terça-feira, janeiro 07, 2014

A ditadura do dinheiro trocou a maneira como vivemos!

Este é um tema que tem absorvido minha atenção. De forma circular relaciono o assunto à nossa vida cotidiana. As poucas coisas que ainda podemos fazer sem dinheiro parecem mais densas e atraentes do que as que são trocadas pelo vil metal.

A fluidez do sistema bancário é estranha e parece sustentada por um sistema ideológico que se apoia na ideia da existência de um suporte que em alguns casos pode não funcionar. Esta ideia é tirana porque invisível e abstrata.

No fundo, este questionamento remete a um debate que também me persegue nesta peregrinação no campo da economia política: o valor de uso e o valor de troca.

Há coisas que só possuem valor de uso. Outras só de troca, como o caso do dinheiro. Há outras que possuem valor em um e/ou outro caso.

Quem tem o instrumento de troca à mão pensa quase sempre, baseado nas trocas, ou em suas possibilidades.

Quem não tem posses e nem o instrumento de troca (dinheiro) só pensa e raciocina na lógica do uso. As coisas todas valem ou não pelos seus usos. O que não se usa não tem valor nesta lógica.

A lógica de quem tem posses (propriedades) é outra. Pensa-se em guardar, em trocar, em criar necessidade para valorar o que não pensa em usar (especulação) e segue assim, a sina e a tirania do dinheiro na sua busca de acumulação.

Interessante observar como funciona esta tirania em coisas que seriam básicas para qualquer ser humano na vida em sociedade. Cito dois exemplos: moradia e saúde.

O direito à moradia é ou deveria ser soberano e diferente do direito à casa própria. A casa própria remete à ideia da propriedade e da troca num futuro imediato ou mais distante, mas, a lógica passa ser a troca e não o uso.

Para entender melhor do que estou falando raciocine sobre sua moradia. Sei que ela tem valor diverso conforme o porte, a localização, a estrutura, etc. Se esforce e pense nela como local de convivência, de construção familiar, de espaço para repouso, para alimentação, ou seja, para a vida. Nesta lógica ela não tem valor ou tem o maior valor do mundo.

Na lógica da troca ela vale o que o que o sistema estabelece como valor, status, comparação, etc. Esta lógica é diversa à vida, embora, no sistema em que vivemos já tenha passado a fazer parte da nossa forma de viver e da forma como acabamos por ver o mundo e naturalizar coisas e questões que não deveriam ser assim naturalizadas ou banalizadas. Assim, como os que não têm cada para usar e morar.

Engraçado isto, não?

Nesta lógica, uma política pública de habitação (moradia) não deveria, por exemplo, pensar na ótica de dar ou oferecer casa própria para as pessoas que não possuem esta necessidade básica. A necessidade básica é de morar e não de ter a casa ou a propriedade. Assim, os governos poderiam oferecer moradias para quem não tem onde morar até que passasse a conseguir situação de moradia através de renda e trabalho, numa eventual possibilidade deste exercício, que o Estado então lhe provesse esta condição.

Há nações (e eu até pouco tempo não sabia) em que as coisas funcionam mais ou menos desta maneira, mesmo em regime capitalista.

O outro exemplo é na área de saúde que não deveria ser trocada por nada quando de sua ausência ou subtração.

Tendo a vida como referência, não faz sentido ter que ter posses, propriedades (ou seu equivalente geral, o dinheiro) para se obter saúde ou tê-la restituída. Mais estranho ainda é que sem esta “acumulação” de posses (ou seu equivalente) o ser humano perca o direito à saúde.

Valor de uso e valor de troca mais que conceitos da economia política têm poder de mudar a maneira de ser das pessoas e consequentemente, tem poder de mudar o mundo. Ou não.

As relações sociais eram mais densas quando a concepção do uso era mais presente em nossas vidas. Na mesma proporção em que se evoluiu a fluidez do dinheiro que é abstrato na maior parte da nossa contemporaneidade, também foi ganhando superficialidade a nossa forma de viver e de nos relacionarmos como humanos.

