quarta-feira, dezembro 12, 2018

Prioridades invertidas no setor de petróleo entre o Brasil e o México

Observa-se no cenário as prioridades invertidas entre o Brasil e o México em termos de políticas públicas no setor petróleo.

O Brasil decide com Temer-Bolsonaro desintegrar a potente cadeia produtiva do petróleo entregando a preço vil, malha de gasodutos, refinarias, petroquímicas e campos de petróleo.

No México o novo presidente López Obrador suspendeu a construção de um mega-aeroporto num projeto em que o país estava gastando quase US$ 5 bilhões, ao mesmo tempo anunciou que lançará  até março do ano que vem (2019), uma licitação para a construção de uma nova refinaria que ficará localizada no estado de Tabasco e deverá atrair investimentos na ordem de US$ 8 bilhões.

A refinaria será a maior do país, com capacidade para processar 340 mil barris por dia, e incluirá 17 plantas de processamento e 93 tanques de armazenamento ou instalações.

Obrador tem anunciado que pretende retomar o setor de petróleo como um dos eixos de crescimento econômico do México.

O planejamento inclui o aumentar da produção nacional para 2,4 milhões por dia até 2024 e o aumento do orçamento da petroleira estatal Pemex em 75 bilhões de pesos em 2019. 

Obrador disse ainda que a empresa mexicana fará uma revisão em suas seis refinarias e elevar a produção de gasolina para 600.000 barris por dia até meados de 2020.

López Obrador busca a autossuficiência entre produção e consumo e vincula os planos para esse setor às relações com a economia nacional e não sua vinculação ao mercado interno e ao preço do barril de petróleo no mercado internacional, exclusivamente, como os governos pós-golpe no Brasil afirmando: “em três anos estaremos produzindo a gasolina que consumimos no país, para que possamos baixar os preços do combustível".

PS.: Atualização às 18:58: Para ajustar a redação do 3º parágrafo que estava truncada e gerava dúvidas.

Nenhum comentário: