sábado, julho 22, 2006

Mil ou milhão & profana fé

Mais uma no jornal Folha da Manhã. No seu caderno Folha Dois, a matéria sobre o Museu Casa de Quissamã fala que a casa recém-reinaugurada atingiu a marca de “1 milhão de visitantes”. Antes de chegar ao texto já é possível ver no subtítulo se tratar do milésimo visitante na excelente iniciativa no campo cultural da região. Seria mais que um record se todos os habitantes da região, inferior ao milhão, pudesse ser ajudado por turistas de outras praças para chegar à marca do título da matéria. A outra observação não se trata de equívoco, porém, de sensibilidade. Falo do caderno de classificados. Não é o caso de um falso pudor, mas acredito que de respeito. Será que atrapalha muito a parte comercial colocar em espaços diferentes, os anúncios de “encontros pessoais”e os de “missas & notas de falecimento e orações”? No jornal de hoje, ao lado da foto e do aviso da missa de quatro falecidos, diversos anúncios e entre estes: “Kelly – morena alta, cabelos compridos, coxas grossas, bumbum empinadinho, magra, muito gostosa, sou universitária, 20 aninhos, faço muito gostoso, com certeza você não vai se arrepender, me liga...” Poderia ser considerado humor de baixo nível se o leitor compreendesse nesta junção, a leitura nas entrelinhas de uma subliminar mensagem religiosa que lembrasse uma das passagens do Cristo: "levanta-te e anda!"

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