terça-feira, outubro 08, 2013

Petronas que desistiu da OGX vai investir US$ 34 bi no Canadá

A Petronas, companhia de energia estatal da Malásia, vai investir 36 bilhões de dólares canadenses (US$ 34,9 bilhões) para construir um projeto de gás natural liquefeito (GNL) no Canadá. A informação publicada no Valor Online tem origem no primeiro-ministro do país asiático, Najib Razak.

segunda-feira, outubro 07, 2013

Registros do Ibase na manifestação de professores hoje no Rio

O Ibase fez (ainda faz) a cobertura da manifestação do professores do Rio, uma das maiores de uma única categoria profissional na capital fluminense.

Os professores reclamam e lutam contra:

- Polivalência: professor de História, não pode dar aula de Matemática.

- Meritocracia: escola não é fábrica de salsicha, nem linha de produção, para professor trabalhar com meta e aluno ser resultado.

- Autonomia: a rede pública municipal conta com uma equipe competente que pode criar seus materiais de uso, adequados à realidade das escolas. Não precisam de materiais, muitas vezes anacrônicos, feitos por entidades que recebem dinheiro da prefeitura.

- Melhor infraestrutura: escolas mais bem conservadas, com equipamentos adequados.

Os professores pediram 19% de aumento. Conseguiram 8%.

Abaixo fotos de Natasha Isis do Canal Ibase:



OHL faturou com os lucros dos pedágios antes de repassar concessão da BR-101 para a Abertis

A transação entre duas empresas espanholas (OHL e Abertis) pode ter permitido à primeira concessionaria da BR-101 em nossa região sair com R$ 310 milhões de lucros de pedágio, nas 5 concessões que possuía (4 além do nosso trecho da BR-101).

Uma matéria na Folha Online (aqui) diz que a concessionária tirou lucros, mesmo sem entregar obras, antes de transferir a concessão:

"A OHL, que venceu cinco concessões de rodovias no Brasil em 2007 e não cumpriu as obras no prazo, retirou R$ 310 milhões do lucro de pedágio antes de vender a empresa e deixar o país.

Levantamento feito pela Folha aponta que a espanhola antecipou o pagamento de dividendos do lucro obtido no país e aumentou o repasse previsto inicialmente no acordo entre os sócios.

A OHL Brasil era uma companhia com ações na Bolsa, 60% delas em poder da controladora espanhola e o restante dividido entre bancos e fundos de investimento.

Ela possuía cinco concessões do governo federal, iniciadas em 2008, e quatro do governo de São Paulo, iniciadas entre 2001 e 2006. Cada concessão repassava lucros ou prejuízos para a OHL."


Mais detalhes da matéria clique aqui.

Seria interessante que a Assessoria de Imprensa da OHL ou da Abertis pudessem explicar a questão. Entre ações, dividendos, faturamentos e impostos devidos é que moram os segredos do setor privado. 




Maior plataforma SS feita no Brasil está vindo para a Bacia de Campos

A plataforma semissubmersível (SS) P-55 saiu hoje o porto do Rio Grande. A unidade foi construída pela 
P-55 sendo rebocada do RS até à Bacia de Campos
Quip, a pedido da Petrobrás para atuar no Campo de Roncador, na Bacia de Campos. A P-55 ficará ancorada a cerca de 1,8 mil metros de profundidade e será ligada a sendo 11 poços produtores e seis injetores de água.

Com 52 mil toneladas e 10 mil m², a P-55 é a maior plataforma semissubmersível feita no Brasil e uma das maiores do mundo. Ela começará a operar em dezembro, e pode produzir 180 mil barris de petróleo e tratar 4 milhões m³ de gás por dia. Segundo a empresa, a obra gerou cerca de 20 mil empregos e alcançou 79% de conteúdo nacional, tendo sido construída e integrada totalmente no Brasil.

O casco da unidade teve as atividades executadas no estaleiro Atlântico Sul (EAS), Pernambuco, de onde seguiu para Rio Grande. A operação que acoplou o casco e o topside (módulos) da plataforma é uma das maiores já executadas no mundo, devido ao peso da estrutura (17 mil toneladas) e da altura a que foi levantada (47,2 metros). A manobra ocorreu no dique-seco do Estaleiro Rio Grande, em junho de 2012, por meio do içamento do convés, técnica inédita no Brasil.

Estaleiro Rio Grande no Rio Grande do Sul

Ponte SJB-SFI

Parece novela, mas é apenas mais um capítulo sobre a construção da ponte sobre o Rio Paraíba do Sul ligando o município de São João da Barra ao município de São Francisco do Itabapoana. Está no Diário Oficial do Estado de hoje, 7 de outubro de 2013, página 36, Parte I a informação.

Sobre o procedimento licitatório da ponte SJB - SFI, anunciando de que a "Etapa Final" acontecerá, conforme D.O.E. no dia 09 de outubro de 2013 - quarta - feira - às 14;30 hs, com a divulgação do resultado do consórcio vencedor com o valor apresentado para execução da obra. 

Após a publicação da ata dessa reunião no D.O.E. será contado um prazo de no máximo 30 dias para assinatura do contrato , emissão da ordem de serviço pela SEOBRAS / DER - RJ e nomeação da Comissão de Fiscalização da Obra.





Os desdobramentos de outros estados petrolíferos & os royaltie$

O anúncio da grande jazida de petróleo no mar em Sergipe que será feira nos próximos dias (com 1 bilhão de barris de petróleo comerciável), juntando com os resultados positivos no litoral do Maranhão e também do pequeno litoral piauiense, mais, as possibilidades que se fala do Amapá e Pará, junto das Guianas e se fala também de Alagoas e Bahia.

Assim, daqui a pouco teremos mudanças na discussão sobre os royalties do petróleo pela chegada de novos interessados na forma de divisão destas receitas. Antes, eram apenas os estados detentores das reservas já conhecidas e em produção em São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A representação de todos estes estados somados ainda é minoria, mas, a discussão, sem nenhuma dúvida muda de patamar. A conferir!



