quarta-feira, novembro 13, 2019

Prumo, controladora do Porto do Açu, assina Memorando de Entendimentos (MoU) na área de energia com os chineses da State Power Investment Corporation durante reunião dos Brics

A Prumo Logística Global controlada pelo fundo americano EIG Global Energy Partners assinará, amanhã (13/11), um MoU (Memorando de Entendimento) com o grupo a empresa Pacific Hydro que é controlada pela gigante chinesa State Power Investment Corporation (SPIC) da área de energia, mais a corporação alemã Siemens, que prevê a cooperação para o desenvolvimento de projetos de energia no Brasil.

A cerimônia está programada com a presença dos principais executivos das companhias: pela SPIC, Qian Zhimin, presidente do Conselho, Adriana Waltrick, CEO, Waldo Perez, CFO; pela Siemens, Lisa Davis, membro da Diretoria Executiva da Siemens AG; e pela Prumo, Blair Thomas, presidente do Conselho de Administração e CEO do EIG Global Energy Partners.

Obras implantação UTE da GNA (Prumo e Siemens) Porto do Açu
A Pacific Hydro (SPIC) atua há mais de 20 anos em projetos de energias renováveis e eletricidade no Brasil e está vinculada State Power Investment Overseas of China (SPIC Overseas). A SPIC é um dos cinco principais grupos de geração de energia na China, com ativos totais de US $ 113 bilhões e uma capacidade instalada total superior a 100 GW. A SPIC atua nas indústrias de geração, carvão, alumínio, logística, finanças, proteção ambiental e alta tecnologia. A SPIC tem presença em 36 países e regiões no exterior, incluindo Austrália, Chile, Malta, Japão, Brasil, Turquia e Vietnã.

Ainda não está claro o primeiro objetivo deste Memorando de Entendiemntos (MoU), porém, o mais provável é que a holding chinesa State Power Investment Overseas of China está disposta a ampliar seus investimentos no Brasil de olho na capacidade de geração termoelétrica à gás que está sendo realizada no Porto do Açu com a implantação das 3 Usinas Termlétricas à Gás Natural (UTE) por parte da GNA-Açu que é um consórcio formado pela Prumo, Siemens e BP com financiamento do banco alemão KfW e garantia do BNDES.


PS.: Atualizado às 16:50 e 16:58: São três grandes grupos chineses atuando no setor de eletricidade no Brasil: A State Grid, a China Three Gorges e a State Power Investment Corporation (SPIC). No ano passado (2018), a State Power Investment Corporation (SPIC), pagou R$ 7,18 billhões no leilão para ter a usina de São Simão. A SPIC aportou 30 por cento do valor envolvido no negócio, enquanto 70 por cento foram financiados junto a um pool de bancos internacionais, incluindo chineses.

O setor de energia elétrica em todo o mundo se transformou numa grande commodity onde o preço da energia elétrica está vinculado ao fornecimento e controle do mercado (e preços) do que propriamente à demanda por energia elétrica fornecida ao cliente, seja ele residencial, comercial ou industrial.

No Brasil, este "negócio" passou a ser controlado pela Aneel, quanto aos investimento em infraestrutura de geração e linhas de transmissão e ao Operador Nacional de Sistema que controla e opera a geração e distribuição entre as três parte do sistema, desde a geração, transmissão e distribuição/consumo. Ficando os operadores de cada parte com um pedaço do valor da energia vendida ao cliente.

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