segunda-feira, junho 24, 2019

Recordes mundiais de consumo e produção de petróleo em 2018 reforçam o seu peso sobre a geopolítica

No início deste mês a BP publicou a 68ª edição a revisão estatística de 2019 sobre a energia mundial. (Statistical Review of World Energy).[1] No que diz respeito à área de petróleo e gás além dos dados e indicadores mais expressivos fazemos análises e comentários sobre evolução dos mesmos ao longo do tempo, assim como a relação com os interesses das nações e a geopolítica.

É ainda importante ainda dizer que há diferenças de tabulações entre os dados estatísticos da BP e da AIE (Agencia Internacional de Energia) que se referem à métodos de apuração e contabilização, em especial no que diz respeito às estatísticas de volume de gás, computados como m³ ou em barris de óleo equivalente que se soma aos de petróleo.

As análises sobre esses dados e indicadores relativos à produção, consumo e as reservas de petróleo, são fundamentais para uma interpretação sobre a geopolítica do petróleo (energia), como parte dos debates tanto sobre esta potente cadeia global de valor dessa fração do capital, assim como relativos à soberania, à hegemonia das nações e ainda sobre a geopolítica de uma forma ampliada.


Consumo mundial de petróleo
O relatório Statistical Review of World Energy 2019, indicou que em 2018, o mundo estabeleceu um novo recorde de consumo de petróleo de 99,8 milhões de barris por dia. É o nono ano consecutivo em que a demanda global por petróleo aumentou. A demanda por petróleo em 2018 cresceu 1,5%, acima da média de 1,2%. 

Em 2018, mais uma vez se confirmou os EUA como o maior consumidor (disparado) e também o maior produtor do mundo como será visto diante. O consumo médio de petróleo dos EUA em 2018 foi de 20,5 milhões de barris por dia (mibpd). Em 2º lugar está a China com 13,5 mibpd e em 3º lugar a Índia com 5,2 mibpd. Em 4º lugar a Arábia Saudita com 3,7 mibpd, Japão está em 5º lugar com 3,9 mibpd e a Rússia em 6º no ranking com 3,2 mibpd.

O Brasil é o sétimo maior mercado consumidor de petróleo do mundo com 3,1 mibpd, bem próximo da Rússia. Fato que também explica o interesse das petroleiras estrangeiras sobre o Brasil, mostrando que ele vai bem além do acesso às reservas do pré-sal, mas visam também chegar ao refino, às redes de distribuição e ao consumo de derivados e combustíveis.

Abaixo publicamos os dados das doze nações que mais consumiram petróleo no mundo em 2018. Para melhor visualização de como esse consumo foi relativamente pouco alterado ao longo desse período, o quadro também traz uma série histórica dos consumos dos anos de 2015, 2016 e 2017. É oportuno lembrar que esse foi o período em que houve uma grande variação nos preços do barril de petróleo no mercado internacional e mesmo assim diante dessas oscilações, praticamente, não aconteceram alterações no ranking das nações que mais consumiram petróleo na última década.



Os dados mostram ainda que o aumento geral de consumo de petróleo no mundo de 1,5%, se deve basicamente ao crescimento da demanda dos três maiores consumidores (EUA, China e Índia). Aliás, a China e a Índia tiveram uma média de crescimento do consumo de petróleo de pelo menos 5% ao ano na última década.

A região da Ásia-Pacífico tem sido o mercado de petróleo que mais cresceu na última década no mundo: crescimento médio anual de 2,7%, depois a África e o Oriente Médio. No longo prazos a China e a Índia, pela suas densidades populacionais, devem seguir como as maiores demandas de petróleo no mundo. Isso também deverá manter o movimento, já em curso de instalação de mais refinarias na Ásia (China e Índia) e também Oriente Médio.

Infográfico O Globo em 21 jun. 2019.
Matéria: "Irã derruba drone americano no golfo Pérsico".
Vale também registrar o apetite americano por petróleo que é mais de 50% superior ao da China, segundo maior consumidor mundial. Já comentamos aqui algumas vezes sobre o documentário "Pump" (bomba em inglês) do diretor Tickell [2] sobre esse vício americano e como ele foi se constituindo historicamente a partir do acordo dos Rockfellers e Ford na década de 20.

Além disso, esses dados também reforçam a explicação sobre como o capitalismo foi sendo lubrificado pelo petróleo; a hegemonia e o "império" estadunidense foram se ampliando, e desta forma, aumentando a relação com a geopolítica, quando o país hegemônico, visa ter controle sobre os demais, especialmente, sobre aqueles que possuem as maiores reservas.

Não por outro motivo, os EUA possuem hoje 30 mil militares no Oriente Médio. Veja ao lado, no infográfico publicado em O Globo, em 21/06/2019, os dados numéricos e espaciais que buscavam explicar as consequências do conflito dos EUA com o Irã naquela região rica em petróleo e gás [3].

Os EUA querem não apenas se suprir da mercadoria que mais necessita (o petróleo, a mercadoria lícita mais comercializada no mundo), como também ter segurança energética para o futuro, e por isso agem geopoliticamente, para controlar antigas reservas (Oriente Médio) e novas reservas (Pré-sal brasileiro).




Produção mundial de petróleo 
O Statistical Review da BP (WE 2019) também chamou a atenção para o novo recorde mundial de produção de petróleo em 2018, que atingiu o volume de 94,7 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), um aumento de 2,22 milhões de barris por dia em relação ao ano anterior.

Nos dados sobre produção de petróleo da BP - WE 2019 estão incluídos petróleo bruto, óleo de xisto, areias betuminosas, condensados ​​(condensado de arrendamento e condensado de gás) e LGNs (líquidos de gás natural - etano, GLP e nafta separados da produção de gás natural). Porém, estão excluídos os combustíveis líquidos de outras fontes, como biomassa e derivados de carvão e também gás natural.

Os EUA ampliaram sua liderança como o maior produtor de petróleo do mundo para um recorde de 15,3 milhões de barris diários de petróleo (bpd). Além disso, os EUA lideraram todos os países no aumento da produção em relação ao ano anterior, com um ganho de 2,18 milhões de bpd (equivalente a 98% do total de adições globais). Fato explicado pela alta produção dos EUA nas reservas de xisto com o "tight oil e o "shale oil". Quase metade da produção de 15,3 mibpd têm origem no shale oil. O que é muito expressivo e reforça no presente a volta dos EUA como grande produtor de petróleo.

Em 2º lugar no ranking de produção ficou a Arábia Saudita com 12,3 mibpd; Em 3º lugar, a Rússia com 11,4 mibpd. Esses três maiores produtores mundiais lideram esse ranking há mais de uma década. Antes esse revezamento se dava basicamente entre a Arábia Saudita e a Rússia, mas desde 2014, a produção de xisto foi se ampliando nos EUA. O Canadá com o petróleo das areias betuminosas da província de Alberta seguiu em 4º lugar. E a China, desde que o petróleo caiu de preço em 2014/2015, tirou o pé do acelerador da sua produção e simultaneamente ampliou a importação, sendo hoje o maior importador mundial, ao passar os EUA que reduziu a importação com o aumento de sua produção interna.

Nesse movimento os EUA têm perspectivas, segundo alguns analistas, de até se tornar autossuficiente em termos líquidos entre produção e consumo (óleo + gás), em torno do ano de 2023 . Sobre o futuro após 2025, há muitas incertezas, considerando a redução das reservas de xisto que são rapidamente se exaurem depois que as jazidas são rompidas pelo fracking. [4] Há quem veja nesse temor, o fato dos EUA ampliarem o seu controle hegemônico sobre os países com grande reservas, numa disputa que envolve os riscos e a disputa com os países dos Brics.

O Brasil vem subindo, paulatinamente no ranking dos maiores produtores mundiais tendo ficado em 2018 na décima posição, ao ultrapassar o México e a Venezuela, se situando bem próximo da produção do Kuwait, um dos fortes produtores do Oriente Médio.

Nesse sentido o Brasil desde a descoberta do pré-sal, a maior fronteira petrolífera descoberta na última década do mundo (com seis dos dez maiores campos de petróleo), o país entrou no radar da geopolítica do petróleo. Tem uma produção crescente (10ª maior), sendo ainda o 7º maior mercado consumidor do mundo e com um enorme mercado de combustíveis e derivados. Lembrando que o Brasil explorou até aqui pouco mais de 1% de toda as reservas estimadas do Pré-sal (Veja nota do blog aqui em 18 jun. 2018). [4-1] Abaixo o quadro dos maiores produtores mundiais de petróleo e gás.