Mais um bom filme do Costa Gravas: "O Capital"

Vale conferir como os bancos comerciais, de investimentos e o setor financeiro se movimentam... até como ele diz no final... "tudo arrebentar!" Não será uma mera coincidência relacionar o filme com algumas coisas que vemos por aqui perto de nós. Confira o trailer:

domingo, outubro 06, 2013

Quê... quê... quê...quê?... na verdade uma polirealrejeição!

O Ancelmo Gois em sua coluna hoje disse que o prefeito Eduardo Paes disse no evento do Google, no Arizona, EUA, que pretende experimentar a “polisdigitocracia”, que seria um "modelo de democracia direta", onde a população votaria pelas redes sociais. Assim, ele ouviria os moradores da Barreira do Vasco, em São Cristóvão, sobre melhorias que está propondo para aquela área.

Isto soa como deboche, em meio às bordoadas e falta de diálogo com os professores que nega não apenas a pólis, mas a democracia como um todo.

Além de contradição, isto soa com mais uma provocação. Quer se mostrar "muderno" e democrata com uma mão, enquanto é antiquado e absolutista na outra, junto da secretária Costin (neoliberal desde FHC).

Assim, parece que o alcaide corre para alcançar Cabral como o governador em termos de desgaste.

Se querem mesmo opinião e a democracia direta leiam o que está sendo falado sobre o plano de cargo de professores nas redes digitais e nas próprias ruas da cidade, onde se ouve uma polirealrejeição.

Quer um conselho? Seja simples e pé no chão, cara na cara e reveja sua decisão.

PPFH-UERJ divulga carta de apoio aos profissionais de Educação do Rio de Janeiro


































PS.: Clique sobre a imagem para ler melhor o documento.

"O X da derrocada"

Este é o título da matéria de capa da revista Carta Capital na edição que foi hoje para as bancas. O seu subtítulo é ainda mais cruel, porém, sintético e, talvez, certeiro:

"A frente de um conglomerado gigante e sem controle, cercado por oportunistas e cego pelo excesso de confiança, Eike Batista vai à lona".

A reportagem da revista possui cinco páginas.

Ontem, sábado, dia que saiu a revista, por coincidência, eu passei, no final da tarde, em frente do Edifício Francisco Serrador, na Cinelândia, no Rio e vi as marcas das consequências das manifestações e das pedras jogadas nos vidros. Enquanto isto, na proteção do tapume, eu vi a indignação contra o empresário escrita e marcada. Confira nas fotos abaixo:








sábado, outubro 05, 2013

Marina como vice de Campos e os tucanos jogados ao mar

Os jornalões estão ansiosos com os desdobramentos e a organização das oposições, que assim tentam viabilizar um segundo turno.

A Folha de São Paulo informou hoje pela manhã que a ex-senadora Marina Silva teria afirmado que irá se filiar ao PSB do governador do Pernambuco, Eduardo Campos (PE).

Ainda, de acordo com a Folha, a filiação criaria chapa com Campos para presidente e Marina como sua vice, cunhando a sonhada expressão de uma terceira via na corrida ao Planalto, em contraposição à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff e à postulação de Aécio Neves.

É interessante observar como apesar dos discursos de participação e mobilização partidária interna, a "coligação democrática" é discutida só pelos cabeças dos partidos, sem envolvimento das bases e das militâncias.

De qualquer forma, o cenário se torna interessante. Ele parece dificultar o sonho tucano em retornar ao Palácio do Planalto.

As elites e a mídia corporativa jogam ao mar tudo aquilo que não lhe interessa, em troca de novos amores, para velhos compromissos e interesses. Acompanhemos os próximos passos.

Os BRICS e a "classe média"

O blog já havia postado aqui sobre a série que o Cine Group fez sobre a África e presidentes africanos que está sendo exibida pelo Discovery Channel. Ela me foi enviada pelo jornalista campista, Carlos Alberto Junior que está radicado em São Paulo, depois de trabalhar na África e EUA. Neste momento ele está na República de Malawi, na África, trabalhando na produção de uma outra série.
Foto: Acompanhando atentamente o noticiário sobre as minúcias da política local do Malawi!
Flagrante registrado pelas lentes de Sérgio Libilo!
Carlos Alberto Jr. em Malawi
Foto  do seu perfil no FB

A série sobre o Brics fala da "nova classe média" que surge nos cinco países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Equipes acompanharam a rotina de famílias da chamada nova classe média (ou classe C), durante uma semana, para mostrar as mudanças que houve nas suas vidas e como as mudanças socioeconômicas em seus países teriam permitido uma "certa mobilidade social" e a passagem da classe D para a classe C.

A série possui seis episódios, gravados em HD, com cenas em Moscou, Xangai, etc., além de entrevistas a especialistas para comentar o assunto, num esforço para explicar este "fenômeno" da "ascensão" ou "mobilidade" nestes cinco grandes países, que apesar de não se consistir num bloco econômico institucionalizado, como a UE, amplia dia-a-dia a sua proeminência global.

Veja abaixo o vídeo de promoção (uma espécie de trailer) da série:


Banqueiros oferecem apenas mais 1% de reajuste e bancários devem continuar greve

Os banqueiros lucram muito em nosso país. Já automatizaram tudo que é possível em termos de processo de trabalho reduzindo ao máximo, o peso da mão de obra em seu negócio de intermediação financeira. 

Todo este esforço só fez aumentar os lucros dos banqueiros, sem vantagens para os bancários, o que não justifica oferta tão baixa, a não ser esticar a corda com a categoria que resiste à exploração de um tipo de trabalho que cada vez adoece mais pessoas, em função da pressão por produção e pela tensão das responsabilidades que envolve a atividade de lidar com o dinheiro dos outros. 

Veja abaixo mais informações sobre a negociações divulgada há pouco pelo Valor Online:

"O Comando Nacional dos bancários orientou os sindicatos de todo o país, filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) a rejeitarem a nova proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de reajuste salarial de 7,1% para a categoria.

De acordo com nota divulgada pela Contraf, o comando da greve considerou a proposta patronal “insuficiente diante do tamanho dos lucros e da rentabilidade dos bancos”. O texto divulgado pelos representantes dos bancários destaca ainda que “até setores da economia muito menos lucrativos estão fazendo acordos com seus trabalhadores com reajustes salariais maiores”.

