sábado, abril 17, 2010

A eleição, a questão da continuidade e as possibilidades...

A avaliação abaixo é do Josias de Souza do Portal da UOL: “A sucessão é guiada pelo signo da continuidade. Dilma leva à vitrine o que foi feito. Serra aferra-se à cantilena de que pode fazer mais. Para compreender o que está por vir, o observador deve prestar atenção a um dado periférico da pesquisa. O Datafolha informa, desde dezembro, que há na praça algo como 14% de eleitores que reúnem três características básicas. Declaram que, com certeza, votariam no candidato apoiado por Lula. Não são, ainda, eleitores de Dilma. Nem sabem que ela é candidata. O grosso desse eleitorado está assentado no Nordeste. É gente pobre, com pouco ou nenhum acesso à informação. Pois bem, suponha-se que esses eleitores, ao tomar conhecimento da existência de Dilma, optem por votar nela. A candidata de Lula vai a 42%. Foi precisamente com esse percentual de votos (42%) que Lula prevaleceu sobre Serra no segundo turno de 2002. Em 2006, Lula bateu o tucano Geraldo Alckmin, também no segundo round, com 44,5%. Não é por outra razão que Serra joga suas fichas no estreitamento de relações com Aécio Neves, o grão-duque do tucanato de Minas Gerais. Serra pretende retirar das urnas de São Paulo e de Minas, os dois maiores colégios eleitorais do país, os votos que lhe faltarão no Nordeste... ...Para seduzir os 14% que se dispõem a votar no nome indicado pelo presidente superpopular, o "oposicionista" Serra terá de operar uma mágica: vender a ideia de que é mais continuísta que a própria Dilma.”

Um comentário:

Anônimo disse...

Apostar no continuísmo, não se identificar com FHC é o que Serra tem demonstrado, ou não?
Angeline Coimbra - Blog O Vagalume