A comunicação que tanto apreciamos foi a forma que permitiu a ligação de diversas técnicas e o crescimento desta fluidez, segundo o geógrafo Milton Santos. Neste contexto, Santos afirmou que o dinheiro, neste processo, é o fluido dos fluidos.

O dinheiro é fluido, mas, não é neutro. É abstrato, mas ganha materialidade no território, que o próprio Santos chama de território usado, que em síntese seria o chão mais a identidade de quem o usa.

Na materialidade do território usado vemos perfeitamente a diferença que banalizamos quase sempre dos diferentes usos que fazemos sobre o território conforme as posses acumuladas. Isto não é e nem nunca foi natural, embora, sejam originadas da forma como o homem foi se relacionando com a natureza.

Ainda nesta caminhada, o homem fez sua casa e depois, as nossas casas nos fizeram, da mesma forma que o oleiro fez o pote (e de forma dialética e simultânea) o pote também fez o oleiro.

O dinheiro neste processo surgiu como uma consequência (não natural) da sobreposição da concepção do valor de troca sobre o valor de uso e da consequente criação de uma complexa teia econômica imbricada numa nova forma de ver o mundo.

Assim, o dinheiro e a acumulação foram se tiranizando e ditatorialmente concebendo a forma como nos posicionamos diante da vida.

Assim, o valor do dinheiro tem pouca e cada vez menos relação com o trabalho. Como equivalente geral, o dinheiro e toda a complexidade que o envolve passou a ter formas abstratas (virtuais) para se mover e assim buscar mais valores e acumulação.

Neste processo, ter muito dinheiro em casa, nos bolsos ou nas mochilas passou a ser crime. Crime grave e de repercussão nacional. Estranho esta concepção no sistema capitalista em que a troca e a necessidade deste instrumento seria fundamental. Ou não?

Mais interessante ainda é ver que não existe crime, se o dinheiro estiver no banco, no sistema que na concepção e na ideia que criaram é mais segura e quase única forma de tê-lo. Para tirar um pouco mais de dinheiro do banco você tem que avisar, tem que solicitar, assim, desta forma, sem acesso imediato, ele deixou de ser um direito e poucos estranharam esta mudança.

Vejam a maluquice. A forma mais segura de ter o equivalente geral de troca é não tê-lo às mãos. O mais estranho é que ninguém estranha isto, julgam até natural. Quase tudo foi se naturalizando, por mais estranho que seja.

A maioria que vive do seu trabalho e do seu salário (não falo dos capitalistas, dos donos dos dinheiros) hoje, fecha um mês, manipulando (digo passando por suas mãos) não mais de que 20% do seu salário. O restante por meio da informação eletrônica é usado para pagar nossas contas e os nossos gastos. A guarda dele rende dinheiro a quem o faz e tudo isto é visto também como natural.

O setor financeiro um dos mais rentáveis em todo o mundo foi concebendo em nossa forma de ver o mundo, sem que percebêssemos, que dinheiro foi passando para ser guardado e manipulado pelos “fundos” e não para prover o nosso uso básico. Para isto, os supérfluos foram nos sendo impostos, um após outro, coisas & coisas.

Corremos, que nem loucos, quase na velocidade em que as transações passam pelos computadores dos bancos, agora, sem o tilintar das máquinas registradoras, para dar conta de ter e adquirir mais supérfluos, sendo que cada vez temos menos tempo e condições para usá-los, mas, isto não importa diante da roda que continua a girar.

Assim retornamos, à ditadura do dinheiro, em que as coisas passaram ter importância pelos seus valores de troca e não de uso.

Desta forma se trocou a maneira de viver usando as pessoas.

Isto não é, e não poder ser visto como natural.

Em meio a esta forma de viver, não se cabe falar em democracia, porque acima de tudo, a troca pressupõe uso das pessoas para angariar e acumular posses e dinheiro. Neste cenário não há como se falar em Democracia.