Essa é a segunda proposta rejeitada pela categoria. No dia 5 de setembro, a Fenaban propôs aumento de 6,1% nos salários da categoria e ampliou para 7,1% (0,97% de ganho real) a oferta aos trabalhadores. A Fenaban também acenou com aumento de 7,5% sobre o piso salarial (ganho real de 1,34%) para R$ 1.632,93. A proposta mantém as regras da PLR do ano passado.

A categoria reivindica reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), participação nos lucros de três salários mais R$ 5.553,15, piso de R$ 2.860,21, entre outros pleitos."

sexta-feira, outubro 04, 2013

"Sonegômetro"

Em contraponto ao chamado "Impostômetro", criado por entidades dos setores empresariais, interessados na redução das tarifas de impostos, o Sindicato Nacional do Procuradores da Fazenda Nacional (SinprofaZ) criou na internet e parece que também vão criar também um grande painel, em área central de São Paulo, mostrando a cada segundo, o quanto de impostos seriam sonegados em nosso país e o que seria possível fazer com este dinheiro.

Um bom debate, que envolve a discussão das tarifas, mas, quer tratar da sonegação por onde, uma parte do nosso dinheiro não chega ao caixa para ser investido a favor da população.

Quem recebe pouco, ou tem pouco, proporcionalmente paga muito, quando comparado a quem tem muito e possui mais estrutura, inclusive de advogados e bancas, para trabalhar para trabalhar nas "brechas das leis"e suas truncadas interpretações, para, assim, pagar menos imposto.

É bom que se lembre que o "sonegômetro" contabiliza só os impostos devidos fora destas pendências. Só este ano a conta já passou de R$ 313 bilhões de sonegação. Será difícil ver este painel nos telejornais brasileiros, onde há emissoras conhecida na prática.

Confira aqui o site do sonegômetro.



Convite


quinta-feira, outubro 03, 2013

Parque da cidade

O blog já tocou neste assunto muitas vezes aqui no blog. Já lembrou que a aprovação da ideia foi feita na Conferência da Cidade de 2003 e depois de 2005.

Depois, em 2006 tocamos no assunto aqui neste espaço mais uma vez como se pode ver na imagem abaixo, inclusive sugerindo área.

Depois voltamos a falar do assunto diversas outras vezes, ainda em 2006, 2006, 2009, 2012...) O Gustavo Oviedo também em seu blog já tratou do tema mais de uma vez em seu blog (veja aqui).
Sugestão de localização do parque feita pelo blog em postagem anterior

Agora, por vias transversas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em acordo com a PMCG fechou a proposta de um parque com o mínimo de 100.000 m². (Leia sobre o assunto em postagem do blog aqui).

Não seria demais dizer que a área urbana de nosso município já comporta a necessidade de dois parques, um, em cada margem do Rio Paraíba do Sul. Além da área sugerida há outros espaços na região de Guarus que comportaria também um parque.

Pode-se começar com um e avançar e pode-se também delimitar a área e preparar a instalação de um parque, com diversos equipamentos e instalações, sendo feito em duas etapas. Sabemos que os shoppings não gostam destas áreas públicas de lazer, esportes e cultura, mas, as áreas urbanas das cidades necessitam destes espaços que dão o refresco para uma vida menos estressante.

Enfim, bom que a sociedade e o legislativo acompanhem o processo de implantação desde a desapropriação, projeto e implantação. E, sigamos em frente!




Reclamação do centro de Campos

Abaixo a reclamação recebida por email:

"Há alguns dias foi inaugurada uma pousada na Rua Antonio Felix de Miranda .... antiga rua do Cinema Capitólio. Daí para frente as coisas tão demais; na esquina dessa mesma rua com a Tenente Coronel Cardoso ta tendo drogas direto... eles usam na cara de todos q por ali passam.. ta uma vergonha. Eu como moradora to com medo de sair a rua ... A policia nada faz; agora temos 3 pontos de drogas em três esquinas do centro de campos...ta difícil..."

Revista da Bloomberg com matéria sobre Eike: "Como perder uma fortuna de 34,5 bilhões de dólares em um ano"

O portal da revista Exame comenta a matéria da revista Bloomberg Businessweek que coloca a situação de Eike como inusitada e ironizando sua atual situação. Clique aqui e veja a matéria original a abaixo a repercussão no site da Exame. A tradução da capa ao lado é: "Eike: Como perder uma fortuna de 34,5 bilhões de dólares em um ano".

"A edição de hoje da Bloomberg Businessweek traz na capa um velho conhecido: Eike Batista. O ex-bilionário brasileiro é tema de reportagem que esmiúça a ascensão e queda daquele que foi um dia o homem mais rico do Brasil.

No que se anuncia como um dos maiores colapsos financeiros e pessoais da história - se não o maior -, Eike pode estar chegando a falência", afirma a revista.

Cruel, o texto brinca com a atual situação do empresário: "Dizem que o papa Francisco planeja voltar ao Brasil em breve e visitar os pobres de novo - incluindo, dessa vez, Eike Batista".

A ascensão
A reportagem assinada por Juan Pablo Spinetto retrata a ascensão e queda do grande empreendedor brasileiro nos mínimos detalhes.

O jornalista lembra a faraônica entrada em cena da OGX em 2007. O investimento de 1,3 bilhão de dólares em 21 blocos para exploração de petróleo assustou muita gente. Mas era só o começo.

Naqueles dias, Eike era mesmo um homem de sorte. A Bloomberg lembra que, em junho de 2008, o preço recorde de 145 dólares por barril de petróleo animou os investidores. Tudo dava certo demais para Eike.

A Queda
"No fim de 2010, observadores mais atentos percebiam sinais estranhos no império Batista", afirma a Bloomberg Businessweek. Segundo a revista, executivos de grandes petrolíferas chegaram a aconselhar Eike a baixar o tom. Ele não ouviu.

Em abril de 2011, informes da OGX indicavam reservas abaixo do esperado; Em maio daquele ano, Eike começou a captação de dinheiro no mercado por títulos. Em breve, 2012 chegaria com uma sucessão de más notícias.

Janeiro: produção abaixo da meta; Março: 1,1 bilhão de dólares em empréstimos e mais 2 bilhões injetados pela Mubadala; Junho: Paulo Mendonça, o doutor Óleo da OGX, é demitido. No fim daquele mês, nova decepção com as reservas do campo Tubarão Azul.

