segunda-feira, novembro 17, 2014

Possíveis consequências para a região da operação Lava a Jato

A primeira é relativa ao setor naval e possibilidades junto ao Porto do Açu e, talvez, junto ao projeto de Barra do Furado, se este conseguir resolver alguns de seus problemas estruturais. Como se sabe uma boa parte dos empreiteiros detidos na operação Lava a Jato são prestadores de serviços da Petrobras e um dos setores mais atingido é o de empresas que atuam no setor de construção naval.

Tendo em vista a demanda por embarcações e plataformas para dar conta da exploração na camada do pré-sal e a possível inviabilização de participação de algumas delas, depois dos problemas que as investigações estão levantando, é possível estimar que outros atores e estaleiros assumam projetos antigos e novos. O fato pode vir a confirmar o uso da área da UCN no Açu para estes projetos. Os que acompanham o blog sabem das alternativas.

A segunda também relacionada ao setor naval, se refere a um empreendimento já instalado no Açu. Trata-se do Consórcio Integra (Mendes Jr e OSX). A prisão do vice-presidente da Mendes Junior, Sérgio Cunha Mendes, pode alterar o curso do Consórcio Integra que atua na montagem da plataforma, P-67, junto ao terminal 2 do Porto do Açu.

O Consórcio Integra tem a participação da OSX, além da Mendes Jr. Porém, como a primeira está em processo de recuperação judicial, a relação no empreendimento de montagem naval tem sido basicamente de ceder área junto ao Porto do Açu, na entrada do canal do Terminal 2 para a montagem dos módulos da plataforma.

Segundo apurou o blog, outro FPSO, a P-70 que também teria módulos montados pelo Consórcio Integra no Açu, onde seria também integrado ao casco do navio para se transformar numa plataforma tipo FPSO, já estaria sendo redirecionado pela Sete Brasil para ser montado na China.

A última conseqüência possível seria a de saber até onde a prisão do diretor-geral de desenvolvimento comercial da Vital Engenharia, Othon Zanoide de Moraes Filho, empresa do grupo Queiroz Galvão pode trazer informações sobre eventuais problemas em outros contratos desta empresa.

Como se sabe, a Vital Engenharia é prestadora de serviços junto à Prefeitura de Campos dos Goytacazes na área de Limpeza Pública e Lixo. Na PMCG, a Vital Engenharia possui um contrato que está em vigência há mais de oito anos, com valor anual próximo dos R$ 100 milhões. Como também se sabe o presidente do grupo Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho também foi detido na Operação Lava a Jato.

A conferir!

9 comentários:

José Luis Vianna da Cruz disse...

Esse fato é extremamente importante. Por tabela mexe com os novos terminais que estão sendo planejados para o país, inclusive o ERJ, como o TEPOR, em Macaé, da Queiros Galvão. E a VITAL mexe com Campos. Vamos acompanhar

Anônimo disse...

Não tem outra forma de resolver. Os fatos têm que ser apurados. Doa a quem doer. Que tenha as consequências que tiverem que ter.

O Brasil não pode continuar como está. Tudo tem que ser apurado. Não há dinheiro que chegue. É imposto em cima de imposto, e o dinheiro nunca dá, querem mais e mais porque tem comissão para políticos.

E falta saúde, educação, segurança. A situação está insuportável.

Tem que haver um basta nisso tudo.

O caso de Campos é exemplar para a situação esdrúxula em que nos encontramos. Um orçamento anual na casa dos bilhões de reais e faltando tudo na cidade.

Anônimo disse...

Aqui em Campos, segundo informações que dever ser averiguadas pelas autoridades competentes, funciona um esquema análogo ao da PETROBRAS.
Existe um sindicato das Empreiteiras que organiza uma fila para realização de obras publicas.
É só retirar o edital e comparecer a uma visita técnica para ser convidado a participar do esquema.

Anônimo disse...

Quando a PF vai deflagrar a operação Pequeno Principe?????

Acorda Campos.

Anônimo disse...

Caro, Roberto, o senhor que está há meses, nessa maratona de pesquisas, sobre países europeus,implicações de governanças, políticas sociais, industriais e financeiras. Com um olhar, mais apurado, existe comparação, da extensão(magnitude) dessa mega-corrupção envolvendo empresas estatais brasileiras(Petrobras), com alguma empresa estatal européia e quais as consequências finais

Roberto Moraes disse...

Toda a semana surgem casos semelhantes em licitações de infraestrutura e assemelhados. Aqui no blog e em emeu perfil no FB falei sobre alguns deles.

A apuração é que aprece diversa. Aqui parece se dar basicamente nos tribunais, enquanto no Brasil, me parece que com atuação (não engavetadora) do MPF e da Polícia Federal os detalhes antes de chegar ao Judiciário vêm sendo com ação do próprio executivo bastante produtivo.

Além disso, nossa nova lei punindo os corruptores e não apenas os corruptos, parece ser bom exemplo, para estes problemas em todo o mundo. Os empresários não gostam disto em nenhum lugar do mundo.

Porém, os problemas da relação privada x agente público é complexa em todo o mundo. Isto alia à questão política e exige reformas políticas que nem sempre se quer fazer, como é o caso da suspensão do financiamento de campanha por empresas que o ministro Gilmar Mendes está sentado sobre ela há mais de um semestre.

Enfim, há sim problemas semelhantes em todo o mundo e há muito tempo. Porém coragem para enfrentar tem sido pouca. Aliás o caso da Petrobras vem desde a década de 90 como os empresários estão detalhando nos depoimentos.

Acho que o país sairá melhor depois de todo este processo.

Vamos continuar acompanhando.

Anônimo disse...

Um absurdo aconteceu hoje.

A Câmara Municipal de Campos autorizando a Prefeitura a antecipar receitas entregando os royalties até 2016.

Vergonha!

Recebem milhões de reais por mês e ainda estão devendo? Sem fazer nada para a cidade? Para onde foram parar os recursos?

E ainda estão querendo colocar o nome dos devedores de IPTU no SERASA! Que covardia!!!

Anônimo disse...

O mais incrível de tudo é acreditar que o ex-presidente e a atual não sabiam de nada!!! Podemos concluir que como gestores eles são bem fracos!

Anônimo disse...

FHC também não sabia dos esquemas na Petrobras e nem das privatizações. Petrobrax de Reitchsul

Muito menos das compras de votos da reeleição?