Voltando a Milton Santos ele acrescenta a esta questão a relação entre dinheiro e informação, um debate decorrente do anterior sobre valor de uso e de troca. Assim, Santos ao analisar o papel do sistema ideológico presente em nossas vidas disse que “nossa era se caracteriza sobretudo por essas ditaduras: a ditadura da informação e a ditadura do dinheiro, e a ditadura do dinheiro não seria possível sem a ditadura da informação. O dinheiro em estado puro nutre-se da informação impura, tornada possível quando imaginávamos que ela seria cristalina.”

Santos, assim, em março de 1999 já identificava de forma clara como este sistema ideológico no presente ganhou força exercendo um papel no que chamou de “produção da materialidade e na conformação da existência das pessoas”.

Entre o real e o fenômeno há evidentemente outras leituras. Esta é ainda singular, em construção, suscetível a pesquisas maiores sobre a realidade e maior aprofundamento dos fundamentos da economia, mas está disposta ao debate, mesmo sabendo, de antemão, que na simplificação redutora e na banalização da realidade há sempre o velho e rasteiro argumento de que o mundo real é diverso do ideal.

Até pode ser, e dependendo da leitura do fenômeno que interesse ao interlocutor, não se pode, para evitar a anomia dos tempos presentes, deixar de visitar a interpretação do que parece mais simples, e portanto, provavelmente, mais próximo do real, para, daí sim, explorarmos a complexidade construída, daquilo que pode ser o arcabouço do sistema que vivemos entre disputas, sem menos importâncias, para que o real continue a banalizar, aquilo que na gênese seria inaceitável da troca (e tudo que virou mercadoria) ter mais importância do que a Vida.

PS.: Atualizado às 10:44 de 09/01/2014 para pequenas alterações e correções.

10 comentários:

Anônimo disse...

Vá morar na Coreia do Norte. Lá não existe a ditadura do dinheiro, e são todos felizes.

Anônimo disse...

Parabéns pela análise professor.
É isso mesmo.
E os bancos, estes intocáveis inclusive aqui no Brasil, seguem com a farra dos derivativos e aplicações mirabolantes onde, para manter o crescimento composto ($ gerando $) fazem apostas perigosas com a segurança de que não haverá resultado ruim. Se o jogo funcionar, ótimo, embolsam a grana. Se fracassar, dividem o prejuízo conosco, pois somos nós que pagamos os intermináveis e bilionários socorros às instituições financeiras.
Ontem, a promotoria de Manhattan aceitou um acordo com o JPMorgan que se livra de um processo no caso Madoff pagando 1,7 bi. A exemplo do acordo com os traficantes mexicanos a promotoria aceita dinheiro para evitar um julgamento, com a desculpa cretina de que se um grande banco quebra o "sistema" pode ruir... Mentira!
Só o setor produtivo importa. Bancos não produzem nada, só especulação.

Segundo a lógica dos maganos de Nova Iorque, com dim dim é possível "renovar as atividades contábeis e reconhecer seus erros".
Não é novo. Já aconteceu antes. A Igreja já aceitou dinheiro em troca de remissão dos pecados e acabou forjando as bases da reforma protestante.
E nós? Quando vamos achar que isto está errado e propor uma "reforma"?

douglas da mata disse...

Roberto,

E olha que você nem tocou na exacerbação destas questões tão bem colocadas por você, atinentes a valor das coisas e unificação de padrões de trocas (dinheiro), que é a: A invenção do crédito!

Dá outro artigo de igual tamanho e com a mesma densidade.

Outro aspecto interessante não abordado por ti, e que dá outro artigo, é a questão da definição do papel social do trabalho(reconhecimento e legitimidade social), seja por aspectos reais e simbólicos (discursivos) e remuneração.

Naquele post sobre os coxinhas de jaleco enxergamos nitidamente como conceitos (e preconceitos) vão sendo elaborados para justificar a estruturação de lógicas mais ou menos justas.

Transportando isto tudo para as ocupações territoriais (como você magistralmente notou), temos este ajuntamento amorfo, aculturado, anti-solidário e violentíssimo de gente, que hoje chamamos de cidades.

E veja que opulência e conforto financeiro nada têm a ver com civilidade. A carga de ódio discursivo expressa ali não será repetida em nenhuma favela ou comunidade de pessoas ou categorias pobres.

