quarta-feira, outubro 03, 2018

Bancos estão se transformando em plataformas de serviços e empresas de tecnologia. Os gerentes serão apenas agentes de negócios

O aprofundamento dos processos de financeirização da vida humana, a intensificação dos uso dos cartões para recebimento de programas sociais e pagamentos de consumos estão tornando minoritários, aqueles usos de dinheiro-moeda.

A intensificação acelerada dos usos das tecnologias nestas intermediações dos negócios bancários, através dos smarphones, já transformaram os bancos, numa espécie apenas de plataforma de produtos e serviços.

Assim, os bancos se tornam, sem que nem a maioria nem dos seus funcionários percebam, em empresas de tecnologia.

Os ainda bancários (inclusive gerentes) passarão aos poucos, a serem apenas "agentes de negócios", atuando cada vez mais nas plataformas, sem necessitar sequer ir fisicamente ir às agências, que vão reduzir em quantidade ainda maior e de forma acelerada.

As áreas de tecnologia já se tornaram as próprias empresas e não mais os setores de Tecnologia da Informação (TI) dos bancos, hoje já concebidas como plataformas digitais.

Equipamentos e tecnologias consumirão cada vez mais recursos que antes era destinados ao pagamento dos bancários.

Estes agentes (ex-bancários) terão salários mais achatados e suas atividades terceirizadas.

Do lado nosso de usuários do sistema, pagamos taxas cada vez mais caras e juros cada vez maiores.

A tecnologia não é neutra e pode - deveria - estar a serviço das pessoas e não apenas dos mais ricos.

Dentro do capitalismo global esse processo cresce e não se limita ao centro do sistema.

Com os serviços bancários centralizados e globais, também nos trópicos esse processo avança.

Com governos que se preocupam apenas com os mercados e não com as pessoas como se vê no Brasil e entre muitos candidatos, tudo isso será ainda mais radical e traumático.

Sem mediação da política e dos governos a favor das pessoas, a tendência é a de se ter situações cada vez mais complexas, conflitos mais radicais e um namoro mais intenso com a precariedade e a barbárie.

Tudo isso não surge por acaso e sim através da Política.

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