sexta-feira, fevereiro 08, 2019

A imoralidade da dívida pública, os colossais lucros dos bancos com ela e os dividendos pagos aos acionistas que estão isentos de impostos

Segundo a "Auditoria da Dívida Cidadã" a União fechou o ano de 2018 tendo que arcar com 40,6% do total do orçamento, apenas com o pagamento de juros de sua dívida, que virou o ano em R$ 5,5 trilhões, praticamente dois orçamentos totais anuais do Brasil.

Foi pago em 2018, um total de R$ 1 trilhão de juros sobre essa dívida, valor que é equivalente à soma de todo o gasto com Previdência Social (que se quer cortar), mais todas as transferências feita aos Estados e Municípios, mais todos os gastos com Saúde e Educação.

Isso significa que o país pagou de juros aos bancos a bagatela de R$ 2,9 bilhões por dia.

Assim, o R$ 1 trilhão pago pela União em 2018 se transformaram nos lucros dos 132 bancos existentes no país.

Na terça-feira (05/022019), só os três maiores do setor privado, Unibanco, Bradesco e Santander confirmaram o lucro líquido juntos de R$ 59,695 bilhões também em 2018. 

Diante dessa farra os donos dos dinheiros anunciaram que estavam repassando os dividendos relativos ao ano passado, aos acionistas no valor de R$ 36,8 bilhões.

Sim, dividendos que é a palavrinha mágica relativos aos juros sobre o capital próprio (JCP) e recompra de ações de cerca de 62% dos seus lucros líquidos, obtido em sua maior parte pela "máquina de endividamento público" do estado.

E tem mais, desde FHC, os dividendos obtidos com esses juros sobre capital próprio não são tributados, estando, portanto, isentos de impostos e qualquer tributação.

Não há como aceitar tudo isso, diante dos seguidos cortes de direitos sociais, podas na legislação trabalhista e exigências na previdência, mantida essa realidade de lucros escorchantes dos bancos, para os quais não há paralelo, em nenhuma parte do mundo.

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