Talvez até esta assimetria simbólica seja também parte da causa e do efeito da desigualdade, quem sabe?

Tema para muitas reflexões e melancolia.

Um abraço.

Anônimo disse...

Professor Roberto,

Lendo o post, me pareceu encontrar uma das causas da banalização do ser humano.
"...As relações sociais eram mais densas quando a concepção do uso era mais presente em nossas vidas. Na mesma proporção em que se evoluiu a fluidez do dinheiro que é abstrato na maior parte da nossa contemporaneidade, também foi ganhando superficialidade a nossa forma de viver e de nos relacionarmos como humanos..."

Esse paragrafo talvez justifique o "porque" das pessoas(famílias) não visitarem as outras simplesmente por considerarem.
Pessoas se visitam apenas em épocas ou datas especiais.
Lembro-me que quando na minha infância minha mãe nos levava a visitar outras pessoas ou parentes.
Isso hoje, acabou !
" Desta forma se trocou a maneira de viver usando as pessoas.

Isto não é, e não poder ser visto como natural. "

Tomara que não seja assim !!!



Abs

Anônimo disse...

Roberto,

Perfeito o conteúdo do seu post.
Deveria ser colocado em um jornal ou até mesmo uma revista.
A análise que pode ser feita em universos diferentes é muito diversa.

Parabéns !

Anônimo disse...

Vou clonar o texto e tentar colocar em mais redes sociais.
O crédito será citado.



Obrigado !

Anônimo disse...

Off-topic sobre a eleição de diretores na rede municipal de ensino. Na Creche Francisco Cordeiro Pereira, no bairro da Penha, existiram absurdos e fraudes no processo eleitoral. Pais de alunos que não estão matriculados votaram, pais votaram mais de uma vez, votaram também pessoas que não são pais/responsáveis legais pelos alunos. Pra completar a fraude, a fiscal da Secretaria de Educação, Sra Graça, ficou apenas durante parte do pleito, o pessoal do SEPE não apareceu e, mesmo com sua presença, a professora Claudia Márcia de Azevedo Braga, licenciada e por isso impedida de participar, votou. Seu nome consta na ata da votação e isso mostra a cumplicidade deste governo com as irregularidades e a vontade explícita de manipular os resultados em busca de favorecer seus interesses políticos. Esta denúncia já foi feita à SMECE e nada foi feito. Absurdo!!! Por favor preserve meus dados pois a perseguição neste governo beira a loucura.

Anônimo disse...

Parabéns pelo artigo!

Prezado Roberto Moraes,

Gostei muito de seu artigo: A ditadura do dinheiro trocou a maneira como vivemos! De fato acabou a ditadura do proletariado mal começada, mas Marx não morreu. Enquanto existir desigualdade a luta de classe vai perdurar, agora em forma mais bem elaborada e longa. Noto que ainda não houve comentário de seu antológico comentário sobre o materialismo dialético na versão original, a partir do cerne da questão que é a origem do capital e o fetiche da mercadoria que assume o valor de troca pela incorporação do trabalho.

