sexta-feira, outubro 14, 2011

EBX continua à caça de montadoras

A empresa do empresário Eike Batista, depois de não conseguir viabilizar a instalação da Nissan no Complexo do Açu, agora parte para uma fábrica de caminhões. A marca não foi divulgada, mas, a ideia é fechar o planejamento do empreendimento que prevê uma montadora para o Açu. Lá, a montadora usaria o aço da siderúrgica, a energia elétrica das usina termelétricas, o imposto reduzido de 2% de ICMS e a logística para escoamento de sua produção pelo terminal TX-2 do Porto do Açu.

Veja abaixo, no mais recente lay-out dos empreendimentos do Complexo Logístico-industrial do Açu, apresentado a investidores neste início de outubro, que o espaço para a montadora no Distrito Industrial de São João da Barra continua lá reservado.

A nova ideia para fabricação de caminhões, se por um lado, vai na linha de acreditar no crescimento da economia do país com mais consumo pela crescente classe “C”, por outro, desvaloriza a opção do porto como alternativa mais barata e viável de transporte de mercadorias pelo litoral, onde residem mais de 70% da população brasileira, e ainda numa visão menos rodoviarista que os discursos da sustentabilidade dizem caminhar.

Fonte: Fact Sheet - Bovespa - LLX. PS.: Clique sobre a imagem para ver em tamanho maior.

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Patrícia, Carla Viana e Cris Valério da Fundação Cultural Jornalista Osvaldo Lima. Conseguiram ajudar a matar um funcionário com problemas cardíacos obrigando o mesmo a realizar tarefas que colocaram em risco a sua saúde já fragilizada. A palavra matar para forte para vocês? Pois é a única palavra que eu encontro nesse momento para falar o que aconteceu no Palácio da Cultura com o Sr. Dimas que morreu ontem e foi enterrado hoje em Campos.
Alguém vai cobrar isso de vocês!

denis disse...

Esse mega condomínio idealizado por uma empresa privada e executado sob o aval do Estado é bem interessante, mas está sendo feito como se nada lá existisse, como se fosse um deserto e que agora terá um oásis. Sabemos que o Brasil carece muito de portos, com esse conceito de porto indústria então nem se fala, mas temos que evoluir muito ainda na questão da responsabilidade social de um grande empreendimento desses, não se pode ter governos que pensem apenas no desenvolvimentismo ferrenho. Temos algumas lagoas, área de preservação que foi criada e outras que estão sendo planejadas, mas pouco se faz em relação ao turismo (aliás, tem governo que acredita que turismo rima com shows milionários).

Mas voltando ao condomínio industrial, de certo hoje temos o que? Uma siderúrgica, um estaleiro, porto de minério e as termoelétricas, sendo assim têm muita gente que quer ver para crer, ou seja, estão esperando o desenrolar do empreendimento para optarem ou não por se instalarem ali. Torço para que esse processo seja mais lento do que planejam, para dar um pouco de tempo aos governos se estruturarem, afinal se planejam 50 mil empregos e uma população de 250 mil habitantes tem uma conta que ainda não fechou. As contradições não param por ai, mas está dentro do esperado quando os números fogem da realidade.

Anônimo disse...

Uma coisa que me preocupa muito é em relação a Unidade de Tratamento de Petróleo, está dentro da área de preservação ambiental e ao lado de uma das lagoas mais preservadas do estado, qualquer possível vazamento poderá causar uma catástrofe.

Flávia Nogueira