O ciclo de preços do petróleo e sua relação com o movimento de um setor de escala global - O ciclo petro-econômico e a geopolítica que o envolve [5]

Ao relembrar um período mais longo, um pouco antes da crise financeira de 2008, os preços globais do petróleo chegaram próximos a US$ 150 por barril. Depois, durante a crise do subprime (entre 2008 e 2009), os preços caíram para um patamar de US$ 40. Porém, rapidamente depois, entre 2010 e 2013, pela primeira vez na história, os preços do barril de petróleo, oscilaram sempre acima de US$ 100 o barril. Depois a partir de 2014 e 2015, veio a fase de colapso co ciclo petro-econômico, quando ele chegou a cair a US$ 27 o barril.

Ainda assim, desde então, a produção mundial de petróleo aumentou em 11,6 milhões de bpd. No mesmo período, a produção de petróleo dos EUA aumentou em 8,5 milhões de bpd - equivalente a 73,2% do aumento global da produção. Assim, se percebe que sem o boom do petróleo de xisto nos EUA, os preços do petróleo nunca teriam caído para menos de US$ 100, o barril. 

Aqui há contradições que precisam ser melhor compreendidas. A intervenção no ciclo de preços mundial do petróleo no final de 2014 interessava aos EUA e à Arábia Saudita. Aos EUA para segurar o impulso da Rússia e a força de Putin que voltava para novas articulações, em direção ao leste, por conta dos grandes excedentes que estava obtendo com a venda de petróleo a um valor acima de US$ 100, o barril. Além disso, os EUA também quebrava as ações da Venezuela de Chaves, e de quebra, mas não menos importante, tumultuaria o Brasil (lembrem de 2013 e da NSA em 2014) que avançava rapidamente na exploração do pré-sal, onde o golpe institucional parece ter sido parte dessa estratégia.

Da parte da Arábia Saudita, ela interessava criar dificuldades para o seu arqui-rial, o Irã, que na ocasião estava voltando ao mercado de petróleo após a suspensão do anterior embargo dos EUA. Assim, o Irá pretendia retomar os espaços que tinha de comércio com outras nações, que haviam trocado o fornecimento para a Arábia Saudita. Além disso, os sauditas ainda testavam os limites mínimos de custo de produção e ponto de equilíbrio (break-even) do óleo de xisto americano (seu parceiro no geral) e do pré-sal brasileiro, onde se dizia que o custo de um barril chegaria a US$ 75 e hoje se vê a US$ 8, líquido e incluindo os custos do dinheiros e participações governamentais (royalties) oscila em torno de US$ 25.. 

Pois bem, em 2019, decorridos cinco anos desta intervenção geopolítica no ciclo petro-econômico, a Arábia Saudita manteve o seu mercado, mas de outro lado, percebeu que a redução dos custos de contratos, o aumento da produtividade com novas tecnologias entre outras razões levaram tanto o pré-sal brasileiro, quanto o xisto americano a produzir muito mais e a custos bem menores. 

No caso brasileiro um colosso de produtividade nunca antes sequer sonhada. Já no caso dos EUA com a injeção de bilhões de dólares dos fundos private equity americanos junto com o relaxamento das exigências ambientais dos órgão reguladores, a expansão da produção de óleo de xisto e shale gas, também se expandiu a um nível também inimaginável, a pontos dos EUA, pela primeira vez, ter passado a autorizar a exportação de petróleo.
   
Nessa toada a Arábia Saudita vem se mantendo como segundo maior produtor, com 12,3 milhões de barris por dia, deixando de ser um regulador do mercado como antes, mas ainda forte player. A Rússia está em terceiro no ranking com uma produção de 11,4 milhões de barris por dia. O Canadá acrescentou a segunda maior produção do mundo, com um ganho de 410.000 bpd em relação a 2017. Isso foi um pouco à frente do aumento de 395.000 bpd da Arábia Saudita.