Enquanto isso, Eike prometia a todos que seria o homem mais rico do mundo até 2015.

De acordo com a reportagem, a dívida atual da OGX equivale ao valor de mercado da empresa multiplicado por 11. Hoje, a OGX informou que as reservas de Tubarão Martelo, principal campo da empresa, são de dois terços menores do que o esperado.

Citado pela Bloomberg Businessweek, o papa Francisco ainda não se manifestou sobre o calvário de Eike Batista."

"Os EUA vêm tropeçando nas próprias pernas"

Abaixo o blog transcreve comentário feito pelo advogado Marcos Filgueiras na nota em que este blog postou aqui sobre os problemas atuais enfrentados pelos EUA:

"Os EUA vêm tropeçando nas próprias pernas.
Sempre defenderam em discurso a desregulamentação da economia, mas praticam o protecionismo que permitiu o oligopólio em setores estratégicos. Petróleo, por exemplo.

Sempre defenderam o respeito à ordem e ao direito, mas é o país que mais viola o direito internacional. Vide o financiamento das ditaturas na américa latina e no mundo, invasões ilegítimas, espionagem etc. (A informação brasileira pode ser bisbilhotada em nome de um suposto interesse maior, mas o Snowden não pode)

Em nome da livre concorrência, sempre defenderam que quem não tem competência não se estabelece e que o Estado não pode ser pai de ninguém, mas, com a crise de 2008, o "Dad"-Estado americano bancou não sei quantos trilhões de dólares ao sistema financeiro privado americano.

Também defendiam que não se admitia um orçamento negativo, exatamente porque isso não seria compatível com um Estado liberal, mas agora não só admitem como praticam o orçamento negativo para pagar dívidas e fazer investimento. Salve Keynes!

Enfim, os EUA precisam repensar essa forma de "liderança" mundial. Isso para não dizer que essa hipocrisia já passou da hora de acabar.

E o pior de tudo é que ainda temos uma mídia no Brasil que acha que o que é bom para os EUA é bom para o Brasil e para o mundo. Qualquer crítica que se faça à lógica americana é coisa dos "comunas de plantão" do Brasil, atrasados, jurássicos e retrógrados. Que lástima."

Mais um pouco sobre a China e sua forma de enfrentar desafios

A matéria abaixo é extensa. Ela está publicada no ótimo portal "Outras Palavras", mas, pelo seu conteúdo, eu julguei que mais que o link ela merece ser colocada abaixo na íntegra. O caso da China em diversos campos de análise é interessante, mas, não serve para imaginar cópias (diretas ou indiretas), mas, é sempre instigante para ser analisado.
"Crise global: a alternativa da China e o que ela diz ao Brasil"
130930-China
Ao investir em infra-estrutura e serviços públicos, e estimular aumento expressivo dos salários, país sugere caminho oposto à “austeridade” europeia.
Por Antonio Martins
Ao escrever, na semana passada, sobre o sistema chinês de trens de alta velocidade, a correspondente do New York Times, Keith Bradsher, não escondeu sua admiração. Apenas cinco anos depois de inaugurada, relatou, a rede já tem quase dez mil quilômetros. Serve mais de cem cidades. O número de passageiros transportados — 54 milhões por mês — já é duas vezes maior que o de usuários dos aviões. As viagens são confortáveis, silenciosas, extremamente pontuais. O serviço atrai tanto executivos quanto operários. O preço das passagens não oscila ao sabor do mercado: políticas públicas definiram que elas deveriam custar, desde o início, no máximo metade das tarifas aéreas. Não sofreram reajustes, desde então. Como os salários industriais duplicaram, o serviço tornou-se cada vez mais popular. Os trens trafegam quase sem assentos vazios. Em Changsha, metrópole emergente no sudeste do país, de onde a repórter escreveu, a estação já tem 16 plataformas, e está sendo duplicada.
Keith não parecia preocupada com o debate de políticas macroeconômicas. Mas seu texto é uma excelente descrição das escolhas que têm permitido à China, há cinco anos, manter-se a salvo crise internacional e executar, de quebra, projetos estratégicos ousados. Vale examinar este movimento, por pelo menos dois motivos: a) ele contrasta com as políticas “de austeridade” que estão sendo adotadas em boa parte dos países ocidentais (especialmente na Europa), com consequências sociais desastrosas; b) ele demonstra que o Brasil não precisará adotar o caminho europeu, ao contrário do que sugerem, com frequência, os analistas conservadores.
O exame das opções adotadas pela China, após 2008, está presente num outro texto recente: uma análise dos últimos dados macroeconômicos do país, feita por Jim O’Neill, para a Agência Bloomberg. O’Neill é insuspeito de simpatias pelo regime chinês: trabalhou por quase vinte anos no megabanco de investimentos Goldman Sachs, chegando a ser seu economista-chefe (entre 2001 e 2011). Porém, arguto e pragmático, foi um dos primeiros economistas a perceber a importância das chamadas “economias emergentes”. Em 2001, cunhou o acrônimo BRICS.
No artigo da semana passada, ele ironiza: a China “vai desapontar os pessimistas novamente. [...] A ‘aterrissagem forçada’ [de sua economia] ainda não aconteceu, e os indicadores recentes levam-me a duvidar (não pela primeira vez) de que venha a ocorrer. [...] Desde que acompanho o país, inúmeros céticos têm previsto seu colapso. Talvez seja hora de vê-los com ceticismo…” Mas o que leva O’Neill a tais provocações?
Linhas de trem de alta velocidade, construída quase dez mil quilômetros em cinco anos
Linhas de trem de alta velocidade: quase dez mil quilômetros construidos em cinco anos
A China, diz ele, realizou com grande êxito uma transição notável, a partir de 2008. O dinamismo de sua economia apoiava-se, até então, numa notável capacidade de exportação. Seu superávit externo equivalia a 10% de seu PIB. Esta vantagem, porém, poderia converter-se em catástrofe: a queda do consumo provocada pela crise, em todo o mundo, tendia a golpear as vendas externas chinesas, com grande impacto sobre produção e emprego.
A saída foi uma importantíssima mudança de foco. A China não deixou de exportar (e, inclusive, de melhorar o perfil de suas exportações, que se tornaram mais sofisticadas). Mas adotou duas medidas audaciosas. Primeiro, um gigantesco pacote de estímulo a obras de infra-estrutura e serviços públicos. Quase 600 bilhões de dólares foram destinados a esta finalidade — em contraste com a atitude da maior parte dos governos ocidentais, que se concentrou em salvar bancos falidos. A vasta rede de trens de alta velocidade é um dos resultados deste esforço. As obras de mobilidade foram complementadas pela construção de diversas redes de metrô, nas grandes metrópoles. A correspondente do New York Times nota que, hoje mais da metade das grandes máquinas de escavação de túneis para trens urbanos opera na China.
Em paralelo, houve estímulo ao aumento dos salários. Os chineses deveriam consumir o que antes era exportado, pensaram os planejadores. Em determinado período, esta visão evoluiu para uma atitude inesperada. Os dirigentes do Partido Comunista apoiaram discretamente, em meados de 2010, uma onda de greves operárias. O superávit externo caiu para 2% do PIB. Porém, salários mais altos e serviços de infra-estrutura de alta qualidade estão produzindo mudanças nítidas na qualidade de vida dos chineses, aponta Keith Bradsher. Em Changsha, ela entrevistou pessoas que quase não podiam visitar familiares, devido à longa duração da viagem. Com as novas linhas, alguns trajetos, que exigiam um dia antes dos trens, podem agora ser cumpridos em duas horas. É quase inevitável um paralelo com o Brasil, onde as distâncias também são continentais. Que efeitos sociais teria, num país de intensa migração interna, um transporte ferroviário eficiente que ligasse as capitais do Sudeste às do Nordeste?
Mas o caso chinês torna-se ainda mais relevante quando se examina o novo debate sobre a crise econômica, já em curso no Brasil. Entre a mídia e os partidos conservadores difundem-se, com intensidade crescente, as ideias de que o país viveu anos de “gastança” do Estado; e de que medidas “populistas” tornaram inevitável um “aperto de cintos”, após as eleições de 2014.
O exemplo asiático sugere que há espaço para formular uma proposta de sentido oposto. No esforço para reduzir desigualdades seculares, o Brasil precisa de um choque de investimento em serviços públicos e infra-estrutura. Significa transformar a qualidade das redes públicas de Educação, Saúde ou incentivo à Cultura; e multiplicar os investimentos em Mobilidade Urbana, Transportes de longa distância, Habitação, Urbanização das periferias, Saneamento, Despoluição de rios, Energias renováveis e limpas.
O cumprimento destas tarefas geraria uma mobilização nacional capaz de estimular outras transformações indispensáveis. Por exemplo, geração de ocupações qualificadas; ou estímulo a formas participativas de democracia — para que a decisão sobre os investimentos não fique limitada aos circuitos que unem empreiteiras e legislativos.
Este conjunto de ações exigiria mudar a agenda política nacional, radicalizando a “inclusão social” iniciada na última década e dando-lhe novo sentido. Não se trataria mais de “integrar” novos contingentes ao padrão de desenvolvimento atual; mas de questioná-lo e, em muitos casos, inverter seus rumos (por exemplo, o estímulo ao uso do automóvel). Requer enorme esforço — para imaginar as bases do novo projeto, as forças sociais que poderiam apoiá-lo, as equações políticas necessárias para torná-lo viável.
Mas é este, precisamente, o estímulo implícito na experiência recente da China. Ela demonstra que o debate brasileiro não precisa ficar restrito à opção entre manter as conquistas já alcançadas e retroceder aos tempos do neoliberalismo. É possível ousar um novo passo — e realizá-lo com êxito.

