e tributárias, do fim do conteúdo local, da tentativa de acabar com o regime de partilha, etc, não é mais possível avaliar que o golpe político do Brasil, não teve como eixo condutor, os interesses sobre esta enorme fronteira de exploração de petróleo no Brasil.

A descoberta do Pré-sal para o bem e par o mal nos colocou no olho dos desejos da geopolítica mundial que continua tendo na energia (móvel do petróleo) a grande cobiça, por parte de quem detém a hegemonia política no capitalismo contemporâneo no mundo.

A despeito do crescente uso das energias não convencionais, o uso da energia fossilizada continuará a lubrificar o capitalismo mundial. E quem tem mais força golpeia as nações que fogem ao script do controle colonizado das nações do capitalismo central.

2 comentários:

Hélcio Granato Menezes disse...

Caro professor Roberto Moraes,
Estamos aguardando ansiosamente a publicação das outras três partes da excursão ao Noroeste Fluminense realizada pelo mestre Soffiati.
Aproveito para lhe desejar um feliz 2018.

Roberto Moraes disse...

Caro Élcio,

Primeiro obrigado pelo Feliz 2018 que retribuo.

Acabei de falar com Soffiati e ele me disse que seguiu "o eixo Paraíba-Sul-Pomba, passando por São Fidélis, Pureza, Cambuci, Itaocara, Aperibé, Pádua e Miracema. Já esbocei o segundo artigo e pretendo redigi-lo no início de janeiro."

Assim, em breve estaremos publicando.

Abs