Essa nova situação dos EUA com uma produção bem maior, também vem ajudando a produzir uma relação (não esperada) maior entre Arábia Saudita e Rússia, com negócios na área de petróleo, refinarias, petroquímicas e outras infraestruturas. Antes, com o alinhamento da A.S. com os EUA que envolve proteção militar isso nunca ocorreu, com os EUA protegendo os sauditas e fazendo questão de não entender e enxergar a ditadura vigente. Agora com a A.S. disputando com os EUA a supremacia na produção mundial de petróleo e a Rússia tendo entrado em disputas no Oriente Médio que interessam os sauditas, essa equação se tornou mais complexa e menos automática.

Observando os números do lado das nações produtoras de petróleo, há que se observar os declínios da Venezuela (-582 mil de bpd), Irã (-308 mil bpd), México (-156 mil bpd), Angola (-143 mil bpd) e Noruega (-119 mil bpd) foram também compensados por essa maior oferta americana, russa, saudita e até brasileira. 

É também oportuno comentar que as diferenças entre os números do consumo mundial (99,8 milhões de barris por dia) e as estatísticas mundiais de produção (94,7 milhões de barris de petróleo por dia) se devem a alterações nos estoques, consumo de aditivos não-petrolíferos e combustíveis substitutos, assim como aquilo que a BP chama de "disparidades inevitáveis ​​na definição, medição ou conversão de dados de oferta e demanda de petróleo".

Para uma melhor visualização espacial sobre a movimentação e fluxos de petróleo cru pelo mundo, abaixo apresentamos um mapa que mostra as origens e os destinos do óleo entre nações produtoras, exportadoras, beneficiadoras e importadoras em todo o mundo. Os números entre as setas dos fluxos indicam os volumes em toneladas que é como os EUA consideram os volumes de óleo bruto.

Mapa da movimentação de petróleo cru no mundo em 2018: em milhões de toneladas.
Fonte: Statistical Review of World Energy - 2019. p.29/62.
























O aumento da produção mundial de gás natural (GN) e a enorme produção/exportação de gás liquefeito (LNG) nos EUA: o combustível de transição na matriz energética mundial [6]

Este ano, pela primeira vez, o relatório Statistical Review of World Energy da BP fez um relato da contribuição para a produção global de petróleo em função do gás natural liquefeito (GNL). A produção de GNL dos EUA é de longe a mais alta de qualquer país, com 4,3 milhões de bpd (um subproduto do boom do gás de xisto).

Isso é mais do que todo o Oriente Médio e responde por 37,6% da produção global total de GNL. Em parte o GN vai subtraindo a produção global de petróleo. Em termos apenas da produção de gás, a maior do mundo ainda é da Rússia com 11,2 milhões de bpd; seguido de perto pelo EUA com 11,0 milhões de bpd. Em terceiro a Arábia Saudita com 10,5 milhões de bpd. 

O aumento da produção de gás pelos EUA ampliou a disputa com a Rússia para fornecimento a outras partes do mundo como Europa e Ásia. Antes a exportação de gás se dava apenas através dos pipelines (dutos) e dessa forma a Rússia abastecia praticamente toda a Europa e uma parte da Ásia. Com o relativo barateamento das unidades de liquefação (LNG), o transporte do gás natural sob a forma líquida se expandiu, beneficiando atualmente os EUA a partir especialmente das exportações no porto da Louisiana, através dos navios gaseiros. Abaixo um mapa dos fluxos (comércio) de Gás natural (GN) e Gás Natural Liquefeito (LNG) - em bilhões de m³ no mundo em 2018.

Mapa dos fluxos (comércio) de Gás Natural e GNL em 2018: em bilhões de metro cúbicos.
Fonte: Statistical Review of World Energy - 2019. p.41/62.

























O relatório Statistical Review of World Energy da BP informou ainda que as reservas globais de petróleo/gás comprovadas aumentaram apenas 0,1%, para 1,73 trilhão de barris. 

O fato mostra aquilo que já vem sendo comentado. A produção continua avançando em ritmo maior do que as descobertas de novas reservas. E em segundo lugar, está cada vez mais caro prospectar novas reservas, que ainda se encontram majoritariamente nas mãos das petroleiras estatais (NOCs). A petroleiras privadas (IOCs) preferem gastar menos com exploração e investir depois em acesso aos governos e negócios com as petroleiras estatais, e/ou na privatização ou contratos de concessão para a exploração. 