PS.: Atualizado às 16:48: Para completar título da nota que estava incompleto.

Fábrica de chips de Eike também se dilui em MG

Do jornal Estado de Minas:

"SIX procura sócio para lugar de Eike Batista"
"Obra da fábrica de semicondutores na Grande BH perde ritmo devido à crise do Grupo EBX. BNDES busca novo investidor"
Zulmira Furbino - Publicação: 02/10/2013 06:00 Atualização: 02/10/2013 07:26

"As obras da fábrica de chips SIX Semicondutores, que está sendo erguida em Ribeirão das Neves, na Grande BH, foram desaceleradas em função dos problemas que vêm sendo enfrentados pelo grupo EBX, do empresário Eike Batista, que detém um terço das ações da companhia. A informação é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também sócio da SIX (33,02% do capital). A instituição está à procura de um novo sócio para a empresa, mas afirma que possui recursos para prosseguir com as obras por pelo menos seis meses.

“A situação não é preocupante no momento. O projeto é de grande importância para o país e tem muitos méritos. Passado o período mais difícil (para o grupo EBX), teremos um novo sócio. Esse projeto é prioritário para o BNDES”, disse o diretor da Área Industrial e de Mercado de Capitais do banco de fomento, Júlio Ramundo. Ele afirmou também que a fatia que a EBX ainda precisa aportar no projeto corresponde a cerca de 10% do total dos investimentos previstos para que a fábrica entre em operação. A instituição não informa como ficará o desenho do negócio com a entrada de um novo sócio.

O presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG), Matheus Cotta de Carvalho, informou que a instituição, como acionista do empreendimento, e o governo de Minas acompanham atentos o processo, coordenado pelo BNDES, de busca de um sócio substituto da EBX. "O caso é do máximo interesse do estado em razão de se tratar de um investimento estratégico e o ideal é que a situação seja resolvida até dezembro", afirmou."

quarta-feira, outubro 02, 2013

Alerj agora quer ouvir Eike para dar explicações sobre os problemas dos seus empreendimentos no estado

Da Assessoria de Imprensa:

"Comissão da Alerj do Porto do Açu convidará Eike Batista para dar explicações"
"A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro para acompanhar a real situação dos investimentos no Complexo Logísticos portuário do Açu e a situação dos trabalhadores e colaboradores envolvidos no empreendimentos definiu na reunião de hoje (02/10) na Alerj que o empresário Eike Batista, do Grupo OGX, e representantes do estado do Rio de Janeiro serão convocados para dar esclarecimentos.

