terça-feira, outubro 23, 2018

Apesar do barril de petróleo a US$ 80, o mundo continua a extrair petróleo e a procurar menos reservas

Mesmo com a retomada de novo ciclo petro-econômico e com o novo normal de preços do  barril de petróleo no mundo em torno de US$ 80, a exploração de procura de novas reservas continua baixa. Em setembro passado, a quantidade de sondas de perfuração em operação no Brasil eram apenas 10.

Gráfico nº 6 da tese do autor, P. 112. [2],
Um quadro como versão preliminar deste gráfico
foi publicado na postagem do blog em 5 mar. 2017.
O blog publicou aqui um artigo em que mostrava as estatísticas do número de sondas contratadas no Brasil desde 2012, quando alcançou o auge com 92 unidades.

Ano passado, esse número chegou a 15 a agora em setembro caiu ainda mais para apenas 10. Equivalentes a menos de 11% do que foi a seis anos antes no auge da fase do ciclo de preços do barril de petróleo no mercado mundial.

As sondas são embarcações que realizam perfurações e preparação de poços de petróleo para a produção que a seguir será feita com interligação de equipamentos desde a cabeça dos poços às plataformas de produção.

Esse processo com algumas variações entre as nações, mostra que durante a fase de colapso de preços do barril de petróleo (entre 2014-2017), o mundo extraiu e consumiu petróleo de reservas já descobertas e deixou de procurar e preparar novos campos de petróleo para a exploração.

Assim, não é difícil imaginar que logo adiante no tempo (em torno de meia década ou um pouco mais), é muito provável que as reservas ganharão ainda mais valor assim como o preço dessa mercadoria especial que é o petróleo.

O quadro apontará para nova fase de boom de preços do barril de petróleo.

E diante desse cenário mais ou menos claro, o que o Brasil sem nenhuma estratégia vem fazendo? Entregando a preço vil as nossas colossais reservas, inclusive do pré-sal, descobertas e desenvolvidas pela Petrobras para petroleiras estrangeiras.

O argumento dos liberais era a necessidade de explorar logo e rápido as reservas com o discurso que o petróleo que lubrifica do capitalismo deixará de ser importante. Ilusão. O país pode, precisa e já até começou a ampliar a produção com energias não convencionais (eólica, solar e outras).

Porém, pelo menos para as próximas 3/4 décadas o petróleo e o gás (como matriz de transição) que no Brasil estão localizadas e são extraídas das mesas reservas e campos no litoral continuarão a ser majoritários na matriz energética do país e mundial.

Agora imagine esse processo caso o Brasil prossiga com igual e novo governo entreguista.

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