Vale ainda lembrar que ainda existem enormes questionamentos sobre o que efetivamente se tratam as reservas provadas e o que de fato existe de petróleo nos campos. O volume e o potencial efetivamente só são confirmados depois dos TLD (Testes de Longa Duração), que acontecem já com o início da produção, quando as variáveis analisadas com a produção real e não indicadores permitem ter com maior precisão o potencial efetivo de produção e e reservas dos poços e campos de petróleo.


Considerações finais
Por fim, como se vê, esse setor econômico (cadeia produtiva global, ou fração do capital) tem enorme potência em várias escalas e dimensões que envolve para além da econômica, a política, geopolítica, financeira, ambiental, industrial equipamentos e instalações (refinarias, petroquímicas, dutos, portos, navios, apoio offshore, tecnológica-industrial, empregos, social, etc. 

Entender estas dimensões geopolíticas, econômicas, territoriais e de infraestruturais do petróleo, amplia também a capacidade de se avaliar o capitalismo contemporâneo e as hipóteses e limites de desenvolvimento dos Estados-nações. É um setor concentrador de poder e riqueza. O capitalismo tem sido intensamente lubrificado pelo petróleo, como diz o professor alemão Elmar Altvater (2010)[7]. 

É um setor da economia onde os oligopólios e as cadeias globais de produção atuam com enorme força. Elas dificultam e muitas vezes impedem que projetos nacionais integrados se desenvolvam. O desmonte e as privatizações de parte das atividades dessa cadeia - que é desenvolvida autonomamente nas nações - tendem a ser engolidas e controladas globalmente.

Por isso, eu tenho sustentado a interpretação de que essa fração do capital - petróleo - talvez seja, a ideal para investigar os motivos da “redefinição das escalas” e de suas consequências sobre as relações de poder Estado), econômico, político, social e o capitalismo contemporâneo.

Essa fração do capital induz a criação e/ou adensamento de circuitos econômicos extensos - e mais o menos densos - que atuam sobre o território criando dinâmicas que tanto faz circular rendas como apropriá-las para o andar superior onde estão os donos dos dinheiros.

[2] Documentário Pump. 2014. Josh Tickell e Rebecca Harrell Tickell. Informações sobre o filme na Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Pump_(film)

[3] Matéria em O Globo, 21 de jun. 2019. Irã derruba drone americano no golfo Pérsico. Disponível em: https://oglobo.globo.com/mundo/ira-derruba-drone-americano-no-golfo-persico-trump-chama-de-erro-grande-mas-depois-ameniza-23753187

[4] Postagem do blog em 13 de dezembro de 2018. A disputa por narrativas sobre a hipótese da autossuficiência americana por energia. Disponível em: http://www.robertomoraes.com.br/2018/12/a-disputa-por-narrativas-sobre-hipotese.html

[4.1] Postagem do blog em 18.jun. 2019. Toda a reserva do Pré-sal equivale a 7 vezes o PIB. Só 1% foi extraído e boa parte está sendo entregue. Disponível em: https://www.robertomoraes.com.br/2019/06/toda-reserva-do-pre-sal-equivale-7.html

[5] Sobre Ciclo Petro-Econômico ver tese do autor defendida em mar. 2017, no PPFH-UERJ: “A relação transescalar e multidimensional “Petróleo-porto” como produtora de novas territorialidades”. Disponível no Banco de Teses da UERJ: http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/processaPesquisa.php?pesqExecutada=1&id=7433&PHPSESSID=5vd3hsifip5hdg3n1icb57l9m6

[6] Mais detalhes sobre o aumento do papel estratégico do uso do LGN no mundo pode ser visto aqui na postagem do blog feita em 11 de jul de 2016, com o título: A ampliação do poder estratégico e geopolítico do Gás Natural (GNL) na matriz energética mundial. No texto que é um artigo há várias referências e outras postagens que falam do aumento do poder estratégico do gás natural na matriz energética mundial e na geopolítica.
Disponível em: http://www.robertomoraes.com.br/2016/07/a-ampliacao-do-poder-estrategico-e.html

[7] ALTVATER, Elmar. O fim do capitalismo como o conhecemos. 1. ed. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2010. 364p.