Na reunião de instauração da comissão parlamentar presidida pelo deputado estadual Roberto Henriques também foram discutidas as diretrizes de trabalho que irão orientar as audiências públicas que ocorrerão na cidade do Rio de Janeiro e nos municípios próximos ao Complexo do Porto do Açu, como Campos dos Goytacazes e São João da Barra.

“Após ouvir meus colegas parlamentares e ponderar com os estudos realizados por técnicos e estudiosos da região, definimos que primeiro faremos um estudo global, holístico, ouvindo os representantes do governo e do Grupo OGX, para depois atuarmos pontualmente. Quando falo pontualmente, falo em olhar isoladamente o porto, o condomínio industrial e o estaleiro. Precisamos dar satisfação para a população que vem sofrendo com as especulações e insegurança quanto aos investimentos no complexo. Nos próximos dias estaremos definindo as datas das audiências”, afirmou o deputado estadual Roberto Henriques.

Além do empresário serão convocados o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, e o presidente Da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro, a Codin, a senhora Maria da Conceição Gomes Lopes Ribeiro. A ideia dos parlamentares é basear-se nos estudos já existentes sobre o Porto do Açu e procurar respostas para o término das obras e do que já está pronto.

"O grupo(EBX) vive uma crise gravíssima e paralisou os investimentos. É inaceitável que o complexo não funcione, pelos investimentos feitos, pelos problemas ecológicos e fundiários causados e os prejuízos”,afirmou o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha.

Foram eleitos pela Comissão Especial o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha como relator e a deputada estadual Rosangela Gomes como vice-presidente. A reunião contou com a presença também dos deputados estaduais Geraldo Pudim e Jânio Mendes."

Jornada Memória, Verdade e Justiça na UFF em Campos

Colaborando com a divulgação para este interessante evento:

"Jornada “Memória, Verdade e Justiça
A Comissão da Verdade do Rio e o projeto de extensão da UFF “Cultura e Política durante a Abertura” organizam a Jornada “Memória, Verdade e Justiça”. O evento será realizado entre os dias 08 a 10 de outubro em Campos dos Goytacazes, com atividades na UFF e na UENF.

A Jornada responde às atribuições da Comissão que pretende esclarecer as graves violações de direitos humanos da história recente do país.

Estarão presentes membros da Comissão da Verdade do Rio; estudiosos do tema; e militantes perseguidos durante a ditadura militar. O evento abrigará debates, exibição de filmes e relatos sobre o período ditatorial. Haverá espaço também para a discussão sobre as recentes manifestações populares e a atual política repressiva do Estado.

O evento é gratuito e não exige inscrições.


MPT homologa acordo com a PMCG que determina realização de concurso público e ações a favor da cidadania

O MPT conseguiu o que o legislativo campista não viabilizou. O acordo muito interessante por ter conseguido avançar para ações que interessam, não apenas aos trabalhadores, mas a toda a sociedade, como a obrigação de construção de parques e ciclovias, por um outro lado, ele mostra como as mediações da política estão sendo paulatinamente sendo substituídas por ações ligada a instituições diferentes daquelas dirigidas por dirigentes não escolhidos pela representação popular.

O bom e interessante acordo não invalida a necessidade de compreendermos porque o executivo de um município acorda demandas oriundas do Ministério Público abrindo mão do seu sempre repetido "poder discricionário" de decidir por programas e projetos de interesse da comunidade que dirige e não admite este debate direto com a população, por exemplo, através do orçamento participativo, ou ainda do legislativo, onde também há representantes da população.

Ao mesmo tempo que comemoro o caso, entendo que há que se refletir sobre o caso de maneira mais profunda. Iniciando a reflexão fico imaginando que, de agora em diante, outras demandas da população poderiam ser encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho para que possam ser implementadas, diante de eventuais e seguido desinteresse dos poderes executivos e legislativo locais.

Leia abaixo o release enviado pela Assessoria de Imprensa do Ministério Público do Trabalho no Estado do Rio de Janeiro:

"Acordo inédito firmado na Justiça do Trabalho entre MPT-RJ e o Município de Campos dos Goytacazes envolve quantia de aproximadamente R$ 60 milhões"

"O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ), através da Procuradoria do Trabalho no Município de Campos dos Goytacazes compareceu hoje (1º/10), após cinco meses de longas e intensas negociações, à audiência para homologação de acordo judicial inédito perante a Justiça do Trabalho, no qual o Município de Campos se compromete a executar diversas ações de cunho social e trabalhista, como a construção de parques e ciclovias e a substituição de trabalhadores terceirizados e/ou contratados temporariamente e a realização de novo concurso público para preenchimento de vagas ocupadas por terceirizados e contratados temporários em situação irregular, totalizando valor de aproximadamente R$ 60 milhões em multas pelo não cumprimento de decisões judiciais anteriores.

O acordo judicial foi firmado perante o juiz auxiliar de Conciliação em Primeiro Grau, Francisco Montenegro Neto, e o desembargador do Trabalho, Cesar Marques Carvalho. Pelo MPT-RJ estiveram presentes a autora do acordo, procuradora do Trabalho, Marcela Conrado de Farias Ribeiro, e o Procurador-chefe substituto Fábio Goulart Villela. Contou ainda com a participação do promotor de Justiça, Leandro Manhães de Lima Barreto, membro do Ministério Público Estadual, e da Procuradoria Geral do Município de Campos, na presença do procurador-geral, Matheus das Silva José.

Em abril de 2008, foi firmado acordo judicial perante a 2ª vara do trabalho, em Campos, relativo à terceirização de serviços. Entretanto, este acordo ao ser descumprido ensejou a execução de multa em valores superiores a R$ 2,1 milhões. Duas outras ações de execução foram ajuizadas na 3ª vara do Trabalho, a partir da constatação de descumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado em fevereiro de 2009, e de um termo aditivo firmado no mês seguinte, referentes à contratação temporária. A multa atualizada estava na casa dos R$ 809 milhões, devidas solidariamente pelo município e pela prefeita Rosinha Garotinho, em razão do descumprimento das obrigações de fazer e não fazer. Com o objetivo de buscar soluções efetivas para regularização das terceirizações e contratações temporárias em desacordo com o ordenamento jurídico, através da realização de concurso público, bem como reverter os valores devidos em razão do descumprimento pretérito das obrigações em proveito da sociedade, foi celebrado acordo judicial em sede de execução, o qual foi homologado perante a Coordenadoria de Apoio à Efetividade Processual do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/RJ).

