quarta-feira, março 07, 2018

Descomissionamento da plataforma P-33 do campo de Marlim afetará a receita dos royalties e contingente de trabalhadores

O cronograma que a Petrobras chama de "revitalização" do campo de Marlim, na Bacia de Campos foi atualizado e está prevendo o descomissionamento do FPSO P-33, com início neste ano de 2018.

A unidade de produção que tem capacidade para produzir 50 mil barris por dia de petróleo e 1,5 milhão de m³ por dia de gás natural, será substituída junto de sete outras plataformas instaladas no campo de Marlim, por dois novos FPSOs que a Petrobras ainda está licitando.

O projeto de revitalização do campo de Marlim prevê a desinstalação de outras três plataformas em 2021: P-26, P-32 e P-35. Em 2022 a Petrobras está prevendo o descomissionamento das plataformas P-18, P-19, P-20 e P-47 (mais P-37, conforme o fluxograma abaixo e informações dos trabalhadores).

O fato contribuirá para a redução temporária da produção de petróleo e gás na Bacia de Campos com a expectativa de revitalização e maior produção em Marlim na próxima década. O fato terá impacto sobre as receitas dos royalties do petróleo para os municípios, estados e União.

Esta mudança também terá impacto enorme sobre os efetivos de trabalhadores que atuma nestas unidades de produção do campo de Marlim. Hoje, a grande maioria dos trabalhadores que atua nestas plataformas é de gente da Petrobras.

O mesmo não deve acontecer depois com novas unidades de produção, da mesma forma que acontece hoje na grande maioria das plataformas da Bacia de Santos e do Pré-sal, cujo contingente é de trabalhadores terceirizados junto do contrato de operação das unidades.

O assunto está sendo objeto de análise dos trabalhadores e suas organizações para avaliar consequências desta decisão que reclamam da pouca participação dos mesmos nas decisões tomadas pelas gerências.

Abaixo o blog republica dos infográficos da matéria do site da E&P Brasil, fonte desta matéria ouvido ainda trabalhadores destas unidades. O primeiro mostra o cronograma de desativação das unidades de produção de 2016 à 2024.

O segundo, infográfico abaixo, detalham questões referentes às mudanças na chamada revitalização no que diz respeito às unidades de produção (plataformas), os poços do campo de Marlim e as demandas dos sistemas de subaquáticos (subsea) de interligação submarina entre os poços e a unidade de produção:


PS.: Atualizado às 18:36 e 18:39: Segundo informações obtidas pelo blog, o campo de Brava que faz parte da concessão de Marlim, que já foi prorrogada para 2052, também entrará neste projeto.

O blog ao obter mais informações junto aos trabalhadores do setor no ambiente offshore da Bacia de Campos, estes informam que os responsáveis pelo projeto na Petrobras, isolaram essa gerência de Marlim e de sua desmobilização para evitar que os empregados trocassem informações entre si no café.

Segundo estes mesmos trabalhadores, as portas dos andares também foram bloqueadas, só permitindo acesso aos funcionários da gerência. Se alguém não habilitado precisar acessar o andar onde ficam os trabalhadores do projeto de descomissionamento, as pessoas que atuam no setor é que tem que facultar o acesso.

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