RAPIER, Robert. The US accounted for 98% of global oil production growth in 2018. Peak Oil. 23 ju. 2019. Disponível em: https://peakoil.com/production/robert-rapier-the-us-accounted-for-98-of-global-oil-production-growth-in-2018


PS.: Atualizado às 02:24 de 26/06/2019: Alertado pelos comentários feitos pelo professor Marcelo Simas e Marco Aurélio -Taquil, o blog corrige a edição original, que repetiu o quadro das nações que são os maiores consumidores, onde deveria estar o quadro das nações que mais produzem petróleo. Agradeço o alerta e as boas referências ao texto-análise. Correção feita.

PS.: Atualização às 03:12: Esclarecendo um pouco mais e ajustando o texto que ficou confuso. Os dados da produção de petróleo não incluem a produção de gás natural. Portanto no quadro da produção não são de barris de óleo equivalentes por dia (boepd) e sim de barris por dia (bpd) apenas de petróleo.
Assim foi incluído no texto acima a observação que "os dados sobre produção de petróleo da BP - WE 2019 estão incluídos petróleo bruto, óleo de xisto, areias betuminosas, condensados ​​(condensado de arrendamento e condensado de gás) e LGNs (líquidos de gás natural - etano, GLP e nafta separados da produção de gás natural). Porém, estão excluídos os combustíveis líquidos de outras fontes, como biomassa e derivados de carvão e também gás natural". No caso da produção do Brasil e outros países essa alteração não é grande, mas nos EUA sim, onde há muito óleo da origem de xisto, também conhecido como "tight oil" ou "shale oil".

PS.: Atualizado às 13:02: Para alguns acréscimos ao texto original.

6 comentários:

Unknown disse...

Caro Roberto,
Parabens pela brilhante analise geopolitica.
Recomendo apenas alterar a tabela da
Produçao mundial que esta igual a
do Consumo Mundial do petroleo.

Prof. Marcelo Simas
Universidade Petrobras

Unknown disse...

Ótima análise, professor!
Já sou seu fã!
Conheci seus trabalhos através do seu aluno Jorjan, que sempre trás boas contribuições às discussões nos grupos petroleiros que fazemos parte.
Muitas, são baseadas em textos seus.
Só alertaria neste presente texto para a repetição da tabela dos maiores consumidores e à falta da tabela dos maiores produtores.
Um lapso, certamente.

Sugiro a reedição deste ótimo trabalho, com esta retificação.

Boa sorte!
E a luta continua...

Saudações!

Marco Aurelio - Taquil

Roberto Moraes disse...

Agradeço o alerta do professor Marcelo Simas e Marco Aurélio -Taquil, sobre a edição original, que repetiu o quadro das nações que são os maiores consumidores, onde deveria estar o quadro das nações que mais produzem petróleo. Agradeço o alerta e as boas referências ao texto-análise.

O esforço aqui foi o de tentar atualizar os dados das estatísticas mundiais que interferem na geopolítica da energia e buscar (na medida do possível) uma síntese que ajude a ampliar o entendimento sobre essa questão que tem fortes implicações na política no Brasil.

Abraços.

Romulo Garcia disse...

Bom dia Roberto, muito boa sua análise, apesar de não entender quase nada sobre, adoro a leitura em sua página, e gostaria de saber oque o Sr acha da abertura de Mercado do Gás Natural que esse novo Governo diz querer fazer...

Obrigado.

Roberto Moraes disse...

Caro Romulo Garcia,

Sobre a abertura do setor de gás natural, eu ontem publiquei no meu perfil no Facebook, um texto-desabafo sobre esse absurdo.

Considerando o seu comentário, eu resolvi trazer este texto também para o blog que consta do link abaixo:
"A abertura (entrega) descarada do setor de gás no Brasil é um novo crime de lesa-pátria"

https://www.robertomoraes.com.br/2019/06/a-abertura-entrega-descarada-do-setor.html

Abs.

Romulo Garcia disse...

Obrigado professor.