O juiz e o desembargador do Trabalho consideraram o acordo judicial “histórico, um paradigma a ser seguido por outros acordos com municipalidades”. Os procuradores do Trabalho, Marcela Ribeiro e Fábio Villela, disseram que o acordo atinge a toda a sociedade campista, “de modo difuso, chegando a contemplar futuras gerações”. O acordo agora homologado possui 14 cláusulas que prevêem dentre outras obrigações a realização de concurso público e a substituição de trabalhadores terceirizados e/ ou contratados temporariamente por candidatos aprovados no concurso público realizado em junho do ano passado e no concurso público que será realizado para contemplar os cargos que não foram objeto do concurso atualmente vigente.

Pelo levantamento que o MPT-RJ realizou, atualmente, existem 1077 contratos temporários e 186 terceirizados em situação irregular. A situação deve ser regularizada entre 90 dias e 180 dias.

Os sete parágrafos da sexta cláusula “impactará na realidade social da comunidade campista, por meio da consecução e implementação de políticas públicas e serviços constitucionais essenciais”, segundo o texto do acordo judicial assinado neste dia 1º de outubro. São eles ações de comunicação para esclarecimento e conscientização da população acerca da obrigatoriedade de provimento de cargos e empregos públicos através de concurso público e das fraudes utilizadas para burlar essa obrigação; dotar o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Regional de Campos dos Goytacazes de estrutura física, equipamentos, materiais e servidores para execução do Projeto de Implantação do Centro de Referência LER/DORT; implantar projeto de profissionalização/esporte/música para jovens e adolescentes, principalmente para os que cumprem medida socioeducativa; criar parque municipal para preservação do patrimônio natural e cultural da cidade; construir 20 escolas/creches modelo e; construir ciclo faixas em diversas ruas e bicicletários a fim de viabilizar a mobilidade com segurança do cidadão através de bicicleta.

O juiz do Trabalho Francisco Montenegro Neto considerou o acordo tão relevante que o encaminhou para a ciência dos seguintes órgãos, à Advocacia Geral da União (AGU), ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), à Corregedoria do Tribunal Superior do Trabalho, ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e à Organização Internacional do Trabalho (OIT)."

Risco X

Ainda sobre o temor de que os graves problemas financeiros da OGX atinjam a OSX e também as demais empresas da holding EBX, nova matéria do Valor Online aprofundou a questão levantando e detalhando os credores das duas empresas e dívidas:



Bancos temem contaminação de ativos

Por Vinícius Pinheiro, Carolina Mandl e Talita Moreira | De São Paulo
O calote da petroleira OGX acendeu o sinal de alerta nos bancos. O principal receio é o de uma contaminação em outras empresas do grupo após a confirmação do não pagamento dos juros de uma emissão de bônus no exterior. As instituições pretendem assegurar que conseguirão acionar as garantias dos empréstimos concedidos antes do iminente pedido de recuperação judicial da OGX.
"O que pode acontecer é se acelerar a percepção de que o grupo não tem salvação", diz o executivo de um banco credor do grupo de Eike Batista. "O colapso da OGX pode levar credores a atacar ativos das demais empresas do grupo."
A movimentação dos bancos para se proteger do chamado "risco X" se intensificou na última semana, quando o Valor antecipou que a OGX não pagaria os juros de uma emissão de debêntures que era atrelada aos bônus no exterior. A inadimplência na obrigação com os investidores deve disparar cláusulas de vencimento antecipado nos financiamento detidos pela companhia, segundo uma fonte.
Em junho, os únicos bancos com exposição direta à OGX eram Itaú BBA, Santander e Morgan Stanley, que em 2012 concederam um financiamento de R$ 600 milhões para a OGX Maranhão. Com blocos de exploração em terra na bacia do Parnaíba, a empresa tem como acionistas a OGX, com uma participação de 66,7%, e a Eneva (ex-MPX), com os demais 33,3%.
Ainda não está claro se o vencimento antecipado das obrigações seria aplicável apenas após o prazo de 30 dias que a OGX tem para acertar o débito com os investidores dos bônus. "Mas ninguém vai esperar esse prazo", diz um banqueiro. O principal receio é que, nesse meio tempo, a empresa entre com pedido de recuperação judicial, o que pode dificultar a execução das garantias.
Com a provável derrocada da OGX, as atenções se voltam para o estaleiro OSX, empresa "irmã" da petroleira e na qual os bancos têm financiamentos e avais. Uma fonte a par do assunto receia que a plataforma da OSX - dada em garantia a detentores de bônus do estaleiro - possa ser integrada aos ativos da OGX em uma recuperação judicial da petroleira. Isso pioraria as condições dos credores da OSX.
Apesar disso, os credores da OSX ainda trabalham com a possibilidade de venda do estaleiro do grupo de Eike Batista. "É uma questão de tempo. Os números mostram que a companhia tem mais ativos do que passivos", diz um banqueiro. "É uma situação diferente da OGX. A OSX empregou os recursos que tomou emprestados em ativos que agora podem ser vendidos." O banco Credit Suisse foi contratado para encontrar um comprador para a companhia.
A questão, porém, é quanto tempo a companhia suporta até ser vendida. Neste mês, vencem dívidas contraídas com Caixa Econômica Federal, BNDES e com um sindicato de bancos. Em meio às tentativas de venda da OSX, os credores têm demonstrado disposição em adiar o vencimento.
O estaleiro tem uma série de dívidas que vencem neste mês, incluindo um financiamento concedido pelo BNDES, cujo saldo em junho era de R$ 548 milhões. A operação conta com garantia prestada pelo Banco Votorantim, ou seja, se a OSX não efetuar o pagamento o BNDES pode acionar a instituição, controlada pela Votorantim Finanças e pelo Banco do Brasil.
O mesmo acontece com um empréstimo de R$ 400 milhões obtido com a Caixa, que conta com garantia do Santander. Outra parcela do empréstimo, de R$ 627 milhões, tem fiança pessoal de Eike.
O risco de contaminação paira ainda sobre a holding EBX, que concedeu aval a algumas das dívidas detidas pelas empresas do grupo e que também havia tomado empréstimos. A exposição dos bancos à holding não é conhecida, mas sabe-se que os bancos aceleraram o processo de substituição das garantias nos contratos de financiamento nos últimos meses.
O objetivo foi trocar o aval, que em muitos casos eram ações de empresas do grupo X, por ativos reais. Com a desvalorização dos papéis na bolsa, alguns contratos previam a chamada de mais garantias. Ou seja, quanto maior a queda do valor de mercado, mais ações ficavam bloqueadas pelos bancos.
Parte das dívidas foi paga justamente para evitar o chamamento de garantias. É o caso da mineradora AUX, que pagou em junho US$ 550 milhões de uma dívida com Bradesco e Itaú garantida por ação de empresas do grupo.
Nas demais empresas do grupo, a possibilidade de perdas em um eventual cenário de recuperação judicial é vista como pequena. Tanto que em companhias como a Eneva e a LLX Logística, cujo controle já foi negociado, as instituições credoras não consideram a exposição em financiamentos como parte do "risco X". Procurados, os bancos informaram que não comentariam o assunto.
Para a agência de risco Fitch, a avaliação de risco dos bancos credores das empresas controladas por Eike Batista não deve ser afetada pelas dificuldades da OGX. "Não esperamos nenhuma ação negativa de rating em razão dessa situação", diz a agência.

