quinta-feira, maio 15, 2014

Brics no Século XXI

Como atividade preparatória do Encontro dos Brics dos chefes de Estado previsto entre os dias 15 e 17 de julho, após a Copa do Mundo no Rio de Janeiro, acontecerá na próxima semana, de 20 a 23 de maio, no auditório da Caixa Econômica Federal, na avenida Almirante Barroso, 25, Centro, Rio de Janeiro.

















O evento organizado pelo BNDES terá a sua abertura às 17 horas do dia 20/05 e o encerramento na sexta-feira, 23/05. As inscrições, programação e o termo de referência para a conferência "OS BRICS E AS MEGA-TENDÊNCIAS DA CIVILIZAÇÃO NO SÉCULO XXI - Do colapso do neoliberalismo ao imperativo da cooperação", de autoria do professor de Economia Internacional da UEPB, Dr. José Carlos de Assis, podem ser visto aqui.

O assunto da criação do Fundo dos Brics vai muito para além de um interesse específico de um destas cinco nações, em diferentes continentes. Pelo seu potencial relacionado às mudanças geopolíticas e aos novos alinhamentos políticos, comerciais e de colaboração que tendem a ser ampliados, o acompanhamento se dá por diversas nações.

A mídia de todo o mundo vem acompanhando este processo que deverá redundar em julho na criação de um fundo soberano de US$ 100 bilhões e possivelmente, também, na criação de um Banco de Desenvolvimento dos Brics, como possibilidades de usar recursos não apenas para investir em um destes países, mas, em outros conforme interesses dos mesmos.

O fato aponta para novos alinhamentos geopolíticos no mundo. Na Europa já se começa a perceber um movimento Eurásia, com grandes negócios e diálogos sendo feitos, de certa forma retomando a antiga Rota da Seda pelo Mediterrâneo. Sobre o assunto leia estas dias matérias do El País respectivamente em 2 e 7 de maio de 2014, assim como o mapa abaixo que explica parte da logística desta novas relações, tanto sobre o fluxo de mercadorias quanto de petróleo e gás (energia). (Aqui e aqui)






















Por tudo isto vale conferir o evento da próxima semana no Rio de Janeiro. O mundo passa por transformações muito significativas, como novo desenho geopolítico. Também por este fato e realidade contemporânea, as eleições este ano no Brasil, possuem um significado muito mais amplo que o debate e a luta interna pelo poder. Através deste olhar mais amplo é possível ainda identificar as interferências que a todo instante se estão tentando produzir.
PS.: Atualizado às 12:48

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