O notável em Marx, se posso resumir, é que ele mostra, de maneira muito simples, que o trabalho é que faz homem. Isto na medida em que trabalha e pelas mãos, com o polegar virado, com o poder de pega virou o mundo e a si mesmo. É no trabalho que o homem (é lógico que a mulher também, até no trabalho duplo, no lar e na fábrica, quando não triplo na cama do patrão, mas acho antipático não generalizar só no homem para ambos) se fez, se faz transformando a si e o mundo. Quando surgiu a sobra, com o domínio dos grãos e a domesticação dos animais, deixou de ser nômade na vida gregária, no matriarcado e nas formas comuns de lar. Com as sobras logo o macho dominou o lar e surge o patriarcado e a cerca com a propriedade privada. O homem deixou o campo e as suas aldeias para formar as polis, com a produção sendo concentrada. O controle dos meios de produção na mão de poucos gerou, com o domínio da terra e uso do carvão para acionar as máquinas à vapor da indústria de tecelagem, dos navios e trens que cruzavam os continentes e os mares, a primeira Revolução Industrial, com uma massa de proletário ativa e de reserva. As mercadorias produzidas com as máquinas pelas mãos dos trabalhadores, que lhe davam a vida no dia a dia, mas não as possuíam, ganhavam vida quando expostas nas vitrines e olhando sedutoras para serem compradas. Este é o conceito da alienação, do fetiche, do valor de troca e da vida que é fundamental em Marx. A vida é mera transformação da matéria mineral, no decurso da evolução da terra, a partir do surgimento da matéria orgânica, que se multiplicou e culminou com o homem, que surgiu pelo trabalho das próprias mãos. É a matéria que domina a mente e esta os homens, mas a visão metafisica, com o idealismo inverte o processo e gera o seu filho bast ardo o capitalismo. O materialismo na visão dialética do mundo altruísta do homem mostra a simplicidade da vida que depende dos valores de uso, mas vive dos valores de troca. Este é o mundo real onde todos são iguais apenas nos textos das constituições de pátrias que não são livres, pois dominadas pelo valor de troca. O lema libertário que não morre é aquele velho aforismo: a cada um segundo sua capacidade e a todos segundo suas necessidades. O materialismo dialético ou marxismo é a doutrina criada por Marx e seu parceiro Engels baseado na trilogia: a filosofia alemã, o socialismo francês e o sistema de economia inglês. A ideologia materialista alemã de tão perfeita não mudou nada. No socialismo francês, que Marx avançou para o comunismo, quando o estado acabasse teria outro rumo, que não previu. Entretanto, segundo ele, não seria possível implantar na Rússia, seus satélites, e na China, pois não tinham massa operária. Para simplificar, piorou p ela falta de consciência e a camarilha que tomou o poder e se locupletou vencida pelo capitalismo. E, assim o sistema capitalista, ou modo de produção capitalismo, com os meios de produção na mão da iniciativa privada (burguesia), canha fôlego, com sua dinâmica própria do dinheiro, que tudo compra tudo e se molda qual líquido no vaso que o contém e na hidra que a cada cabeça corta surgem duas.

Continua...
Everaldo Gonçalves

Anônimo disse...

Continuando...

...O socialismo carece de educação e de massa de proletários conscientes que não tenham nada a perder exceto os grilhões da liberdade. Surgiu onde não tinha nem um nem outro, na Rússia feudal e na China dos cantões rurais. Cuba mostrou que o Estado não pode ser dependente, tanto do imperialismo americano como do moscovita, muito menos da monocultura da cana e de fumo fino do charuto que adoçada e dá prazer à boca da burguesia. O dinheiro não pode ser a razão de vida baseado no valor de troca, nada mais que a ilusão do consumo vendida com a vida de cada na mercad oria.

Parabéns, meu caro Roberto, por lembrar com propriedade os fundamentos irrefutáveis do verdadeiro marxismo, que não morreu, pois a cada dia aumentam as contradições de classe, agora não mais contando com o operário como o único proletário. Todos são proletários, com a concentração de renda cada vez mais nas mãos de poucos. Tenho pesquisado o “capital primitivo” – no conceito de Marx – como contínua fonte da riqueza nacional, pela espoliação dos recursos minerais. Nosso ouro garantiu a moeda da Revolução Industrial e agora o minério de ferro, o manganês, o nióbio e o petróleo garantem a riqueza pronta e efêmera, nas mãos de poucos nacionais e muitos estrangeiros. Mesmo assim, o empresário d a espoliação mineral, Eike Batista não deu certo, com dinheiro da bolsa e dos bancos estatais. O dinheiro no Brasil precisa ser mais bem estudado, pois o capitalismo de estado detém bancos públicos, gerou fundos de pensão com muita grana na mão de gente sem capital que o controlam e privatiza os lucros e socializa os prejuízos.

Um abraço, Everaldo Gonçalves.

ganhar curtidas disse...

Muito bom esse post gostei muito tem que divulgar muito bom adorei!