segunda-feira, junho 27, 2011

Informe da LLX/EBX e questões suscitadas

A assessoria de imprensa da LLX na região enviou ao blog informações sobre a capacitação de micro e pequenas empresas, que será feita pela LLX em acordo com o Sebrae e o CDL de SJB para fornecimento de produtos e serviços nas obras de construção do Superporto do Açu.

Chamou a atenção no release:

1) A informação na abertura do release da LLX “empresa de logística do Grupo EBX, do empresário Eike Batista”.

Questão: Não recordo, mas, antes os releases eram institucionais e falavam nas empresas, ou na holding EBX, sem falar em seu acionista majoritário;

2) Diz que a capacitação pretende atender mais de 800 micro e pequenas empresas do município.

Questão: onde tem estas 800 empresas todas?

3) Informa que o empreendimento do Açu terá: “área de 130 km2, terá um Complexo Industrial contíguo para a instalação de indústrias, com atração de investimentos previstos de US$ 40 bilhões.

Questão: nos releases anteriores, a área citada era de 90 Km², e era informado que equivalia a área da ilha de Manhattan, em Nova York, EUA. A pergunta é: será que está sendo considerado em um ou outro caso o Distrito Industrial que teoricamente é de propriedade da Codin, em áreas desapropriadas pelo estado?

Abaixo o release na íntegra enviado pela LLX/EBX:

LLX e SEBRAE iniciam capacitação de fornecedores para beneficiar micro e pequenas empresas de São João da Barra

A LLX, empresa de logística do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, inicia nesta terça-feira (dia 28) a primeira etapa do Programa de Capacitação de Fornecedores de São João da Barra. A iniciativa visa habilitar micro e pequenos empresários do município para fornecimento de produtos e serviços nas obras de construção do Superporto do Açu.

O Programa, realizado através de parceria com o SEBRAE e a Câmara de Dirigentes Lojistas de São João da Barra vai atender mais de 800 micro e pequenas empresas do município.

Durante o Programa de Capacitação o SEBRAE vai promover cursos para a melhoria da competitividade de micro e pequenas empresas fornecedoras (efetivas e potenciais) para inserção dessas empresas na cadeia de suprimento do Complexo Industrial do Superporto do Açu através de cursos de gestão empresarial (planejamento, qualidade, recursos humanos, processos, financeira, meio ambiente) nas empresas do setor de comércio e serviços. Para esta ação, será realizado um Censo Empresarial em São João da Barra para consolidação de base de dados que apresente os segmentos e as empresas formalmente instaladas.

Através da disseminação da cultura empreendedora, com cursos e palestras, o SEBRAE vai proporcionar orientação e capacitação para candidatos a empresários e empresários com objetivo de estimular a geração de trabalho e renda nos novos negócios ou atividades produtivas e criativas.

Superporto do Açu

O Superporto do Açu é um Complexo Portuário Privativo de Uso Misto, com dois terminais, um offshore e outro onshore, em construção em São João da Barra, norte fluminense, próximo à área responsável por 85% da produção de petróleo e gás do Brasil, sendo o maior investimento em infraestrutura portuária da América Latina. Com 17 km de píer e até 40 berços de atracação de navios.

Com um projeto inovador, que utiliza modernas práticas de engenharia, construção e operação, o Superporto do Açu será comparado aos mais modernos e eficientes portos do mundo, como os da Ásia e Europa, preparado para receber navios de grande porte, como o Capesize, VLCC e navios Chinamax, que transportam até 400 mil toneladas de carga.

Atualmente, mais de 2 mil pessoas trabalham nas obras do superporto. O empreendimento, com área de 130 km2, terá um Complexo Industrial contíguo para a instalação de indústrias, com atração de investimentos previstos de US$ 40 bilhões. A LLX possui cerca de 70 memorandos de entendimento assinados ou em negociação com empresas que querem se instalar ou movimentar cargas no superporto.

Composto por dois conjuntos de terminais com 17 km de cais: TX1, para terminais offshore, com profundidade que chega a 26 metros, e TX2, canal interno de navegação com 3,5 km de extensão, 300 m de largura e até 18 m de profundidade, o Complexo Industrial do Superporto do Açu deve movimentar cerca de 350 milhões de toneladas por ano entre exportações e importações, posicionando-se entre maiores complexos portuários do mundo.

O TX1 contará com berços dedicados a minério de ferro e petróleo. Já o TX2, contemplará 30 berços para granéis sólidos como produtos siderúrgicos, carvão, ferro gusa, escória e granito, além de granéis líquidos, carga geral e veículos. O TX2 deve movimentar cerca de 190 milhões de toneladas de produtos.

A previsão de início de operação do Superporto do Açu é para o final de 2012."

3 comentários:

Sampaio disse...

Será que já é o milagre das eleições? Eu gostaria de perguntar ao professor Roberto, ele como engenheiro, professor do IFF, não acha estranho este posicionamento agora da LLX, já que qualquer pessoa por mais leiga que possa ser, sabe que ao pensar em começar um empreendimento desta magnitude o primeiro passo e incentivar a criação de cursos, dando condições para o surgimento de profissionais que serão absorvidos pelo empreendimento, incentivar a criação por parte da iniciativa privada de micro e pequenas empresas que formaram a base do empreendimento, mas porquê só agora a LLX vai desenvolver estas ações, nós já vimos de tudo com relação ao porto do Açu, primeiro era uma termelétrica dos chineses, depois uma fábrica de automóveis, a cidade X, depois a fabrica da APPLE, um mineroduto que pelo visto vai levar bastante tempo ainda para ficar pronto. Para lembrar o porto já esta sendo construído a quase oito anos, e só vimos o Sr Eike sempre ele Batista fazer campanha para Sr prefeita Carla Machado, será que com a proximidade da eleição para a prefeitura nosso eterno amigo, Barão de São João da Barra, não já esta pensando em dá uma força para ela novamente. Do jeito que anda a carruagem o Superporto do Açu se ficar pronto em 2012, o que eu acha difícil, vai ser um elefante branco, pois não vai servir para nada.

denis disse...

Realmente para quem diz não ter ligações políticas, o grupo X está me saindo mais político do que qualquer um, relação de amizades estreitas entre as autoridades e a empresa estão cada vez mais públicas e os últimos acontecimentos mostram isso claramente. Os políticos que devem desenvolver suas regiões não o fazem e agora defendem tal empreendimento como se fosse a salvação da pátria, só quero ver quando eles tiverem em seus municípios uma população dobrada e uma arrecadação apenas um pouco maior do que a atual, o que eles vão fazer, acho que não vão conseguir manter a população em silêncio por migalhas como fazem agora, é pagar para ver mesmo!

Quanto a esse cadastro de empresas só tenho uma coisa a dizer: eles fizeram em 2007 um cadastro para trabalharem no porto, acho que a população já esqueceu, quantas pessoas daquele cadastro foram chamadas?! Grupo EBX, marketing é tudo no jogo para angariar investidores que acreditam na imprensa livre e que não chegam a olhar o empreendimento de perto e a maquiagem para uma sociedade que fica a margem do empreendimento é o jogo feito para adiar ao máximo qualquer questionamento!

Pedro Caetano disse...

Realmente que fim levou o cadastro?
Desde quando fiquei sabendo da vinda do porto aqui para o Açu (1998) e Comecei a me qualificar, nisso foram 10 anos se qualificando e não tive retorno até o momento. Me lembro que quando foi feito esse cadastro o intuito era aproveitar a mão de obra local ,mas o que vejo é exatamente o contrário,quem se qualificou se excluiu do processo visto que a mão de obra qualificada esta sendo trazida de fora;Para o pessoal do local ficou apenas o sub emprego (cargos de chão de fábrica).