quarta-feira, outubro 02, 2013

Obama sente na pele a disputa interna

Obama conseguiu negociar com Putin da Russia, com o novo líder do do Irã e também Bashar al-Assad da Síria, mas, não conseguiu acordo interno com o partido Republicano.

O caso da recusa pelo Congresso Americano do projeto de Obama que paralisa diversos serviços americanos mostra como a disputa interna pelo poder, em qualquer país, tem poder muito maior que grandes questões políticas mundiais.

2 comentários:

Marcus Filgueiras disse...

Roberto,

Os EUA vêm tropeçando nas próprias pernas.

Sempre defenderam em discurso a desregulamentação da economia, mas praticam o protecionismo que permitiu o oligopólio em setores estratégicos. Petróleo, por exemplo.

Sempre defenderam o respeito à ordem e ao direito, mas é o país que mais viola o direito internacional. Vide o financiamento das ditaturas na américa latina e no mundo, invasões ilegítimas, espionagem etc. (A informação brasileira pode ser bisbilhotada em nome de um suposto interesse maior, mas o Snowden não pode)

Em nome da livre concorrência, sempre defenderam que quem não tem competência não se estabelece e que o Estado não pode ser pai de ninguém, mas, com a crise de 2008, o "Dad"-Estado americano bancou não sei quantos trilhões de dólares ao sistema financeiro privado americano.

Também defendiam que não se admitia um orçamento negativo, exatamente porque isso não seria compatível com um Estado liberal, mas agora não só admitem como praticam o orçamento negativo para pagar dívidas e fazer investimento. Salve Keynes!

Enfim, os EUA precisam repensar essa forma de "liderança" mundial. Isso para não dizer que essa hipocrisia já passou da hora de acabar.

E o pior de tudo é que ainda temos uma mídia no Brasil que acha que o que é bom para os EUA é bom para o Brasil e para o mundo. Qualquer crítica que se faça à lógica americana é coisa dos "comunas de plantão" do Brasil, atrasados, jurássicos e retrógrados. Que lástima.

Abraços

Roberto Moraes disse...

Caro Marcos,

Concordo com sua opinião.

Interessante tentar ampliar este debate.

Vou publicar como nota este seu comentário.

Abs.