quinta-feira, maio 02, 2013

Hotéis & aparts em Campos e o processo de subsitutução e controle do mercado local

O município de Campos tem hoje em funcionamento e instalados um total de 49 hotéis e aparts. Outros 5 estão em construção. Da quase meia centena em funcionamento há um total de 1.546 apartamentos e 3.479 leitos.

Com a construção das novas unidades de médio e grande porte a expectativa é que haja um aumento, no prazo de 3 a 4 anos, em torno de 50% do total de apartamentos e leitos no município.

Este aumento está ligado aos empreendimentos logísticos-industriais que estão sendo instalados na região, mas, não apenas. A grande maioria das cidades de porte médio que são polos regionais nos estados da região sul e sudeste, especialmente, estão vivenciando o mesmo movimento de ampliação da rede hoteleira com a participação de grandes grupos nacionais e internacionais.

Uma boa parte destes novos investimentos está se dando com a instalação de consórcios de investidores locais. A intenção está ligada ao que os economistas chamam de captação de excedentes de capital, em circulação nestes municípios, mais até do que a própria percepção sobre ocupação dos novos apartamentos e leitos.

De lambuja estes novos empreendimentos colocam uma pressão enorme sobre os hotéis locais que terão cada vez mais dificuldades de enfrentar a concorrência, correndo o risco de deixar os novos investidores num "novo" mercado quase oligopolizado e assim substituído.

O processo é idêntico ao que vimos ocorrer com a pressão das redes de eletrodomésticos Garson, Ponto Frio, Casa Bahia, Casa e Vídeo, sobre as casas locais Icaraí Móveis, Distribuidora Mercantil, TriSom, etc.

Agora estamos vendo o mesmo processo na área de varejo de roupas com Líder, Renner, C&A, Riachuelo, Lojas etc. O processo é idêntico para a área de utensílios domésticos, dos supermercados e das diversas franquias que começaram no setor de roupas e agora se expande desde academias e fast-food, também e cada vez mais para a área de alimentação e outras tomando conta do comércio local/regional. O setor de construção civil e imobiliário também já sofre processo semelhante.

Há quem veja este processo, aquilo que chamam de forma superficial e equivocada de progresso. Certamente não é o caso.

As cidades de porte médio no país inteiro vivem processos semelhantes, como mais ou menos intensidade, de acordo com o dinheiro em circulação na região.

No caso específico de Campos contribui para o rápido avanço deste processo de substituição do comércio e mercado local, a crescente receita dos royalties, e também ao fato histórico e anterior a estas petrorreceitas, dos bancos na cidade sempre terem sido aqui, muito mais captadores do que investidores do capital em circulação, por variados motivos, mas, que serão objetos de uma outra e posterior análise.  Acompanhemos e tomemos cuidados com o que isto significa para o nosso dia a dia.

3 comentários:

Anônimo disse...

Se os políticos que estão no comando tivessem uma visão de mercado, construiriam imediatamente um bom autódromo em Campos.

Não existe mais autódromo no Estado do Rio. O maior Estado produtor do petróleo não possui um autódromo.

Hoje no Brasil exitem diversas categorias automobilísticas profissionais. Sem contar as amadoras. Dá para ter corridas o ano todo, movimentando a economia da cidade )hotéis, restaurantes etc). Inclusive possibilitaria os track day.

Somente a Stock Cars e a Fórmula Truk, cada uma, atrai cerca de 30.000 pessoas por corrida. Atraem pessoas de toda a região.

É dinheiro de fora que circularia na região, criando um desenvolvimento sustentável nos setores envolvidos.

Gastou-se milhões no CEPOP, que só gera despesa, pois as escolas de samba dependem da prefeitura para tudo. Mas foi válido, pois o povo aprova, gosta de carnaval.

Mas é chegada a hora de se pensar em investimentos que gerem empregos, desenvolvimento sustentável.

Nos países de economia mais forte, o automobilismo esteve sempre presente, desde o século passado.

Anônimo disse...

Com certeza o comércio de Campos e São João da Barra irá sofrer grandes impactos com a crise instalada no Porto. Na última terça, a OSX recebeu representantes da CDl Campos para amenizar os rumores de crise. Com a visitas e na tentativa de omitir a realidade, as demissões previstas para o final do mês foi transferida para esta quinta e amanhã sexta. Só hoje foram cerca de 120 funcionários demitidos da AGF Engenharia, em sua maioria colaboradores da região. Amanhã, há rumos que os números cheguem a 200 funcionários da OSX.

Anônimo disse...

Além da concorrência das grandes redes, o comércio local sofre com as vendas pela internet, q também é feito por todas essas grandes redes. Eu mesmo já comprei pela internet de geladeira a vara de pesca. E na questão dos hotéis, acho q o Hotel Planície, na Rua 13 de maio está fechado.