Obama sente na pele a disputa interna

Obama conseguiu negociar com Putin da Russia, com o novo líder do do Irã e também Bashar al-Assad da Síria, mas, não conseguiu acordo interno com o partido Republicano.

O caso da recusa pelo Congresso Americano do projeto de Obama que paralisa diversos serviços americanos mostra como a disputa interna pelo poder, em qualquer país, tem poder muito maior que grandes questões políticas mundiais.

Professores da FOC suspendem greve

O professor Fabio Siqueira, presidente do Sindicato dos Professores de Campos enviou ao blog a
informação:

"Caros,
Peço favor divulgar que, reunidos em assembleia na noite de ontem (primeiro de outubro) professores (as) do campus III do UNIFLU (Faculdade de Odontologia) resolveram suspender a greve deflagrada no último dia 12 de setembro.

Em negociação com a direção da IES o comando de greve, com assessoria do Departamento jurídico do SINPRO, acordou a suspensão temporária de medidas administrativas consideradas pelos docentes incompatíveis com a dívida do centro universitário junto aos professores, referentes a 11 meses de salários atrasados,e com a ausência de reajustes salariais há mais de sete anos.
Ficou ainda prevista para janeiro a retomada das negociações em torno da pauta de reivindicações - pagamento dos salários atrasados e reajuste salarial - envolvendo a comissão permanente dos professores (as) daquele campus, o Sindicato dos Professores e as direções da Fundação Cultural de Campos e do UNIFLU.
As aulas retornam a normalidade a partir de amanhã.
Att.
Fabio Siqueira."

PS.: Atualizado às 08:52 para corrigir erro de digitação no título.

terça-feira, outubro 01, 2013

Parece que o prefeito Eduardo Paes não entendeu nada

Pela forma como tem tratado a questão do Plano de Carreira dos professores do município, a dificuldade para conversar que estabelece, a truculência que estimula, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, dá mostras de que não entendeu nada do que ocorreu no país a partir de junho.

Uma coisa é a capacidade, certamente limitada, em atender todas as reivindicações dos professores, a outra é a resistência em ceder em parte e dialogar, que é o princípio da mediação e do exercício da política, mesmo que esteja em jogo disputas políticas para além da questão corporativa.

O caso não é específico do prefeito do Rio de Janeiro. Outro(a)s prefeito(a)s seguem o equivocado caminho. A conferir os desdobramentos.

É tensa a situação de todo o grupo EBX

Além do calote da OGX (veja aqui), os problemas se ampliaram para as demais empresas. Credores estão preocupados. Presidente do BNDES diz que a empresa terá que resolver seus problemas (Veja aqui).

Abaixo matéria do Valor Online:

Cresce a tensão entre credores do Grupo EBX

Por Emily Glazer e Luciana Magalhães | The Wall Street Journal
Detentores de cerca de metade dos US$ 3,6 bilhões em dívida denominada em dólar emitida pea nova fase no rápido declínio do grupo de Eike Batista: a inadimplência. Eles podem levar um golpe se, como esperado, a OGX deixar de efetuar o pagamento de juros hoje. A inadimplência provavelmente será interpretada como o início de uma batalha que coloca, de um lado, os gestores de fundos querendo recuperar perdas e, do outro, Batista tentando preservar o máximo possível do que resta de um império que desaba.

Partilha & inflexão a partir do pré-sal

Os fatos atuais e as circunstâncias permitem que se compreenda que o estabelecimento do novo marco da regulação do petróleo, com a assunção do critério da partilha, substituindo o modelo de concessão pode ter sido o que de mais correto poderia ser feito naquele (ou mesmo neste) momento.

O esticar de corda e a não inscrição das duas americanas (Chevron e Esso) e inglesas (BP e BG), a espionagem, a matéria da revista Economist reforçam o argumento e sugerem de forma clara e límpida, a constituição de uma resistência contra o nosso país.

Está em jogo a imposição de um tensionamento. Que se estenderá às próximas eleições presidenciais e, muito provavelmente, terão outros capítulos escritos, conforme os resultados das urnas.

Há um esforço para limitar, controlar e novamente subjugar o nosso desenvolvimento. Assim como aqui, lá fora, se enxerga que se está diante de uma janela de oportunidades.

Diante das visíveis e atuais limitações americanas e europeias, há um esforço para tentar evitar uma possível e cada vez mais provável inflexão em direção aos Brics.

O leilão da ANP poderá reforçar este sentido, sem contudo, propor rompimento com as antigas alianças, mas, sobretudo, reforçando outras, num processo de ampliação da autonomia (ou de rompimento da secular dependência). Nesta linha a capa da Economist é apenas o começo de uma grande aposta. A conferir!