terça-feira, outubro 05, 2004

O que restou?

Ao contrário do que foi veiculado na coluna Painel Político de Saulo Pessanha (que anda bebendo desta fonte sem citá-la) Makoul não foi vítima de uma nominata fraca. Ele foi parte desta decisão de passar por cima de outras opiniões usando a maioria partidária do presidente. A decisão de afastar outros setores do partido com esta posição (por mim alertada) embora legal, sob o ponto de vista estatutário, se mostrou como alertado, profundamente equivocada sob o ponto de vista político partidário. Por diversas vezes afirmamos que o partido não faria nenhum vereador naquela situação. Sem aliança e isolado seria impossível. Faltaram 8.601 votos para se conseguir fazer um vereador. O PT fez 6.210 votos que nem duplicados alcançaria o quociente mínimo de 14.888. A votação de 33.628 votos, sem dúvida expressiva, a que serviu ou serve? Com apenas 4 candidaturas, grande tempo na televisão, com a divisão da força política, até então hegemônica e a predominância no debate eleitoral de um discurso oposicionista neste primeiro turno o resultado, só não foi natural, porque nele também há méritos do candidato. Seria tola e intolerante uma avaliação diferente desta. Mas a pergunta que não quer calar: a que serviu esta votação? O que restou dela? A escolha de Sofia? Um projeto partidário consistente necessita de uma base de vereadores e de união partidária com construção coletiva, sem imposição de maiorias artificiais, sem isso, estas e outras votações individuais servirão apenas para massagear o ego e para o atendimento de vaidades compreensíveis, quando se trata de indivíduos, mas inaceitável quando se depende de um coletivo para a construção de um projeto político alternativo, que pretenda alcançar maioria e empolgar a população, sem a qual todas as vaidades serão enterradas.

2 comentários:

Roberto Moraes disse...

Fátima, valeu pelo comentário. Quanto ao PT de Campos sinceramente não sei dizer. Gostaria imensamente que fossem criadas condições para uma convivência harmoniosa para a estruturação de um projeto coletivo sério e competente. Tenho certeza que temos com o que contribuir para a nossa cidade que tanto necessita. É preciso ter humildade para aprender as lições originadas nas urnas. A análise dos fatos pode ajudar a produzir estas ações.

Roberto Moraes disse...

Fátima, valeu pelo comentário. Quanto ao PT de Campos sinceramente não sei dizer. Gostaria imensamente que fossem criadas condições para uma convivência harmoniosa para a estruturação de um projeto coletivo sério e competente. Tenho certeza que temos com o que contribuir para a nossa cidade que tanto necessita. É preciso ter humildade para aprender as lições originadas nas urnas. A análise dos fatos pode ajudar a produzir estas ações.